ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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4.7.09
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22:53
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22:08
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Porque é cada vez mais raro haver atitudes de pura decência, aqui fica o registo do comportamento de uma Senhora. ( A propósito disto.) (url) ![]()
20:23
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![]() Digo isto porque agora temos um surto de imitadores putativos de Obama que olham para a campanha americana mais com os olhos dos seus desejos do que com os da realidade. Após um surto de deslumbramento tecnológico com a campanha de Obama, que parecia que ganhara as eleições pela Internet, os primeiros estudos mostram a necessidade de moderar essa avaliação. De facto, os novos media tem uma crescente importância, mas ainda são muito menos importantes do que, por exemplo, o apoio institucional e político de personalidades, sindicatos, grupos de interesse, ou o efeito nos media clássicos de deslocações de apoios. E, no seu conjunto, a televisão continua o meio de comunicação por excelência onde se ganha e perde uma eleição. Não digo que seja bem ou mal, inclino-me mais para o mal, mas é mesmo assim. O resto é uma efervescência que mobiliza muito pouca gente e quase sempre acantonada socialmente. Portugal já não é o país do roteiro da carne assada, mas ainda não se ganham eleições na Internet. Nem cá, nem lá, na pátria de Obama. (url) ![]()
11:05
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HOJE NO ![]() NOVO: MATERIAIS DE PROPAGANDA POLÍTICA (133). O MOVIMENTO INDEPENDENTE DE DIREITO (1976) Num recente artigo da Sábado, Nuno Rogeiro referia-se ao MID, muitas vezes erradamente nomeado como Movimento Independente da Direita, quando era de facto Movimento Independente de Direito ou Movimento Independente da Faculdade de Direito, a que pertencera com Pedro Santana Lopes. Junto publicam-se alguns documentos do MID, assim como os nomes da lista associativa de que ambos faziam parte. PRIMEIRAS INFORMAÇÕES SOBRE O HOLOCAUSTO DIVULGADAS PELA EMBAIXADA DOS EUA EM LISBOA (url) ![]()
07:08
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I’m back again scrutinising the Milky Way
of your ultrasound, scanning the dark matter, the nothingness, that now the heads say is chockablock with quarks & squarks, gravitons & gravitini, photons & photinos. Our sprout, who art there inside the spacecraft of your Ma, the time capsule of this printout, hurling & whirling towards us, it’s all daft on this earth. Our alien who art in the heavens, our Martian, our little green man, we’re anxious to make contact, to ask divers questions about the heavendom you hail from, to discuss the whole shebang of the beginning&end, the pre-big-bang untime before you forget the why and lie of thy first place. And, our friend, to say Welcome, that we mean no harm, we’d die for you even, that we pray you’re not here to subdue us, that we’d put away our ray guns, missiles, attitude and share our world with you, little big head, if only you stay. (Greg Delanty) (url) 3.7.09
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22:37
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22:35
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No outro dia, no Parlamento, afirmando que o governo e ele próprio nada sabiam sobre o “negócio” da compra de 30% da Média Capital pela PT, o que permitia o controlo da TVI, o Primeiro-ministro manteve uma já habitual relação difícil com a verdade. Nesse mesmo dia, á noite Manuela Ferreira Leite disse, preto no branco, que ele não estava a dizer verdade. Não ouvi uma única pessoa, jornalista ou comentador que não dissesse que era impossível o governo desconhecer tal intenção de negócio, até porque ele tinha sido comunicado na véspera à CMVM e tinha feito a capa de um jornal. O PS ensaiou uma resposta indignada , mas foi sol de pouca dura dado que no fim de semana o Expresso publicou uma capa que dizia que, não só governo sabia, como era mais que evidente, que o sabia desde o início do ano. Depois disso, até os amigos do PS se calaram, certamente convencidos que a mentira era tão evidente, que tentar nega-la só contribuía para escavar novos factos. Não seria difícil eles aparecerem, até porque tudo indica que o “negócio” foi ao ar no exacto dia em que era suposto ser concretizado e por isso muitos interesses estavam a ser afectados e, nestas circunstâncias, os interesses costumam “falar” sob a forma de fugas. Claro que saber se o “negócio” estava ou não concluído deu origem a uma mini-polémica, em que igualmente vários praticantes da arte de tornar plástica a verdade, mostraram as sua habilidades com contradiçõe s flagrantes. Mas não é isso o mais preocupante. O