ABRUPTO

7.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Exposição dos vestidos de Valentino no Museu da Ara Pacis, Roma.





Céu cinzento em Veneza. (Luis Casanova)



Douro visto da aldeia de São Xisto



Manhã no Douro Sul - Vista de Paredes da Beira e Vale Penela (S. João da Pesqueira). (Fernando Moreira de Sá)



Café em Tomar. (Ochoa)

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UMA UNIÃO EUROPEIA SEMIDEMOCRÁTICA, SEMIEUROPEIA, SEMIUNIÃO


Numa altura em que se perde de vez a possibilidade de os portugueses se pronunciarem sobre o novo tratado europeu, com o abandono do compromisso pela actual liderança do PSD de fazer um referendo, dá-se mais um passo num triste caminho de criar uma entidade internacional que é cada vez menos democrática e a quem entregamos cada vez mais a nossa soberania nacional. É uma decisão, por parte do PSD e do PS, inqualificável de falta de respeito pelos compromissos assumidos, tornada ainda mais grave quando é claramente manchada pelo facto de ter como principal razão o medo dos resultados do referendo. Ou seja, não se faz o referendo porque os eleitores europeus e portugueses não podem, por diktat, dizer "não". Os Governos e os grandes partidos europeus substituíram a democracia na legitimação do processo europeu por decisões iluminadas, tomadas in camera pelos Governos, sobre matérias decisivas para o futuro de todos nós.

A verdade é que esta era a última oportunidade de fazer um referendo útil, a última oportunidade de, votando sobre importantes mudanças na construção europeia, legitimar ou não o caminho recente da União. Não compreendo, aliás, por que razão os europeístas mais fervorosos a perderam, tanto quanto compreendo bem que os que olham para a UE apenas como manancial de subsídios não queiram quaisquer ondas no barco bruxelense, que já de há muito se habituaram a considerar o verdadeiro governo de todos nós.

Não é preciso ir mais longe para se perceber o que é hoje a UE do que o facto de, a semanas de se conhecer um novo tratado europeu, com as trombetas e as fanfarras que o vão acompanhar, ser espantoso que não haja qualquer discussão pública sobre o seu conteúdo e consequências. O nosso primeiro-ministro, o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, assim como o nosso Presidente da República, entendem que quanto menos se falar sobre o assunto, melhor e como deixou de haver a ténue, mas mesmo assim existente, oposição à violação do compromisso do PSD e do PS, o silêncio entre o incomodado e o arrogante são a norma.


Tudo isto numa altura em que é mais que óbvio que nem a Europa nem a UE estão bem. A Europa porque se encurralou num "modelo social" que a prazo só tem duas consequências: o empobrecimento lento, mas seguro, dos seus cidadãos e a incapacidade de sobreviver num mundo globalizado a não ser como "fortaleza Europa". É verdade que quer a leste, quer a oeste, há excepções e resistências a este modelo, com o corolário de que aí não se empobrece como no "meio" do núcleo duro do "modelo", mas a tendência defensiva e proteccionista na UE continua a verificar-se. Os franceses e as suas "excepções" são a vanguarda de uma Europa que ergue fronteiras face ao Google, à Microsoft, aos transgénicos, ao iTunes, aos filmes de Hollywood, mas também ao chá moçambicano, aos vinhos sul-africanos, ao algodão egípcio, aos produtos agrícolas africanos e... ao canalizador polaco.

Quanto à UE, propriamente dita, e às suas instituições, a crise dos últimos anos, simbolizada no devolver à procedência dos Governos que a fizeram a Constituição Europeia com o voto "não" de holandeses e franceses, está a torná-la cada vez mais governamental e burocrática, num movimento único de recusa da legitimidade de eleitores e de enfraquecimento dos Parlamentos nacionais. Normalmente, na discussão da legitimação popular só se referem as objecções ao voto referendário, odiado em Bruxelas e agora colocado debaixo do tapete, apresentado como um voto impuro, o que "mistura" tudo, o que é contra os Governos, o que é xenófobo, o que é excitado apenas pelas mesquinhas agendas nacionais, o que é antieuropeu e "soberanista".
Mas esta sanha contra os referendos esquece que Bruxelas também não gosta dos Parlamentos nacionais, cada vez mais frágeis face à burocracia da UE, que são sempre apresentados como saindo reforçados de cada novo tratado, quando na realidade quem vê sempre os seus poderes acrescidos é o Parlamento Europeu, depois o Conselho e por fim a Comissão. O caminho para uma UE semidemocrática, uma condição semelhante, na sua impossibilidade, a estar semigrávida, deu mais um passo esta semana em Portugal e vai dar muitos mais nas semanas próximas.

