ABRUPTO

3.11.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Entre a noite de ontem e o dia de hoje, em Portugal, Rússia, Austria e Brasil..
Usando o Abrupto como janela.



MacDonalds em S. Petersburgo. (João Tiago Samtos)



São Francisco do Sul, Estado de Santa Catarina, Brasil Os sinais dos Açores. (Ovídio Linhas)




Hoje de manhã. Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)







Noite de sexta-feira em Viena. (MC)

(url)


EARLY MORNING BLOGS
1147 - Leaves Compared With Flowers

A tree's leaves may be ever so good,
So may its bar, so may its wood;
But unless you put the right thing to its root
It never will show much flower or fruit.

But I may be one who does not care
Ever to have tree bloom or bear.
Leaves for smooth and bark for rough,
Leaves and bark may be tree enough.

Some giant trees have bloom so small
They might as well have none at all.
Late in life I have come on fern.
Now lichens are due to have their turn.

I bade men tell me which in brief,
Which is fairer, flower or leaf.
They did not have the wit to say,
Leaves by night and flowers by day.

Leaves and bar, leaves and bark,
To lean against and hear in the dark.
Petals I may have once pursued.
Leaves are all my darker mood.

(Robert Frost)

*

Bom dia!

Etiquetas:


(url)

2.11.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



Praça Jamaa El Fna, em Marrakech. (Eliana Cruz)

(url)


COISAS DA SÁBADO: CARACTERES OU ESTEREÓTIPOS?

O último livro de Frederico Lourenço, Caracteres, é um exemplo de como nem sempre um longo convívio com os clássicos faz bem aos livros que se escrevem. Os clássicos tentam demais e tentaram um seu notável tradutor e conhecedor a fazer um livro pobre e pouco interessante. A mim sempre me pareceu que os livros de “imitação”, no bom sentido dos clássicos que se “imitavam” como cânone, são os mais difíceis de fazer nos dias de hoje, em que o género está em desuso. O livro de Lourenço é uma imitação dos clássicos Caracteres de Teofrasto, um texto que suscitou sempre muitas imitações, a mais célebre das quais é a de La Bruyère que foi a primeira que li.

Confrontando-se directamente com os originais qualquer versão dos Caracteres tem dois problemas: um, manter a ligeireza da forma, concisa, saltando do geral para o particular, exemplar e irónica; outro, construir “caracteres” efectivos, observáveis e reais, na sua “física” e no seu comportamento, que “actualize” o que é de sempre. Resumindo, o mundo está sempre a dar-nos variações dos mesmos tipos de Teofrasto, mas a frescura da descrição é cada vez mais difícil. E este livro não consegue cumprir o desafio.

Nenhum “carácter” tem humor, nem sequer representa bem um “tipo”. É demasiado estereotipado, previsível e superficial. Os tipos são quase todos urbanos e socialmente limitados entre a classe média baixa que vive em Telheiras e a classe média alta que vive na Linha. Até os cães, que tem direito a “carácter”, fazem parte da mesma estirpe social, não são rafeiros. Antes de lermos cada “carácter” já sabemos como é que eles vão ser: o “padre de esquerda”, a “directora de museu”, “o romancista consensual”, os vários poetas, os vários monárquicos e o “marquês de Lovelhe”, são estereótipos, não são “caracteres”. Os tipos que não fazem parte desta roda são ainda mais rudimentares: o “burgesso” e o “latifundiário alentejano”, por exemplo, são tão desinteressantes que se percebe de imediato que o autor não os frequenta, muito menos os conhece. Duvido que o “latifundiário alentejano” seja “um português heterossexual que no seu íntimo não vê grande diferença entre uma mulher e uma galinha”, porque me parece que em todos os sentidos, as galinhas não são para aqui chamadas. Porcos, bezerros, cabras e ovelhas, vá que não vá, mas a centralidade das capoeiras nos montes está longe de ser provada.

