They deliver the edicts of God without delay And are exempt from apprehension from detention And with their God-given Petasus, Caduceus, and Talaria ferry like bolts of lightning unhindered between the tribunals of Space and Time
The Messenger-Spirit in human flesh is assigned a dependable, self-reliant, versatile, thoroughly poet existence upon its sojourn in life
It does not knock or ring the bell or telephone When the Messenger-Spirit comes to your door though locked It'll enter like an electric midwife and deliver the message
There is no tell throughout the ages that a Messenger-Spirit ever stumbled into darkness
O fim do ano de 2009, que erradamente é tratado como o fim de uma década (o que é que os jornais farão no fim de 2010, quando a década acaba mesmo?), suscita os habituais balanços e previsões. Perguntado por um amigo sobre o que vai acontecer em 2010, eu respondi que tudo podia acontecer. O comentário dele foi "pareces o Professor Karamba a responder sobre quem ganha o campeonato, é o Benfica, mas também pode ser o Porto ou o Sporting". Eu acrescentaria ao sábio, ou o Pevidém Sport Clube. É isso mesmo, a ciência sobre 2010 é do tipo da do Professor Karamba, tudo pode acontecer, a mais certeira de todas as previsões. Vou por isso acertar de certeza.
Pode cair o Governo? Pode. A qualquer altura, amanhã mesmo, daqui a uma semana, basta acontecer outro daqueles que o PS amavelmente chama "romances judiciais", o Freeport, a Face Oculta, etc. Aparece um novo "romance judicial" e o copo não aguenta outra gota e entorna.
Cai porque quer ou sem querer? Pode ser por vontade e cálculo ou por desespero e raiva. Pode cair porque José Sócrates pensa (ia colocar o PS em vez de Sócrates, mas hoje escrever o "PS pensa" é uma contradição nos seus termos) que indo a eleições sai de lá com uma nova maioria absoluta, ou, porque, voltando ao ponto anterior, um qualquer escândalo ou o desenvolvimento de um qualquer "romance judicial" o faz cair com fragor e ranger de dentes.
E pode cair por muito mais coisas: conflito grave com o Presidente da República ou com a Assembleia da República. Pode começar por uma pequena coisa, aparentemente inócua ou inocente ou descuidada, e depois avolumar-se dia após dia até chegar a um impasse ou a um medir de forças em que não há outro remédio senão dissolver a Assembleia ou substituir o Governo e o primeiro-ministro por outro. A bizarra sucessão de prazos em que pode ou não haver dissolução ainda complica mais a questão, mas não lhe altera o fundo.
Pode tudo correr "normalmente"? Também pode, por muito pouco provável que pareça. O complexo sistema de interesses presente no topo dos dois partidos, PS e PSD, pode tomar conta da situação e dar origem a uma direcção do PSD complacente com o PS e que desenvolva com ele um casamento de conveniência que, como se sabe, é mais estável dos que os de amor. O peso da "responsabilidade", essa palavra tenebrosa em política democrática, pode gerar uma pasta suficientemente pastosa, perdoe-se o pleonasmo, para que ambos os partidos se entendam na cegueira. Para isso, Sócrates pode ficar, mas Manuela Ferreira Leite - ou alguém semelhante - tem que ser rapidamente excomungada e remetida para as trevas exteriores para que, com grande alívio do PS e das "forças vivas da nação", do BES à Mota e Companhia, passe a haver uma "oposição responsável". O tumulto será adiado, mas não evitado, e como é só de 2010 que falo, ficará mais para a frente.
Pode aparecer um populista que vire tudo ao contrário e cujo "carisma" (palavra que a ignorância dominante pensa retratar uma virtude) subverta o "sistema"? Poder, pode, mas é pouco provável. Os populistas que nós conhecemos têm exactamente esse inconveniente, é que já os conhecemos. Há dois ou três, mas não se está a ver qualquer entusiasmo que leve os descamisados a vitoriarem-no numa praça qualquer, ou a marchar com ele sobre Roma. Os militares também já não andam de cavalo branco, impecáveis na sua farda número um. Populismo temos, bastante até e reforçando-se todos os dias, até no voto tribunício, mas populistas eficazes não há.