http://ec.europa.eu/education/programmes/eu-usa/index_en.htmlhttp://www.essex.ac.uk/armedcon/images/country/headings/flags/turkey_flag_large.bmphttp://www.politicsonline.com/blog/archives/government/index.php

Sobre este impasse democrático, para não lhe chamar outra coisa, projecta-se um impasse ainda maior: o do retorno ao confronto nacional e de uma sua pouco observada consequência, a dificuldade em definir fronteiras da UE. A questão turca, apenas a face mais visível de outras questões por resolver, igualmente graves, é uma projecção de velhas diferenças europeias nas suas políticas externas, assim como de interesses diferenciados em função da situação nacional de cada país. Se somarmos a isso a inexistência de política face à Federação Russa, que se manifesta nas dificuldades face ao Kosovo, os Balcãs em geral e no tratamento da Ucrânia, compreende-se que a UE pode tentar há muito tempo ter um telefone para o sucessor do senhor Kissinger, mas este falará sempre primeiro para o número 10 de Downing Street, para o Eliseu, para a Chancelaria de Berlim, e até para o castelo em Praga e para a sede do Governo polaco, muito antes de falar para Durão Barroso e muito menos para Solana.

Claro que, daqui a uns dias, se os polacos não estragarem a festa e cederem à chantagem, como tudo indica, nada disto conta, nada disto será referido, nada disto será lembrado. Haverá champanhe e sorrisos, muitos cumprimentos, muitas fotos em família. O futuro da Europa será radiosamente apresentado, como o fim de uma longa "crise" que foi ultrapassada. Depois da festa, ninguém quererá ir perguntar ao homem da rua o que ele pensa sobre aquilo que no dia seguinte será apresentado como facto consumado, que só meia dúzia de perturbadores reclamam dever ir a votos. Claro que em muitos países da Europa o eleitorado não tem a apatia e indiferença portuguesas, e podem bem obrigar os seus Governos a fazer referendos, contrariamente a todas as recomendações, mais do que isso, ordens, que Sarkozy e Merkel têm dado. E não demorará muito tempo até se ver que nenhum papel, muito menos o que agora sub-repticiamente se quer aprovar, resolverá a "crise". Os genuínos defensores da Europa de Jean Monnet e Schumann vão arrepender-se de não ter actuado a tempo, mas, nessa altura, pode ser tarde. E já não falta muito tempo para se compreender que foi assim.

(No Público de 6 de Outubro de 2007

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EARLY MORNING BLOGS
1123 - i am a little church

i am a little church(no great cathedral)
far from the splendor and squalor of hurrying cities
-i do not worry if briefer days grow briefest,
i am not sorry when sun and rain make april

my life is the life of the reaper and the sower;
my prayers are prayers of earth's own clumsily striving
(finding and losing and laughing and crying)children
whose any sadness or joy is my grief or my gladness

around me surges a miracle of unceasing
birth and glory and death and resurrection:
over my sleeping self float flaming symbols
of hope,and i wake to a perfect patience of mountains

i am a little church(far from the frantic
world with its rapture and anguish)at peace with nature
-i do not worry if longer nights grow longest;
i am not sorry when silence becomes singing

winter by spring,i lift my diminutive spire to
merciful Him Whose only now is forever:
standing erect in the deathless truth of His presence
(welcoming humbly His light and proudly His darkness)

(e.e. cummings )

*

Bom dia!

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6.10.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 6 de Outubro de 2007


RTP em pleno Momento-Chávez do Primeiro-ministro. Dá tempo para pensar, escrever, abrir o Blogger, fechar, publicar e sempre com Sócrates a falar do palanque. Tudo em directo.

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Ontem em Mashhad, Irão. Avenida.