Depois os tipos misturam-se, o que é normal na vida, mas anormal nos Caracteres, onde isso “descaracteriza”. O “médico filósofo” trata a mulher como “filha”, o mesmo que arrepia Lourenço no “burgesso”, e temos que convir que deve haver umas diferenças nestas “filhas”. Aliás o retrato do “burgesso” é um dos mais rudimentares, iria dizer “burgesso”, do livro.
Para analisar “caracteres”, os nosso bons humoristas como Herman (o Esteves, o engenheiro do Norte) e os Gatos Fedorentos (aqueles jovens representados pelo RAP que falam horas sem dizer nada) são mais certeiros e, qualquer versão moderna de Teofrasto, é com este tipo de “tipos” que se mede. A de Lourenço mede e perde. No ofício de fixar “caracteres” com perspicácia eles fazem melhor dentro do genuíno espírito de Teofrates, como faziam os Monthy Python ou, em Portugal, alguns textos da antiga revista Almanaque e da menos antiga “Mosca” do Diário de Lisboa, com a vantagem de não terem a pretensão de originarem no modelo clássico.

Etiquetas:


(url)


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



Recuperação de um antigo forte militar em Lajes do Pico: Forte de S.ta Catarina. Do existente pouco havia, apenas uma ruína em muito mau estado. Sem falsas máscaras históricas (re)fez-se o antigo conjunto de ameias, que eram 7, utilizando antigas travessas dos caminhos de ferro. Pinho nacional. E é Nacional; E é bom... (Rui Pinto)



Trabalho de limpeza das bermas no distrito de Santarém. (Ochoa)



Sapatos na Feira do Alvito, Beja. (João Espinho)



Almourol visto do ar. (Paulo Peres)

(url)


EARLY MORNING BLOGS
1146 - Perché leggere i classici

Oggi un'educazione classica come quella del giovane Leopardi è impensabile, e soprattutto la biblioteca del conte Monaldo è esplosa. I vecchi titoli sono stati decimati ma i nuovi sono moltiplicati proliferando in tutte le letterature e le culture moderne. Non resta che inventarci ognuno una biblioteca ideale dei nostri classici; e direi che essa dovrebbe comprendere per metà libri che abbiamo letto e che hanno contato per noi, e per metà libri che ci proponiamo di leggere e presupponiamo possano contare. Lasciando una sezione di posti vuoti per le sorprese, le scoperte occasionali.

M'accorgo che Leopardi è il solo nome della letteratura italiana che ho citato. Effetto dell'esplosione della biblioteca. Ora dovrei riscrivere tutto l'articolo facendo risultare ben chiaro che i classici servono a capire chi siamo e dove siamo arrivati e perciò gli italiani sono indispensabili proprio per confrontarli agli stranieri, e gli stranieri sono indispensabili proprio per confrontarli agli italiani.

Poi dovrei riscriverlo ancora una volta perché non si creda che i classici vanno letti perché «servono» a qualcosa. La sola ragione che si può addurre è che leggere i classici è meglio che non leggere i classici.

E se qualcuno obietta che non val la pena di far tanta fatica, citerò Cioran (non un classico, almeno per ora, ma un pensatore contemporaneo che solo ora si comincia a tradurre in Italia): «Mentre veniva preparata la cicuta, Socrate stava imparando un'aria sul flauto. "A cosa ti servirà?" gli fu chiesto. "A sapere quest'aria prima di morire"».

(Italo Calvino)

*

Bom dia!

Etiquetas:


(url)

1.11.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



Cemitério no concelho da Vidigueira. (Luis Reino)



Hoje à tarde no Tejo. (RM)



Hoje de manhã. Lua sobre pinheiros da Quinta do Covelo, no Porto.