mais preocupante é a indiferença reinante face ao facto de ter sido possível, numa matéria tão importante como esta, se aceitar a mentira flagrante de um governante ao órgão que controla e escrutina a governação, o Parlamento. Pelos vistos os escândalos são selectivos, quando Dias Loureiro se “esqueceu” de umas coisas e teve a mesma plasticidade com a verdade, foi um clamor, justo aliás. Com Sócrates, descontada a duplicidade da partidarite, parece que todos aceitam que os critérios de valor são muito baixos e por isso não se esperava outra coisa. Pode ser assim, mas não é sadio. Sócrates é muito mais importante para a nossa vida de hoje do que Dias Loureiro e o “negócio” que ele tentou ocultar para aparecer como facto consumado é muito mais perigoso do que as aventuras dos offshores de Porto Rico. Só há uma coisa em comum, ambos são muito caros paqa os contribuintes portugueses. (url) 2.7.09
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07:59
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EARLY MORNING BLOGS
![]() 1581 Tout le parfait dont le ciel nous honore, Tout l'imparfait qui naît dessous les cieux, Tout ce qui paît nos esprits et nos yeux, Et tout cela qui nos plaisirs dévore : Tout le malheur qui notre âge dédore, Tout le bonheur des siècles les plus vieux, Rome du temps de ses premiers aïeux Le tenait clos, ainsi qu'une Pandore. Mais le destin, débrouillant ce chaos, Où tout le bien et le mal fut enclos, A fait depuis que les vertus divines Volant au ciel ont laissé les péchés, Qui jusqu'ici se sont tenus cachés Sous les monceaux de ces vieilles ruines. (Joachim Du Bellay) (url) ![]()
00:04
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(url) 1.7.09
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17:40
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ÍNDICE DO SITUACIONISMO (104): A ORTODOXIA EUROPEIA DISFARÇADA DE JORNALISMO ![]() A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração. E, nalguns casos, de respiração assistida. Da correspondente" da Antena 1 em Estrasburgo:
(Enviado por Nuno Cardoso Dias e Filipe Covas.) (url) ![]()
17:29
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No alto de uma das duas gruas, de uma obra no recinto do Parque Expo (Novos Laboratórios da EPAL). ( Luiz Carvalho)
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09:17
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![]() "Verdade e mentira no mundo digital" na Sábado em linha. * No seu último texto para a Sábado em Linha escreveu que «[n]o século XIX alguns amadores de fotografias fizeram umas «fadas», rudimentares aos olhos de hoje, mas que enganaram muita gente incluindo Conan Doyle, que não era propriamente desprovido de capacidade de perceber fraudes». As «fadas» em questão são as «fadas de Cottingley» e não datam do século XIX, mas sim de 1917. Quanto a Conan Doyle, sim, ele era definitivamente «desprovido de capacidade de perceber fraudes». Custa a acreditar, tratando-se do criador de Sherlock Holmes, um paradigma de racionalidade, mas Conan Doyle era, de facto, dos seres humanos mais crédulos de que há registo. Por exemplo, ele recusava-se a acreditar que o seu amigo Harry Houdini fosse um mero ilusionista (como o próprio Houdini lhe dizia em privado) e acreditava que ele só podia fazer o que fazia graças a capacidades paranormais. Isto é um exemplo perfeito de como um criador literário não deve ser confundido com a sua criação. (url) ![]()
09:16
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08:49
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A strong song tows
us, long earsick. Blind, we follow rain slant, spray flick to fields we do not know. Night, float us. Offshore wind, shout, ask the sea what’s lost, what’s left, what horn sunk, what crown adrift. Where we are who knows of kings who sup while day fails? Who, swinging his axe to fell kings, guesses where we go? (Basil Bunting) (url) 30.6.09
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22:01
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(url) 29.6.09
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08:35
(JPP)