Ontem em Mashhad, Irão. Recreio de uma escola com sistema digestivo, sistema solar e geografia. (João Curado)



Hoje, montra da Bertrand do Chiado. (RM)





Tango em Buenos Aires. (João Almeida)



Manhã junto do Coliseu, Roma. (Sara Zaluaga)

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EARLY MORNING BLOGS
1122 - Obedience School

Let us leave the obedience school.
The door is open. Outside the sun is shining.
Why do you hesitate? Why do you hold back?
If there were some warts on the obedience school
we should have known about it before this.
You don't learn the cancan at obedience school.
Yup. But the parkway night is festering.
Besides, there are so many trained-dog acts now
nobody wants any competition.
That's why I bought Flossie the ticket
back to Puyallup. Her ladies-in-waiting
were flouting the scent of incense smouldering;
her high heels provoked "zounds!" of acclaim
from the wrong kind of gent-customer
we want no truck with.
And when the old school shudders
in a sudden ray of March sun,
accusers and behoovers alike will be believed;
behemoths and mammoths struggle and give up
in the aquarium dawn. Then a run on the feed stores
ensues. Causes are given up for lost. The queen's pony
capers on its hind legs, quite as if narcissism
were going out of style. Poor children! Why, it broke their heart,
but Dad's with them now. Dad can conquer this thing.

(John Ashbery)

*

Bom dia!

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5.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Restos. De Chuy a Montevideo passado por Punta del Este.

(João Almeida)

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EARLY MORNING BLOGS
1121 - The Chimpanzee

Children, behold the Chimpanzee:
He sits on the ancestral tree
From which we sprang in ages gone.
I'm glad we sprang: had we held on,
We might, for aught that I can say,
Be horrid Chimpanzees to-day.

(Oliver Herford)

*

Bom dia!

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4.10.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 4 de Outubro de 2007


A frase do dia, que é quase a frase de sempre: "Quem cala consente."

*

Honra a Cravinho, que também não se cala e fala do mesmo que eu tenho falado. Exactamente do mesmo:
Foi dos maiores choques da minha vida ver que aquela matéria causava um profundo mal-estar, era como um corpo estranho no corpo ético do PS. Apesar de algumas dificuldades que antevia, não contava com uma atitude de absoluta incompreensão para a natureza real do fenómeno da corrupção”.

*

A repetição sucessiva da mantra que nos diz que os governos tem sempre dificuldades enquanto os seus Primeiro-ministros estão em funções na Presidência da UE (a que se associa o precedente de Guterres que, se alguém se der o trabalho de verificar, nunca existiu) é uma excelente explicação patriótica para as dificuldades do Governo. Não, não é a Presidência da UE, é a sucessiva divulgação de números que mostram o falhanço da política de Sócrates, a começar pelo desemprego. Não é virtude patriótica das altas funções internacionais é o mau governo caseiro.

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EARLY MORNING BLOGS
1120 - Metaphysics

Why and Wherefore set out one day
To hunt for a wild Negation.
They agreed to meet at a cool retreat
On the Point of Interrogation.

But the night was dark and they missed their mark,
And, driven well-nigh to distraction,
They lost their ways in a murky maze
Of utter abstruse abstraction.

Then they took a boat and were soon afloat
On a Sea of Speculation,
But the sea grew rough, and their boat, though tough,
Was split into an Equation.

As they floundered about in the Waves of Doubt
Rose a fearful Hypothesis,
Who gibbered with glee as they sank in the sea,
And the last they saw was this:

On a rock-bound Reef of Unbelief
There sat the wild Negation;
Then they sank once more and were washed ashore
At the Point of Interrogation.

(Oliver Herford)

*

Bom dia!

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3.10.07


EARLY MORNING BLOGS
1119

kakashi kara kakashi e wataru suzume kana

De espantalho
Para espantalho,
Voam os pardais.

(Sazanami, tradução de Edson Kenji Iura)

*

Bom dia!

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2.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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STROMBOLI 6





Strombolicchio, o "irmão" extinto do Stromboli.

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EARLY MORNING BLOGS
1118

mono okeba soko ni umarenu aki no kage

Em qualquer lugar
Onde se deixem as coisas,
As sombras do outono.

(Kyoshim, tradução de Edson Kenji Iura)

*

Bom dia!