(José Carlos Santos)

(url)


ICONOGRAFIA ESQUERDISTA PORTUGUESA 2



O conjunto de capas originais para o Programa da lista "Por um Ensino ao Serviço do Povo", que concorreu às eleições na AE da Faculdade de Medicina do Porto em 1973, é um dos melhores exemplos de iconografia esquerdista. A autora dos desenhos foi Maria José Abrunhosa, então estudante de arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, na altura militante da UEC(ML) com o pseudónimo "Saúl". Depois do 25 de Abril, Maria José Abrunhosa teve um papel activo no SAAL, e trabalhou como arquitecta na Guarda, onde foi uma voz activa contra a corrupção autárquica, deixando aí vários trabalhos de sua autoria. Depois da sua morte em 1999, foi erguido no concelho da Guarda um pequeno monumento em sua memória, comemorando a sua actuação como arquitecta, mas acima de tudo lembrando a sua intervenção cívica local.

Maria José Abrunhosa foi autora de capas, desenhos em comunicados e cartazes em serigrafia, publicados anonimamente em publicações associativas e políticas clandestinas, que combinavam um traço original com uma clara influência da iconografia chinesa maoísta. Outras capas deste Programa mostram essa influência chinesa mais nitidamente (mais tarde voltarei ao Programa de 1973).




(Um grupo de jovens esquerdistas na década de 70.)

O que é interessante nestes desenhos é a rara representação realista dos estudantes (se abstraírmos da tendência para os olhos ficarem em bico), embora a seriedade, calma e disciplina da cena da "Reunião de Curso" sejam idealizadas. As reuniões eram sempre muito mais tumultuosas do que esta representação pretendia.


No desenho que acompanha o caderno sobre "cultura e consciencialização dos estudantes", o que na prática significava a doutrinação política, mostra-se um grupo de estudantes a ver o Couraçado Potemkine de Eisenstein, um filme revolucionário soviético proibido, que não podia ser exibido nas salas de cinema. O filme circulava em várias cópias nos meios da oposição comunista e depois nos círculos estudantis esquerdistas. A representação da cena é também mais wishfull thinking do que realidade, dado que as projecções do filme eram feitas com cuidados conspirativos para que a PIDE não identificasse os donos das cópias e as apreendesse. Também aqui é preciso ter em conta que as tecnologias de reprodução do filme eram complicadas e caras, exigiam uma máquina com certo tamanho e as bobinas um manuseamento que implicava alguns conhecimentos técnicos.

(Continua.)

*

A propósito da sua referência ao Couraçado Potemkine, pensei em escrever-lhe, desisti num segundo momento, mas hoje não resisto. Recordo-me de ter visto o filme no Auditório da Reitoria da Universidade de Lisboa. Resta saber se foi antes ou imediatamente a seguir ao 25.4.74. Mas inclino-me firmemente para que tenha sido antes. Será que a memória me atraiçoou? Evidentemente, fiquei impressionada.

Muitos anos mais tarde, tive oportunidade de visitar o Museu do Cinema, em Londres, com a minha filha (naquela altura adolescente). Trata-se da mais surpreendente instalação museológica que conheci, com uma muitíssimo criativa interactividade com os visitantes.
Numa carruagem (presumo que tal como existiram na URSS), éramos introduzidos ao cinema de Eisenstein, com a apresentação de curtos sketches, por uma - como chamar-lhe - comissária do povo(?), vestida a rigor, com braçadeira vermelha no braço e sotaque a condizer. Voltei a ver uma passagem do Couraçado, assim como de outros filmes, explicados passo a passo. Ficámos a perceber ao certo a cena da escadaria e do carrinho de bebé e o que representavam as figuras que são vistas em primeiro plano.

A carruagem era apenas uma amostra das surpresas que o museu reservava. Mais tarde, fechou porque (explicaram eles) não era rentável. Uma perda irreparável.

(Cristina Baptista)

Etiquetas:


(url)


ICONOGRAFIA ESQUERDISTA PORTUGUESA 1

Em Março de 1971, uma "editorial Acção" publica em Lisboa o Manual de Guerrilha Urbana de Carlos Marighela. Como era habitual numa edição clandestina, a editorial não existia e era apenas uma sigla destinada a assinar a publicação de um texto proibido. O Manual foi muito influente nos anos setenta, na sequência das experiências de guerrilha e acção armada na América Latina. Marighela escrevera-o em 1969, o mesmo ano em que veio a morrer numa emboscada que, mais tarde, foi considerada pelo estado brasileiro uma execução extra-judicial.