Este é um programa de opinião sobre aquilo que vos (nos) faz ter opinião: a comunicação social. Oos media, os jornais, as rádios, os blogues, os livros, a televisão. Eu sei que não é só comunicação social que vos (nos) faz ter opinião. A nossa vida, a escola que tivemos, dentro da escola e fora dela, as origens, a família, o meio social - tudo faz a nossa opinião. Mas a comunicação social conta muito, conta mesmo muito. O problema é que não vivemos tempos propícios à liberdade. Vivemos dificuldades, vivemos uma deterioração da democracia, vivemos demasiado espectáculo e pouca razão. Vivemos mais de imagens do que palavras. Vivemos mais de pressa do que dea reflexão. Vivemos em Portugal de uma longa história de submissão ao poder, a todos os poderes. O do politicamente correcto. O do poder de Estado e dos Governos que abafam o cidadão e a sociedade. Vivemos um mau momento para a liberdade, para respirar.Todos nos querem consensuais, submissos, respeitadores. Não é o meu caminho. Mas há mais: a comunicação social portuguesa tem pouca qualidade. Há excepções e delas falaremos, mas a regra é outra. E como há pouca critica, pouca controvérsia, demasiados silêncios, não se separam as águas. Ponto/ Contraponto é um programa de opinião. Opinião individual, que vale o que vale. Não é ciência, nem jornalismo, não tem a preocupação de ser equilibrado, nem isento e não será muitas vezes justo. Mas a opinião é assim. A opinião de um consumidor de comunicação social, leitor, ouvinte, telespectador. Individual, sozinho. Do que eu não ouço, nem leio, nem vejo não falarei. Não posso ler, ouvir, ver tudo. P, por isso, como toda a opinião, esta é parcial, de gosto, frágil. Ponto/ Contraponto é opinião que tem apenas o seu valor facial. Está à vista de todos com face, nada mais. (url) ![]()
07:06
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The Goops they lick their fingers,
And the Goops they lick their knives; They spill their broth on the tablecloth-- Oh, they lead disgusting lives! The Goops they talk while eating, And loud and fast they chew; And that is why I'm glad that I Am not a Goop--are you? (Gelett Burgess) (url) 28.6.09
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19:29
(JPP)
A "RENOVAÇÃO" QUE SE EXIGE ![]() Vem isto a propósito da redução da "novidade", logo da "renovação", como um valor, à idade, ao turnover geracional, à "frescura" da face, como se isso fosse um critério fundamental para as escolhas políticos. Com enorme enfado, os jornalistas premeiam ou punem a "renovação" por este critério. Os critérios que usam são bastante parecidos com os da publicidade e inserem-se na tendência da redução da política ao espectáculo. Paulo Rangel beneficiou dele, mas duvido que esse seja o critério de qualidade que mais lhe interesse, dado que a "novidade" é a primeira coisa a gastar-se. Só quem não reparou na sua performance como líder parlamentar é que se pode ter surpreendido com a sua campanha. Aí também ele não era "novo", mas foi visto como tal pelos mesmos que o depreciavam como parlamentar e davam sempre a Sócrates as estrelas todas. Foi preciso que o estereótipo se impusesse, para beneficiar dele, neste caso para alguém com mérito. Menos mérito tem quem constrói uma "novidade" para fazer passar o gato pela lebre da "novidade" e, infelizmente, há muitos candidatos para isso e têm, no essencial, boa imprensa. Falsos "novos" como Passos Coelho usam a face como estratégia de marketing e o "novo" como mecanismo de reciclagem. Ou o novo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, que foi apresentado pelo Expresso como uma "lufada de ar fresco" à custa de se iludir a sua actividade concreta como secretário de Estado, que mostrava como os "novos" podem ser os mais eficazes repetidores dos vícios dos velhos. Muita coisa má se está a promover à custa da idade e da renovação "geracional", disfarçando conflitos de poder pelos bens escassos, não entrando em conta com outros critérios menos mediáticos e espectaculares. Numa sociedade equilibrada, numa democracia capaz, os critérios incluem a idade e a geração, mas incluem igualmente os costumes públicos, a experiência, os comportamentos, as ideias e as práticas. Ou seja, são indivíduos que são avaliados, não abstracções na moda. Por isso, se me perguntarem que "renovação" eu quero, por exemplo, nas listas de deputados, nos membros do governo, eu respondo de modo muito diferente daquele que por aí impera. Deve ser da idade. Por exemplo, para mim, renovar é trazer para a política pessoas com vida e profissão, que tenham conhecido dificuldades, desilusões, derrotas, perdas, que sejam mais de carne do que de plástico. Há cada vez menos gente assim na política, à medida que nos partidos as jotas funcionam como incubadoras de carreiras semiprofissionais e profissionais de política. Elas implicam quase sempre baixa qualificação profissional, cursos de segunda, pouca experiência profissional e vidas que rapidamente acedem a regalias e prebendas que separam os que as recebem do comum dos cidadãos e dos seus companheiros de geração. Quem entra para assessor numa autarquia, ou para deputado, sem ter tido profissão, tende a ficar preso pela sua falta de qualificações e saída profissional. Os aparelhos partidários estão cheios de gente assim, que gere obediências e sindicatos de voto, a quem não se conhece um "não" que os afaste por consciência de qualquer lugar. É para mim incompreensível que alguém que discorda profundamente de uma direcção partidária (já não digo de uma política, porque aí é tudo muito