Mudança política? Há no verbo, não há na acção e, mais do que isso, dificilmente pode haver, porque vontade de mudar existe pouca. Há muita conversa sobre a mudança, muita retórica, mesmo muita zanga a pedir mudança, mas quando mudar significa mesmo mudar, com o cortejo de dificuldades que a mudança trás, ninguém a quer, ninguém está disposto a dar-lhe o seu voto. O eleitorado mudou desde o 25 de Abril com o seu voto as coisas duas vezes: uma, com a vitória da AD, e outra, com a primeira maioria absoluta de Cavaco Silva. Depois fez dois pequenos ajustamentos: elegeu Guterres para se apaziguar, ou seja, evitar que houvesse novas mudanças, e elegeu Sócrates porque não queria Santana Lopes, foi uma coisa pessoal e intransmissível, mas nem num caso nem noutro se pode falar de mudanças. Com a AD e com Cavaco em 1987, os eleitores tinham esperança e queriam mesmo mudar as coisas. Sabiam que os governantes que escolhiam não iam deixar as coisas como estavam, arriscavam políticas novas. Muito significativamente a vontade de mudança mais funda do eleitorado foi sempre a favor da direita e do centro reformista, até porque se fazia não apenas contra o PS, o PCP e o MFA (na AD), ou contra o PS e o "bloco central" (em 1987), mas a favor de rupturas de todo o tipo, institucionais, económicas, sociais e políticas, e contra tudo, a comunicação social e o establishment.Hoje, não se vislumbra em lado nenhum qualquer genuína vontade de mudança, o que também se compreende: o eleitorado está demasiado conservador e estatista, porque se agarra ao pouco que tem e não o quer perder. Mais até do que os partidos políticos, onde pode haver forças de mudança, demasiado minoritárias na actual conjuntura, por causa da conjuntura, os eleitores protestam ruidosamente, mas são no essencial muito prudentes, vivem totalmente no presente e assim não há futuro. Mas, como no futuro estamos todos mortos, mais vale o presente precário e remediado do que nada. E se for preciso hipotecar o futuro, como estamos a fazer todos os dias, porque não?
O que é que muda isto? Só vejo uma circunstância e não é brilhante: é o futuro bater-nos à porta mais cedo. Foi o que aconteceu aos argentinos, que acordaram numa bela manhã sem moeda e sem economia, e aos islandeses ou aos gregos, que tinham a bancarrota anunciada no Financial Times. Há outras versões menos economicistas deste futuro, mas igualmente pouco amáveis. Há o conflito social a descambar na violência. Há a possibilidade de a violência aparecer na vida política.
A ideia de que os actores políticos controlam o processo político é das ideias mais erradas que por aí circulam. Há demasiado ruído circulante e esse ruído não vem só de dentro da "classe" política. Esse ruído é um eco, por si só não levaria a nada. O ruído também não vem do "povo", por muito que haja um levantamento de cansaço (mais de cansaço do que indignação até agora) quanto à "situação". Não havendo populistas disponíveis na próxima esquina e tropas sublevadas, o ruído do "povo" fica pelos telefonemas ao Forum da TSF e a outros fora semelhantes, e no voto do protesto no BE e no PP. Mas também não é daí que vem o enorme ronco que nos confunde a todos.
O verdadeiro estrondo, o silvo agudo, o ribombar de todos os céus, vem de um Portugal encalhado em vários recifes, um pobre Titanic sem orquestra. Um Portugal com uma economia cada vez menos competitiva, com uma dívida que ninguém sabe como se vai pagar, com o drama social gravíssimo do desemprego, com um Estado que gasta metade do que se produz e por isso impede a economia de crescer, com corrupção generalizada, com partidos políticos desacreditados e encurralados, com uma comunicação social superficial e pouco independente do poder, com um povo cansado e desesperado, com uma elite demasiado confortável nos seus medos e nas suas ilusões, ou seja, o ruído e os seus múltiplos ecos vêm de uma profunda crise nacional, a maior desde 1974. O capitão em funções pensa que pode escapar aos recifes acelerando o navio e rasgando ainda mais o casco. E manda tocar a orquestra que não há.
O que há é demasiada volatilidade, esta é a única previsão certa.
(Versão do Público de 2 de Janeiro de 2010.)
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(...) li o seu artigo de hoje no Público e agradou-me, como é natural, logo a primeira frase, na qual faz notar que esta década só termina no fim de 2010. (José Carlos Santos)
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Escrevo-lhe para deixar uma pequena nota a respeito de um pormenor que escreveu no seu texto de hoje ("Volatilidade"). Trata-se da questão de 2009 não ser o final de uma década, um tema que tenho visto referido em mais sítios, e que julgo ter origem na discussão que houve em torno da última passagem de século/milénio, mas que não julgo ser aplicável ao conceito de década tal como é comummente entendido.