Carlos Marighela e Carlos Lamarca tornaram-se símbolos da luta armada contra a ditadura brasileira e as suas obras e acções tiveram um impacto nos grupos portugueses que surgiram na segunda metade dos anos sessenta sob a influência do guerrilheirismo latino-americano, em particular a LUAR e mais tarde os sectores da FPLN que deram origem às Brigadas Revolucionárias. O livro de Marighela era um manual prático, ao estilo dos manuais do Comintern nos seus primeiros anos, com recomendações e instruções concretas para a realização de acções armadas. O seu carácter muito prático tornou-o um material de estudo para a própria contra-guerrilha sendo editado e analisado pela CIA e pelos militares e polícias envolvidos em conflitos não convencionais. Este carácter prático do Manual leva ainda hoje à sua retirada de vários sites na Internet onde é colocado, banido como um documento que divulga técnicas consideradas perigosas.

A iconografia nos documentos clandestinos era muito condicionada pelas tecnologias de reprodução, muito rudimentares nos anos sessenta e início dos anos setenta. A utilização do copiógrafo e a ciclostilagem dos documentos implicava limitações para os desenhos, dado que os stencis se rasgavam facilmente. Mesmo o stencil electrónico tinha sérias limitações, para além de que a PIDE controlava os fornecedores deste tipo de material de impressão. A edição portuguesa de Marighela é ciclostilada e tem uma capa peculiar, provavelmente copiada de uma edição clandestina brasileira. Estes prédios são muito mais próximos de S. Paulo do que de Lisboa



e estas cartucheiras parecem demasiado latino-americanas, até porque a maioria dos esquerdistas portugueses que poderia ter feito esta edição deveria desconhecer este tipo de suporte para as balas com os pormenores que se observam.


(Continua)

*
Lembro-me perfeitamente desse "manual" e da cultura geral que aprendi nele! :-)))
Refiro-me à sensata regra de nunca se ir para um combate com o estômago cheio, por causa da possibilidade de se levar um tiro no aparelho digestivo, e da técnica de fabrico dos "cocktails Molotov", uma arma inventada na guerra civil de Espanha. Em boa verdade, entretanto, acho que já não me recordo do 3º elemento que se deveria misturar à gasolina e à areia do "cocktail"... Mas, no início dos anos 70, que me lembre os guerrilheiros urbanos na moda eram os tupamaros, que ainda há poucos anos deram nas vistas no Peru de Fugimoro.

(Zé Luís Sá)

Etiquetas:


(url)


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



Nascer do dia na subida em Cem Soldos. (Ochoa)

(url)


EARLY MORNING BLOGS
1145 - The History of the Apple-Tree

It is remarkable how closely the history of the Apple-tree is connected with that of man. The geologist tells us that the order of the Rosaceae, which includes the Apple, also the true Grasses, and the Labiatae, or Mints, were introduced only a short time previous to the appearance of man on the globe.

It appears that apples made a part of the food of that unknown primitive people whose traces have lately been found at the bottom of the Swiss lakes, supposed to be older than the foundation of Rome, so old that they had no metallic implements. An entire black and shrivelled Crab-Apple has been recovered from their stores.

Tacitus says of the ancient Germans that they satisfied their hunger with wild apples, among other things.

Niebuhr observes that "the words for a house, a field, a plough, ploughing, wine, oil, milk, sheep, apples, and others relating to agriculture and the gentler ways of life, agree in Latin and Greek, while the Latin words for all objects pertaining to war or the chase are utterly alien from the Greek." Thus the apple-tree may be considered a symbol of peace no less than the olive.

(Henry David Thoreau)

*

Bom dia!

Etiquetas:


(url)

31.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Estes dias. Usando o Abrupto como janela.