maleável) queira ser deputado em representação dessa maneira de fazer política que abomina. Não gosto de dar o meu exemplo, porque num mundo normal isto seria tão habitual como respirar, mas não concordando com a aliança entre o PP e o PSD nas eleições para o Parlamento Europeu, declinei sem qualquer drama o convite para ficar. Por exemplo, para mim, renovar significa escolher pessoas que mostrem ter uma intransigência grande com a corrupção. Não basta serem honestas e sérias, o que muita gente é na política. É preciso ir mais longe, dada a natureza do meio e das suas tentações, é preciso não pactuar com quem seja menos honesto. Embora este seja um terreno difícil, a "ética republicana" como queria Pina Moura não é apenas a lei e os prevaricadores não são apenas os culpados em tribunal. É necessário que nos partidos políticos haja cada vez mais gente que não ajuda, promova, seja indiferente com quem abusa do seu lugar, quem enriquece sem explicação, quem serve o contínuo tráfego de influências que passa pela política. Os partidos políticos, em particular o PS, o PSD e o CDS, pagam em termos da opinião pública um preço elevado pelo comportamento dos seus dirigentes e militantes, envolvidos em histórias pouco dignificantes, mesmo que não cheguem a ser crimes. Muito da regeneração possível dos partidos passa por aí, embora reconheça as enormes pressões para marginalizar quem não pactua com esses hábitos. Para mim, renovar é procurar diversidade, de modo que Portugal todo caiba na política e não apenas os eleitos pela fortuna, pela riqueza e pela classe social e pelo nascimento. Mais importante do que as quotas (que penso serem um absurdo, como o é a lei da paridade) é encontrar pessoas com capacidade de falarem e serem ouvidas pela sociedade portuguesa em todos os seus matizes. A maioria dos portugueses são operários, agricultores, trabalhadores dos serviços, funcionários públicos, micro e pequeno-empresários, e todos eles estão sub-representados na vida política, quer enquanto tal, quer através de representantes que conheçam os seus problemas e falem a sua língua. É o problema de qualificar a acção política por "saberes" diversos, fruto da experiência, do conhecimento de vida, do estudo, para evitar o progressivo divórcio entre a realidade nacional e a representação política. Podia continuar, mas penso que já se percebe. Faça-se a "renovação" por aqui e encontrar-se-á gente nova e mais velha, capaz de nos fornecer melhores políticos. Mas para que tal seja possível nos partidos é necessário ir muito mais longe do que os poderes e equilíbrios internos, porque a realidade mostra que as escolhas das direcções nacionais são mais racionais do que as dos aparelhos interiores aos partidos. E não estou propriamente a pedir Churchills. Vamos ver. (Versão do Público de 27 de Junho de 2009.) (url) ![]()
12:02
(JPP)
HOJE NO
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10:22
(JPP)
ESPÍRITO DO TEMPO: ESTES DIAS
Chuva matinal. (RM) Vinhas no Douro. (Gil Regueira) ![]() Varanda de Miragaia na noite de S.João. (Nuno Lima) ![]() Jardins de Serralves. (C. Oliveira) Num telhado de Alfama, a observar o Tejo. (Fernando Correia de Oliveira) (ana) Paisagem vista da EB2,3/S do Baixo Barroso, Venda Nova, Montalegre. (Isabel Cristina) (url) ![]()
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This plot of ground facing the waters of this inlet is dedicated to the living presence of Emily Dickinson Wellcome who was born in England; married; lost her husband and with her five year old son sailed for New York in a two-master; was driven to the Azores; ran adrift on Fire Island shoal, met her second husband in a Brooklyn boarding house, went with him to Puerto Rico bore three more children, lost her second husband, lived hard for eight years in St. Thomas, Puerto Rico, San Domingo, followed the oldest son to New York, lost her daughter, lost her "baby," seized the two boys of the oldest son by the second marriage mothered them -- they being motherless -- fought for them against the other grandmother and the aunts, brought them here summer after summer, defended herself here against thieves, storms, sun, fire, against flies, against girls that came smelling about, against drought, against weeds, storm-tides, neighbors, weasels that stole her chickens, against the weakness of her own hands, against the growing strength of the boys, against wind, against the stones, against trespassers, against rents, against her own mind. She grubbed this earth with her own hands, domineered over this grass plot, blackguarded her oldest son into buying it, lived here fifteen years, attained a final loneliness and -- If you can bring nothing to this place but your carcass, keep out. (William Carlos Williams) (url)
© José Pacheco Pereira
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