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1.10.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Algarve visto de lagos. (António Cabral)



Vulcão dos Capelinhos. (MJ)

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ORNITHORHYNCHUS PARADOXUS 10:
UM VELHO PROBLEMA (ESCRITO EM 1998)



Escrito por mim no Diário de Notícias em Janeiro de 1998:
O desprezo nefelibata de alguns dirigentes social-democratas, que se consideram "barões" e serem a elite do partido, tem tido com a própria vida interna do PSD, com que não perdem tempo e consideram abaixo do seu standard, tem tido como consequência o entregar dessas estruturas intermédias aos pequenos interesses clientelares, mas também o abandono à sua sorte de muitos militantes sinceros e idealistas que se sentem cada vez mais perdidos. Este divórcio vai-se acentuando, aquele que separa o "partido de militantes" da fundação e dos anos difíceis, como um novo tipo de clientelas que vêem no PSD essencialmente o partido do poder, o partido que detinha o poder, logo os lugares.

Basta consultar as biografias de alguns dirigentes locais vindos da JSD ou do aparelho partidário, para ver como nos anos em que o PSD esteve no poder se acentuou a ligação entre os cargos partidários, e os cargos de nomeação governamental, associados de um modo geral à ausência ou ao abandono de qualquer actividade profissional própria, ou seja à perda de independência económica em relação ao partido. Para essas novas clientelas o partido tornou-se o emprego e a carreira política a forma de ascender profissional e socialmente. Por muito que encham a boca como uma espécie de clubismo social-democrata, o partido enquanto realidade política e cívica significa para eles muito pouco. A sua motivação é essencialmente interna - e do poder interno que precisam para manter os lugares. Actuam como um sindicato e estão dispostos a tudo para manter o emprego, mesmo que isso signifique matar socialmente o PSD.

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ORNITHORHYNCHUS PARADOXUS 9:
ÓRGÃOS POLÍTICOS ELEITOS SEM PODERES




Os próximos ciclos eleitorais no PSD são: eleições pelas "bases" (presume-se que directas) dos candidatos a deputados à Assembleia da República, eleições pelas "bases" (com a mesma presunção) dos candidatos a deputados ao Parlamento Europeu, eleições pelas "bases" (idem) dos candidatos às autarquias, seguidas pelas eleições legislativas, europeias e autárquicas. Com as suas promessas demagógicas (no estrito sentido do termo) Menezes abriu caminho a uma ainda maior erosão do princípio de representação democrática no interior do partido. O seu poder, e o dos órgãos próprios, Comissão Política e Conselho Nacional, serão substituídos por um mecanismo informal de escolha (visto que não tem base estatutária), cujo funcionamento promete subverter de cima a baixo a estrutura partidária. Vai ser interessante de ver, sob todos os aspectos, como isto vai funcionar, acima de tudo se for associado ao fim das regras de controlo de quotas, e da inexistência dos cadernos eleitorais.

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LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 1 de Outubro de 2007


Se a senhora que raptou uma "menina" num hospital e que foi descoberta um ano depois, tivesse mais dois ou três anos de convívio com a criança, passaria a ser "mãe do coração"? E que diriam os pedopsiquiatras, esta nova categoria jurídico-mediática?

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ORNITHORHYNCHUS PARADOXUS 8: UM CLIMA DE INTOLERÂNCIA



Nenhuma liderança do PSD viveu sem críticas. Menezes não fez outra coisa todos os dias, em todas as declarações, em todos os momentos, sem descanso, de forma sistemática e em todas as questões. Mas basta ouvir o tom das declarações públicas dos seus apoiantes após a vitória, a somar à hate mail e a algumas ameaças que já me chegaram, ou ir ao Fórum da TSF em curso, que é um comício contra Marcelo e contra mim, para ver como o clima de intolerância cresceu exponencialmente. Comigo, é perda de tempo. Nem tenho intenção de deixar o PSD, nem de deixar de dizer o que entendo.

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EARLY MORNING BLOGS
1117 - The Purist

I give you now Professor Twist,
A conscientious scientist,
Trustees exclaimed, "He never bungles!"
And sent him off to distant jungles.
Camped on a tropic riverside,
One day he missed his loving bride.
She had, the guide informed him later,
Been eaten by an alligator.
Professor Twist could not but smile.
"You mean," he said, "a crocodile."

(Ogden Nash)

*

Bom dia!

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© José Pacheco Pereira
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