ABRUPTO

7.7.09

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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE



Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EARLY MORNING BLOGS

1585 - Le petit poussin

C'est un petit poussin
Qui vient juste de naître
Il ne sait pas très bien
Quelle parure il va mettre :

Mettra-t-il des plumes blanches,
Sa maman poule en a,
Ou bien des noires et blanches,
Comme le coq, son papa ?

Car pour l'instant il est
Vêtu d'un jaune duvet
ça fait très distingué,
Il aime ça, ce coquet !

Mais quand il va grandir,
Son duvet va tomber,
Et il devra choisir
Un vêtement douillet...

Eh bien, c'est décidé :
Lorsqu'il sera plus vieux,
Il ira s'acheter
Un beau manteau tout bleu.

(Cantilena anónima.)

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6.7.09

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PONTO / CONTRAPONTO: TOCAR NO NERVO



Aqui.

O programa da SICN foi recebido por ameaças de queixa à ERC, apelos directos e sem qualquer disfarce à sua censura e proibição, e, acima de tudo, uma chuva de insultos pessoais e ataques de todo o tipo, alguns ainda nem sequer começara a emissão. Esta lista dá uma ideia do tom e do estilo: "cínico, idiota e, mais ainda, perverso", "Cónego da Marmeleira", "Diácono Remédios", "censor", "Ego trip ponto contra ponto" , "facciosismo, " "falta-lhe carácter. Ou melhor, falta-lhe virtude.", "filósofo-rei da Marmeleira", "hiperventilar de lutas antigas","inestética masturbação do imenso ego do protagonista," "mal reciclado em ‘grande educador da classe média’", "manipulador cínico, sem pinga de respeito pelos seus interlocutores", "Maquiavel de pacotilha", "Manuela Moura Guedes da SIC", "primarismo bélico", "pulsão quase-libidinal", "putativo papel de provedor da imprensa na SIC Notícias", "soltar o pequeno taxista que há em todos nós", "superficialidade e ignorância", "tende a molestar a riqueza intelectual da análise e colide com as próprias tentativas de conversão", "um programa televisivo de propaganda mal disfarçada e de pouca qualidade", "crítico em estado pré-terminal", "bebeu em Pequim o conceito de liberdade de imprensa","o ideólogo idiota útil dos interesses lisboetas", "quem julga que fala com burros embrutece o debate", "um esforço patético de condicionamento dos media", "grande inquisidor do país", etc., etc. Tudo isto se encontra em jornais, nos blogues e no Twitter. Os seus autores são jornalistas, profissionais de empresas de comunicação e marketing, candidatos a jornalistas e candidatos a políticos, assessores do governo, uns com nome, outros com pseudónimo. Todos dão um excelente exemplo do grau de decência com que hoje se vive na comunicação e na política e da incontida raiva que os povoa. Não me surpreendi, porque sei do que algumas casas gastam.

Não me cabe falar de méritos ou deméritos do Ponto Contraponto, mas de uma coisa tenho a certeza: tocou num nervo muito sensível. E, enquanto durar, vai continuar a tocar.

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RASGAR



Há tanta coisa que é preciso "rasgar" na política portuguesa que os exemplos não faltam. Aqui vão algumas sugestões de coisas que é preciso "rasgar" no futuro imediato, quer nas políticas actuais do PS, quer nas políticas passadas do PSD:

- "É preciso "rasgar" a crescente promiscuidade entre o Estado, por via do governo, e os "grandes negócios", uma tendência que cresceu exponencialmente com o último governo e que atingiu um paroxismo com a situação da crise. Esta tendência é especialmente perversa, abrindo caminho não só a uma indevida influência do governo e do partido do governo, como a uma cada vez maior tendência para fugir às regras de transparência da administração pública, e ao escrutínio parlamentar. É igualmente uma receita garantida para o aumento da corrupção. Esta promiscuidade enfraquece a independência da economia privada e fere a autonomia já de si frágil da sociedade civil.

