ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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29.6.09
Este é um programa de opinião sobre aquilo que vos (nos) faz ter opinião: a comunicação social. Oos media, os jornais, as rádios, os blogues, os livros, a televisão. Eu sei que não é só comunicação social que vos (nos) faz ter opinião. A nossa vida, a escola que tivemos, dentro da escola e fora dela, as origens, a família, o meio social - tudo faz a nossa opinião. Mas a comunicação social conta muito, conta mesmo muito. O problema é que não vivemos tempos propícios à liberdade. Vivemos dificuldades, vivemos uma deterioração da democracia, vivemos demasiado espectáculo e pouca razão. Vivemos mais de imagens do que palavras. Vivemos mais de pressa do que dea reflexão. Vivemos em Portugal de uma longa história de submissão ao poder, a todos os poderes. O do politicamente correcto. O do poder de Estado e dos Governos que abafam o cidadão e a sociedade. Vivemos um mau momento para a liberdade, para respirar.Todos nos querem consensuais, submissos, respeitadores. Não é o meu caminho. Mas há mais: a comunicação social portuguesa tem pouca qualidade. Há excepções e delas falaremos, mas a regra é outra. E como há pouca critica, pouca controvérsia, demasiados silêncios, não se separam as águas. Ponto/ Contraponto é um programa de opinião. Opinião individual, que vale o que vale. Não é ciência, nem jornalismo, não tem a preocupação de ser equilibrado, nem isento e não será muitas vezes justo. Mas a opinião é assim. A opinião de um consumidor de comunicação social, leitor, ouvinte, telespectador. Individual, sozinho. Do que eu não ouço, nem leio, nem vejo não falarei. Não posso ler, ouvir, ver tudo. P, por isso, como toda a opinião, esta é parcial, de gosto, frágil. Ponto/ Contraponto é opinião que tem apenas o seu valor facial. Está à vista de todos com face, nada mais. (url)
© José Pacheco Pereira
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