Praça Jamaa El Fna, em Marrakech. (Eliana Cruz)





Hoje. Por-do-sol com avião a ir e avião a vir. (RM)



A Terra Grande na Tapada da Ajuda (Lisboa), à espera da chuva que não cai. (Luís Reino)



Citânia de Briteiros.

MOMENTOS EM TEMPO REAL: INTERIORES

Usando o Abrupto como janela.



Café em Essaouira, Marrocos. (Eliana Cruz)

(url)


OBJECTOS EM EXTINÇÃO

Foi a primeira "série" do Abrupto e penso que a primeira "série" nos blogues portugueses. Como aqui é semper idem, nunca nada está esquecido. Acrescento a essa série o CD, na altura em que no meu iPod estão quase 100 gigabites de música, 325 dias de música sem parar, e sobram mais 60, ou seja mais umas centenas de CDs. Verifico que depois de os passar para o iPod e os arrumar não preciso mais deles. Levo o iPod para onde quero, ligo-o a uma aparelhagem qualquer, ou só a uns altifalantes e está lá a música toda. Para comprar nova, uso a Rede. Suspeito que é só uma questão de tempo (curto) até o mesmo acontecer com os DVDs. Os livros, pelo contrário, podendo eu tê-los todos em teoria no computador ou num "leitor" que cada ano é mais portátil, ainda vivem por todo o lado, mesmo as enciclopédias. O tamanho, a dimensão da página, a física da coisa conta, e o nosso corpo tem limitações para a leitura (e para a visão) muito diferentes do que para a audição em que basta colocar auscultadores nos ouvidos. Eu sei que isto mudará com outro tipo de ligações, mas para já, os livros em papel resistem bem à extinção.

Etiquetas: ,


(url)


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 31 de Outubro de 2007


A continuar assim este "pensamento único" sobre a Europa, ainda vai acabar por ser crime pronunciar-se contra este curso recente da política europeia traduzido no Tratado chamado "reformador" ou "de Lisboa". Ainda nos vai acontecer o que aconteceu àqueles pobres sindicalistas que não tiravam o barrete proletário à passagem da novel bandeira republicana: paulada em cima. Já é um verdadeiro delito de opinião, um sinal de marginalização, de leviandade, de velhice do Restelo, de anti-modernidade, uma atitude populista, demagógica, irresponsável, mesquinha, anti-nacional, anti-fundos, anti-desenvolvimento, anti-paz perpétua, anti-humanista, anti-gloriosas tradições de "diálogo civilizacional", pró-americana ou seja pró-Bush, neo-liberal, reaccionária, nacionalista, quiçá racista, anti-multiculturalista, pró-skin, saudosista, antiquada, e muito mais de mau e vil e provocador. Quarenta anos depois de ser subversivo, estou outra vez subversivo.

*

Tretas. Tenho cada vez menos paciência para os que pensam que, servindo-nos tretas, temos que almoçar, jantar, comer tretas. Esta história da entrada de Menezes no Conselho de Estado, na versão do comunicado do PSD divulgado ontem, é uma colecção de tretas. Primeiro, mente-se dizendo que nunca se pretendeu que Menezes estivesse no Conselho de Estado, e que tal nunca foi pensado na actual direcção do PSD. Ribau diz que isto foi uma manobra de outros, da comunicação social, não se sabe bem de quem. Eu sugiro um culpado: as fontes do Diário de Notícias que garantiam a pés juntos que Menezes iria para o dito Conselho e toda uma coreografia associada, incluindo ataques a Capucho. Depois, foi todo um processo conduzido com os pés, atabalhoadamente, sem rigor, nem seriedade, que acabou por receber a bofetada de luva branca de Capucho e de luva preta do Presidente. Por fim, como as coisas correram mal, faz-se como o menino que queria o bolo e como não o teve, embirra e diz que afinal o bolo é péssimo e está estragado e nunca lhe passou pela cabeça comê-lo.