- É preciso "rasgar" o poder crescente dos muitos aprendizes de feiticeiro que gravitam à volta dos gabinetes governamentais, estabelecendo "pontes" pouco conhecidas e escrutinadas quer no mundo dos negócios quer no mundo da "influência" política. A política deve voltar a ter faces conhecidas e que respondam pelo que fazem, o que significava caminharmos na tradição de alguns países em que os decisores políticos vêm do parlamento e dos órgãos dos partidos. É aí que deve haver um esforço de qualificação e não favorecer o crescimento de uma espécie de segunda linha (na realidade a primeira) que existe entre os assessores, empresas de comunicação, os altos quadros das empresas, escritórios de advogados e muitos "intermediários" com acesso fácil à governação.

- É preciso "rasgar" a interferência do Estado, por via do governo, na comunicação social, quer dando verdadeira independência a qualquer instância reguladora, quer diminuindo a tutela do Estado de órgãos de comunicação social. Tal não é possível sem a privatização da RTP e da RDP, em todas as suas componentes de órgão de informação, mantendo-se apenas um "serviço público mínimo", quer de carácter cultural e patrimonial, quer no âmbito de emissões que correspondem a objectivos estratégicos do Estado português, como seja a manutenção de uma área de influência lusófona nos PALOP, ou de integração e ligação nacional das comunidades emigrantes. Também nestes casos os objectivos deste "serviço público mínimo" podem ser contratados às estações privadas ou a entidades que se constituam para o garantir. Sem completa independência dos órgãos de comunicação social de qualquer forma de tutela directa ou indirecta (como aquela que permite a golden share em empresas como a PT).

- É preciso "rasgar" o programa de entrega de computadores "Magalhães". A medida de "um computador por cada criança" é desadequada à idade dos que os recebem, pedagogicamente inútil, mal preparada e com contornos ainda por esclarecer. Para salvar o que ainda pode ser salvo, devia-se favorecer tudo o que seja transformar os "Magalhães" já distribuídos numa consola de jogos, com algum componente pedagógico, que isso sim é adequado à idade, e fazer esforços para um programa "um adolescente - um computador", um objectivo muito mais significativo e mais útil. Não são as crianças que devem ter um computador individual, mas sim os adolescentes e para cima na idade. Para isso é preciso favorecer o acesso à compra de computadores, visto que a "unicidade" do programa "Magalhães" não pode nem deve ser mantida num mercado aberto. Outras medidas que levem ao embaratecimento do acesso à banda larga são muito mais importantes do que o objectivo errado do "Magalhães", próprio de um país do Terceiro Mundo em que as crianças não têm acesso a computadores nem em casa, nem na escola, por regra.

- É preciso "rasgar" a tendência mais recente das Novas Oportunidades de "trabalhar para as estatísticas" e reconduzir o programa para um esforço sério de qualificação das pessoas nos diferentes graus de ensino e aprendizagem. O programa tem méritos, mas tem sido abastardado pela crescente intervenção política do Governo no sentido de fazer incorporar dezenas de milhares de pessoas em pequenos períodos de tempo, de forma quase administrativa, concedendo depois os diplomas, em particular os de nível mais elevado como os do 12.º ano, sem garantir a qualidade da formação. O programa que se destinava a aumentar o nível de qualificação dos portugueses, a continuar assim, terá um impacto muito menor do que o que pressupõem os seus elevados custos, podendo vir a repetir o desperdício do Fundo Social Europeu.

- É preciso "rasgar" o desleixo com a segurança que se desenvolveu neste último Governo numa combinação de leis penais laxistas, com uma desvalorização dos corpos policiais e sua deslegitimização junto dos portugueses. Tal só se passará no momento em que o Governo tenha, quer na área da administração interna, quer em geral, uma cultura de segurança. Esta implica que se compreenda o que significa, para a sociedade, a crise de segurança e, para os corpos de segurança, a solidariedade com o risco.

- É necessário despolitizar de imediato os serviços de informação, em particular os serviços civis, proceder a uma reavaliação de fundo da sua qualidade e produção e estabelecer uma firewall mais eficaz entre o Governo e os serviços, evitando que mecanismos de dependência funcional se politizem, e garantir que se diminua a excessiva centralização do poder de decisão à volta do gabinete do primeiro-ministro.

- É necessário "rasgar" de forma muito acentuada a subsídio-dependência na área da cultura, remetendo quer para as autarquias a "animação cultural", quer para ministérios próprios (Economia, Comércio e em particular Educação) o financiamento de actividades de "indústria cultural", ou de "formação cultural". Os recursos aí libertados devem ser canalizados para uma política cultural essencialmente patrimonial, destinada a salvaguardar o nosso património, a que apenas chega uma parte muito reduzida dos escassos recursos da cultura.