Uma década é um intervalo de 10 anos, qualquer que seja, tal como um século são 100 anos ou um milénio 1000 - até aqui julgo que estaremos de acordo. Por questões práticas para referenciar séculos ou milénios, intervalos relativamente longos de tempo, convencionou-se usar uma numeração ordinal, começando no primeiro século ou milénio e contando a partir daí. Ora, não tendo havendo ano zero, então o século I (tal como o primeiro milénio) começou em 1 e terminou em 100 (de 1 a 1000 o milénio) - foi isto que gerou confusão no ano 2000, que foi erradamente apontado como o primeiro do novo século/milénio.
Ora, no caso das décadas, não se usa essa numeração ordinal - não se diz, por exemplo, que a 1ª Guerra Mundial teve lugar na 192ª década, embora seja de facto a 192ª década desde o ano 1. A convenção que existe (provavelmente não escrita, mas por uso) é referir uma década como um período entre um ano terminado em zero e o ano terminado em nove seguinte - por exemplo, a década de sessenta do século passado (ou "os anos 60") são os anos 1960-1969. Nesta terminologia, os anos 2000-2009, são uma década no sentido comum do termo, à qual os ingleses chamaram "the noughties" (para nós é mais difícil arranjar um termo - os 'anos zero'?).
A frase que o Pacheco Pereira ("O fim do ano de 2009, que erradamente é tratado como o fim de uma década") seria sempre formalmente incorrecta, visto que qualquer ano é o fim de uma década, se a entendermos no sentido formal de intervalo de dez anos. Mas mesmo no sentido corrente do termo, não está certo, a menos que se queira referir à contagem ordinal de décadas, que está longe de ser um conceito corrente.
(Bruno Espadana)
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É nas pequenas coisas que (também) se confirma a preocupação em respeitar a verdade dos factos. Neste momento os jornais e TV’s afadigam-se a fazer os mais diversos balanços da 1ª década deste século. Faço no entanto notar que a década só acaba no final de 2010 e não de 2009 como a generalidade da imprensa (e já agora das pessoas) assume. O assunto pode ser facilmente consultado e confirmado. O erro, aliás, já vem de trás, quando se considerou o ano 2000 como o primeiro do século XXI e do 3º milénio, sendo que na realidade isso só aconteceu com 2001. Isto é assim pela mesma e simples razão de que quando uma pessoa conta uma dezena ou uma centena de ovos o ovo nº10 pertence á primeira dezena e o 100 à 1ª centena.
(Fernando Gomes da Costa)
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Num artigo (“VOLATILIDADE”) que aborda questões fundamentais para Portugal, é sintomático que os comentários (pelo menos os que JPP dá relevo) sejam os relativos ao pequeno-grande detalhe do culminar ou não de uma década.
E, incorrendo eu no mesmo enfoque (talvez porque já farto de “questões fundamentais” - quem quer ouvir falar mais nesses assuntos…), aqui vai o meu contributo para a confusão.
Muito se pode dizer com base na ciência e na história sobre a chamada questão do milénio. A discussão é profunda, detalhada e como em tudo, a roçar o fanatismo de algumas posições.
A Humanidade, como sempre, resolve o caso à sua maneira, por costumes e por convenções, com base na ciência e na história, usa o que mais lhe dá jeito. É por isso que usamos uma base decimal para contar e não a logarítmica (que dá muito mais jeito e situações de alguma complexidade) ou uma de base 11 que não dá jeito nenhum. Ainda que com uma razão científica por trás, a convenção é quase sempre adoptar o que mais facilita. É o caso dos milénios, séculos, décadas, dos seus usos e costumes.
Para resolver um problema científico e técnico adoptou-se (convencionou-se) um calendário de base astrológica adoptado por vários países (ISO 8601) que reconcilia usos e costumes e facilita a vida a todos.
Uma boa síntese da discussão (vale o que vale e deve ser visto sempre crivo crítico e dúvida metódica) pode ser encontrado na versão inglesa da Wikipédia sobre o inicio/fim do milénio e século, mas também sobre o uso da década. Sugiro a versão inglesa, pois é, usualmente, mais vigiada a alterações deturpadoras, mais explícita quanto a questões e posições distintas no debate de posições e também mais esclarecedora.