Etiquetas: ,


(url)


MOMENTOS EM TEMPO REAL: INTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



Posição de António Sardinha, de Luís de Almeida Braga. (Simão Agostinho)

MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Estes dias. Usando o Abrupto como janela.



O "portinho" da Gala, na Figueira da Foz, às 21horas de ontem. (Daniel Domingues)



Junto ao rio. (RM)

(url)


EARLY MORNING BLOGS
1144 - The Cow

The Cow is too well known, I fear,
To need an introduction here.
If She should vanish from earth's face
It would be hard to fill her place;
For with the Cow would disappear
So much that everyone holds Dear.
Oh, think of all the Boots and Shoes,
Milk Punches, Gladstone Bags and Stews,
And Things too numerous to count,
Of which, my child, she is the Fount.
Let's hope, at least, the Fount may last
Until our Generation's past.

(Oliver Herford)

*

Bom dia!

Etiquetas:


(url)

30.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: INTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



(MJ)

MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Hoje . Usando o Abrupto como janela.



Amanhecer em Setúbal. (Ochoa)

(url)


EARLY MORNING BLOGS
1143 - Beggar To Beggar Cried

'Time to put off the world and go somewhere
And find my health again in the sea air,'
Beggar to beggar cried, being frenzy-struck,
'And make my soul before my pate is bare.-

'And get a comfortable wife and house
To rid me of the devil in my shoes,'
Beggar to beggar cried, being frenzy-struck,
'And the worse devil that is between my thighs.'

And though I'd marry with a comely lass,
She need not be too comely - let it pass,'
Beggar to beggar cried, being frenzy-struck,
'But there's a devil in a looking-glass.'

'Nor should she be too rich, because the rich
Are driven by wealth as beggars by the itch,'
Beggar to beggar cried, being frenzy-struck,
'And cannot have a humorous happy speech.'

'And there I'll grow respected at my ease,
And hear amid the garden's nightly peace.'
Beggar to beggar cried, being frenzy-struck,
'The wind-blown clamour of the barnacle-geese.'

(William Butler Yeats)

*

Bom dia!

Etiquetas:


(url)

29.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL: EXTERIORES

Estes dias em Portugal, Espanha, Itália, Marrocos, e Colombia . Usando o Abrupto como janela.


A areia de essaouira, no sábado ao fim da tarde.

"And sometimes it happens that" you have lived in Morocco and then
You have to leave
And months have passed
Your fountain has been filling
And you dare to hope that it will be enough.

(Eliana Cruz)


Sítios sem tempo: estação de comboios de Alvega-Ortiga, na linha na Beira-Baixa, hoje em dia apenas apeadeiro. (João Mourato)




Fim de tarde junto ao rio.

Trabalhos no Ministério do Trabalho (Orlando Nascimento)



Hoje em Monsaraz. ( Fernando Noronha Leal)



Algures entre Bogotá e Villavicencio, na Colômbia. (Fernando Machado)



Concorrente ao Ferrari Historic Challenge, este fim de semana, no circuito de Mugello, Toscânia, a maior concentração anual de Ferraris e onde os "ferraristi" comemoraram os títulos mundiais 2007 de fórmula 1 de marca e piloto. (Fernando Correia de Oliveira)



Mustang na Feira Industrial Agrícola e Comercial de Oliveira do Bairro FIACOBA. (Paulo Cardoso)





Outono no Douro. (Gil Regueiro)



Vinhas de Outono em Fregim, Amarante. (Helder Barros)



Girona à noite. (Luis Azevedo Rodrigues)



Igreja do Mosteiro da Junqueira, Vila do Conde, cujo padroeiro da freguesia - S. Simão - assinala-se hoje.

(Nelson Silva e Mónica Fernandes)

MOMENTOS EM TEMPO REAL: INTERIORES

Hoje. Usando o Abrupto como janela.



De noite. (susana reis)



(Carlos Oliveira)

(url)

© José Pacheco Pereira
Site Meter [Powered by Blogger]