É tudo uma questão do referencial usado. Neste momento, usando o referencial astronómico (ISO 8601) em vez do calendário gregoriano (que contém erros na sua contagem, como hoje é sabido…) o Milénio começou no ano 2000, o século idem e a chamada década (como referido, usada também para designar períodos consecutivos de 10 anos, independentemente do ano inicial) ibidem.
PS Em nada se justifica a ligeireza com que os media abordam estes assuntos. Bastava um pequena nota editorial nas referências do seus respectivos sites (como para o uso ou não do acordo ortográfico, regras de conduta, etc., etc.) esclarecendo qual a convenção que usam e porquê. Mas, como outras, para quem é que isso importa nos media… As regras hoje só atrapalham…
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O seu leitor Manuel João Bóia teceu comentários à questão da mudança de década com algumas imprecisões, que gostaria de assinalar. Comecemos pelo standard ISO 8601. Este não é, de maneira nenhuma, «um calendário de base astrológica» (presumo que fosse «astronómica» que o seu leitor tivesse em mente). É um standard sobre a maneira de se representarem datas, que nada tem a ver com o nosso calendário ser ou não de origem astronómica. Em particular, é falso que «usando o referencial astronómico (ISO 8601) […] o Milénio começou no ano 2000»; o ISO 8601 pura e simplesmente não se pronuncia sobre este assunto. Em segundo lugar, o nosso calendário continua a ser o gregoriano; desconheço quais sejam os «erros na sua contagem» a que se refere o seu leitor. Seja como for, o standard ISO 8601 e o calendário gregoriano são assuntos distintos; o primeiro ocupa-se, como já disso, de como representar as datas e o segundo de como contar a passagem dos dias. Podemos adoptar um e não o outro, podemos adoptar ambos ou podemos não adoptar nenhum.
O seu leitor também comentou que «usamos uma base decimal para contar e não a logarítmica». Mais uma vez, há aqui confusão entre dois tópicos de categorias distintas. Para já só há uma base decimal, pelo que seria melhor ter escrito «a base decimal». Além disso bases, neste sentido, têm muito pouco a ver com bases quando se fala de, por exemplo, «logaritmo na base 10». Finalmente, a ideia de que «uma de base 11 […] não dá jeito nenhum» não por onde se lhe pegue. A base 10 dá-nos mais jeito do que as outras porque somos ensinados a trabalhar com ela desde a infância e porque a nossa linguagem reflecte o facto de ser a base por nós empregue. Mas fora este factor não há grande diferença entre base 10, 11 ou 12, por exemplo. Aliás, existe mesmo uma organização (a Dozenal Society) que se dedica a tentar substituir o nosso uso da base 10 pelo da base 12. E os sumérios e os babilónios trabalharam em base 60 durante milénios, não se tendo dado mal com ela. Aliás, é por isso que os graus (em Geometria) e as horas estão divididos em 60 minutos e que os minutos estão divididos em 60 segundos.
Mas o mais interessante é que este "autor" não é citado no editorial, que, como é habitual no Diário de Notícias, funciona em uníssono com as encomendas de opiniões, num "jornalismo" que procura as opiniões para sustentar as posições que previamente tomou:
Depois de muitos meses de campanha eleitoral, e após outros tantos de crispação política, o que é pedido agora ao Governo, à oposição e também a Cavaco Silva é simples: que tenham o bom senso de pensar, antes do mais, no futuro do País, deixando os mais primários cálculos políticos. Leia-se o que dizem Jorge Armindo, António Câmara, Pedro Gonçalves, Luís Filipe Pereira ou Diogo Vaz Guedes, e ver-se-á que todos falam do mesmo: que os políticos abram uma nova etapa com o novo ano e negoceiem, procurem soluções, encontrem consensos, para que Portugal possa encontrar uma saída adequada desta crise.
Dos empresários ouvidos todos estão identificados com as suas empresas ou com as empresas que gerem: António Pires de Lima, presidente da Unicer; Carlos Martins, presidente da Martifer; Filipe Soares Franco, presidente da Opway; Luís Filipe Pereira, responsável pela gestão da Efacec; Jorge Armindo, da Amorim Turismo; Henrique Neto, ex-presidente da Iberomoldes; Pedro Gonçalves, da Soares da Costa; António Câmara, presidente da Ydreams. Apenas Ângelo Correia foge à regra para ser apresentado como "antigo ministro de Cavaco, agora no mundo empresarial".
A Texas cowboy lay down on a barroom floor, Having drunk so much he could drink no more, So he fell asleep with a troubled brain To dream that he rode on the hell-bound train.
The engine with murderous blood was damp And was brilliantly lit with a brimstone lamp; An imp, for fuel, was shoveling bones, While the furnace rang with a thousand groans.
The boiler was filler with lager beer And the devil himself was the engineer; The passengers were a most motley crew— Church member, atheist, Gentile, and Jew.
Rich men in broadcloth, beggars in rags, Handsome young ladies, and withered old hags, Yellow and black men, red, brown, and white, All chained together—O God, what a sight!
White the train rush on at an awful pace— The sulphurous fumes scorched their hands and face; Wider and wider the country grew, As faster and faster the engine flew.
Louder and louder the thunder crashed And brighter and brighter the lightning flashed; Hotter and hotter the air became Till the clothes were burned from each quivering frame.
And out of the distance there arose a yell, “Ha, ha,” said the devil, “we’re nearing hell!” Then oh, how the passengers all shrieked with pain And begged the devil to stop the train.
But he capered about and danced for glee, And laughed and joked at their misery. “My faithful friends, you have done the work And the devil never can a payday shirk.
“You’ve bullied the weak, you’ve robbed the poor, The starving brother you’ve turned from the door; You’ve laid up gold where canker rust, And have given free vent to your beastly lust.
“You’ve justice scorned, and corruption sown, And trampled the laws of nature down, You have drunk, rioted, cheated, plundered, and lied, And mocked at God in your hell-born pride.
“You have paid full fare, so I’ll carry you through, For it’s only right you should have your due. Why, the laborer always expects his hire, So I’ll land you safe in the lake of fire,
“Where your flesh will waste in the flames that roar, And my imps torment you forevermore.” Then the cowboy awoke with an anguished cry, His clothes wet with sweat and his hair standing high
Then he prayed as he never had prayed till that hour To be saved from his sin and the demon’s power; And his prayers and his vows were not in vain, For he never rode the hell-bound train.
"It is common for those who have never accustomed themselves to the labour of inquiry, nor invigorated their confidence by conquests over difficulty, to sleep in the gloomy quiescence of astonishment, without any effort to animate inquiry or dispel obscurity. What they cannot immediately conceive they consider as too high to be reached, or too extensive to be comprehended; they therefore content themselves with the gaze of folly, forbear to attempt what they have no hopes of performing; and resign the pleasure of rational contemplation to more pertinacious study or more active faculties."
SIM, SOU A FAVOR DE UM "ENTENDIMENTO" NO ORÇAMENTO
SE
existir "um plano credível para o médio prazo, de modo a colocar o défice do sector público e a dívida pública numa trajectória de sustentabilidade", como pede o Presidente. Ou seja, sem as loucuras dos grandes investimentos, sem a continuação da política de desastre que afundou o país na dívida e no descalabro orçamental, sem o contínuo gastar "mais do que produzimos" . Discutir o sim ou o não ao Orçamento sem cuidar do seu conteúdo, é participar numa chantagem sobre o PSD e a restante oposição. O Presidente não o fez, esclareceu os termos do que deve ser negociado. Repito: "um plano credível para o médio prazo, de modo a colocar o défice do sector público e a dívida pública numa trajectória de sustentabilidade". Ou seja, o Presidente não falou de qualquer Orçamento em abstracto, mas sim de um que corresponda aos interesses e aos problemas do país.
SE
como pede o Presidente, se fizerem escolhas orçamentais que tenham a ver com estes factos:
"Os dinheiros públicos não chegam para tudo e não nos podemos dar ao luxo de os desperdiçar.(...) Nas circunstâncias actuais, considero que o caminho do nosso futuro tem de assentar em duas prioridades fundamentais. Por um lado, o reforço da competitividade externa das nossas empresas e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira. Por outro lado, o apoio social aos mais vulneráveis e desprotegidos e às vítimas da crise.
É uma ficção pensar que é possível conseguir uma melhoria duradoura do nível de vida dos portugueses sem o aumento da produtividade e da competitividade da nossa economia."
SE
se combater a "situação explosiva" que o Presidente enuncia como sendo esta:
"A dívida do Estado tem vindo a crescer a ritmo acentuado e aproxima-se de um nível perigoso. O endividamento do País ao estrangeiro tem vindo a aumentar de forma muito rápida, atingindo já níveis preocupantes. Acresce que o tempo das taxas de juro baixas não demorará muito a chegar ao fim. Se o desequilíbrio das nossas contas externas continuar ao ritmo dos últimos anos, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, ficará seriamente hipotecado. Quando gastamos mais do que produzimos, há sempre um momento em que alguém tem de pagar a factura.
Com este aumento da dívida externa e do desemprego, a que se junta o desequilíbrio das contas públicas, podemos caminhar para uma situação explosiva."
SE
tudo isto for o pano de fundo do Orçamento, e estiver traduzido nas suas opções fundamentais, o PSD será o último a poder rejeitá-lo.
Mas SE o PSD assinar de cruz o Orçamento, como a enorme pressão que está a ser feita deseja, venha lá o que vier, venha lá a mesma política de suicídio que empurrou o país para esta crise, bem pode dizer adeus à oposição nos próximos anos. Todas as vezes que criticar uma política do governo, o PS lembrar-lhe-á que a aprovou no Orçamento, e o resto da oposição dir-lhe-á que não tem credibilidade para a criticar porque a aprovou nos idos de 2010.
E José Sócrates, goste-se ou não, é o melhor primeiro-ministro que Portugal pode ter nesta altura. (hoje, João Marcelino, director do Diário de Notícias)
The snail pushes through a green night, for the grass is heavy with water and meets over the bright path he makes, where rain has darkened the earth’s dark. He moves in a wood of desire,
pale antlers barely stirring as he hunts. I cannot tell what power is at work, drenched there with purpose, knowing nothing. What is a snail’s fury? All I think is that if later
I parted the blades above the tunnel and saw the thin trail of broken white across litter, I would never have imagined the slow passion to that deliberate progress.
A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração. E, nalguns casos, de respiração assistida.
Mal acabou o Presidente de falar a máquina começou de imediato a funcionar.
O Presidente fez uma intervenção fortemente crítica do governo. Onde o governo vê apenas problemas de percurso, o Presidente viu urgência e emergência. Onde o governo ignora a dívida, o Presidente nomeia-a como um grande problema nacional. Onde o governo (o Primeiro-ministro) anuncia boas novas para 2010, o Presidente previne para as dificuldades. Onde o governo fala de aumentar o investimento público, o Presidente fala de pôr cobro ao descontrolo das contas públicas. Onde o governo se prepara para avançar com o casamento dos homossexuais, o Presidente fala de distracções secundárias e valoriza a família. Tudo o que o governo valoriza, o Presidente secundariza ou ignora. Não podia haver maior contraste, e contraste mais evidente. Só por pura má fé e manipulação é que não se chega a esta conclusão, mas...
... a máquina transforma logo o discurso numa peça salomónica: o Presidente critica governo e critica oposição. Nalguns casos mais facciosos, o Presidente critica apenas a oposição e força-a a aprovar o Orçamento. Uma pequena palavrinha do Presidente é sempre iludida: este pediu à oposição para comparticipar no esforço de controlo orçamental, mas quem garante que o orçamento contém esse esforço de controlo? Ninguém, mas também ninguém quer saber do conteúdo do orçamento. A linha é: a oposição (na verdade o PSD) tem que apoiar o orçamento seja ele qual for. E se o orçamento prossegue e reforça as mesmas políticas que o Presidente acabou de criticar duramente?
That is no country for old men. The young In one another's arms, birds in the trees —Those dying generations—at their song, The salmon-falls, the mackerel-crowded seas, Fish, flesh, or fowl, commend all summer long Whatever is begotten, born, and dies. Caught in that sensual music all neglect Monuments of unageing intellect.
An aged man is but a paltry thing, A tattered coat upon a stick, unless Soul clap its hands and sing, and louder sing For every tatter in its mortal dress, Nor is there singing school but studying Monuments of its own magnificence; And therefore I have sailed the seas and come To the holy city of Byzantium.
O sages standing in God's holy fire As in the gold mosaic of a wall, Come from the holy fire, perne in a gyre, And be the singing-masters of my soul. Consume my heart away; sick with desire And fastened to a dying animal It knows not what it is; and gather me Into the artifice of eternity.
Once out of nature I shall never take My bodily form from any natural thing, But such a form as Grecian goldsmiths make Of hammered gold and gold enamelling To keep a drowsy Emperor awake; Or set upon a golden bough to sing To lords and ladies of Byzantium Of what is past, or passing, or to come.