Estes são apenas alguns exemplos. Há muitos mais.

(Versão do Público de 4 de Julho de 2009.)

*
A propósito dos rasganços ("É preciso "rasgar" a crescente promiscuidade entre o Estado, por via do governo, e os "grandes negócios""), não esqueça também de rasgar a permanente (não é crescente porque é de longa data e muitíssimo desenvolvida) promiscuidade entre o Banco de Portugal e a banca comercial pública e privada; a crise só revela um parte dessa promiscuidade (supervisão), mas muito mais haveria a assinalar: concorrência; direitos dos consumidores; e mesmo questões tributárias diversas.

(Pedro Ferreira)

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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE



Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EARLY MORNING BLOGS

1584 - Para una versión del I King

El porvenir es tan irrevocable
como el rígido ayer. No hay una cosa
que no sea una letra silenciosa
de la eterna escritura indescifrable
cuyo libro es el tiempo. Quien se aleja
de su casa ya ha vuelto. Nuestra vida
es la senda futura y recorrida.
Nada nos dice adiós. Nada nos deja.
No te rindas. La ergástula es oscura,
la firme trama es de incesante hierro,
pero en algún recodo de tu encierro
puede haber un descuido, una hendidura.
El camino es fatal como la flecha
pero en las grietas está Dios, que acecha.

(Jorge Luis Borges)

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5.7.09

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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE



Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EARLY MORNING BLOGS

1583 - Les Foules

Il n'est pas donné à chacun de prendre un bain de multitude : jouir de la foule est un art ; celui-là seul peut faire, aux dépens du genre humain, une ribote de vitalité, à qui une fée a insufflé dans son berceau le goût du travestissement et du masque, la haine du domicile et la passion du voyage.

Multitude, solitude : termes égaux et convertibles par le poète actif et fécond. Qui ne sait pas peupler sa solitude, ne sait pas non plus être seul dans une foule affairée.

Le poëte jouit de cet incomparable privilège, qu'il peut à sa guise être lui-même et autrui. comme ces âmes errantes qui cherchent un corps, il entre, quand il veut, dans le personnage de chacun. Pour lui seul, tout est vacant ; et si de certaines places paraissent lui être fermées, c'est qu'à ses yeux elles ne valent pas la peine d'être visitées.

Le promeneur solitaire et pensif tire une singulière ivresse de cette universelle communion. celui-là qui épouse facilement la foule connaît des jouissances fiévreuses, dont seront éternellement privés l'égoïste, fermé comme un coffre, et le paresseux, interné comme un mollusque. Il adopte comme siennes toutes les professions, toutes les joies et toutes les misères que la circonstance lui présente.

Ce que les hommes nomment amour est bien petit, bien restreint et bien faible, comparé à cette ineffable orgie, à cette sainte prostitution de l'âme qui se donne tout entière, poésie et charité, à l'imprévu qui se montre, à l'inconnu qui passe.

Il est bon d'apprendre quelquefois aux heureux de ce monde, ne fût-ce que pour humilier un instant leur sot orgueil, qu'il est des bonheurs supérieurs au leur, plus vastes et plus raffinés. Les fondateurs de colonies, les pasteurs de peuples, les prêtres missionnaires exilés au bout du monde, connaissent sans doute quelque chose de ces mystérieuses ivresses ; et, au sein de la vaste famille que leur génie s'est faite, ils doivent rire quelquefois de ceux qui les plaignent pour leur fortune si agitée et pour leur vie si chaste.

(Charles Baudelaire)

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4.7.09

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(Sábado, 2 de Julho de 2009.)

Porque é cada vez mais raro haver atitudes de pura decência, aqui fica o registo do comportamento de uma Senhora. ( A propósito disto.)

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COISAS DA SÁBADO: CADA QUAL ESCOLHE O MITO QUE QUER SOBRE A CAMPANHA DE OBAMA

Uma coisa é certa: a campanha de Obama foi um enorme sucesso e pode ser medido esse sucesso pelo melhor indicador: os resultados. O que a campanha de Obama não “demonstra” é que as formas mais tradicionais de fazer política tenham sido substituídas por outras novas, a começar pelas que utilizam novas tecnologias “interactivas” como os blogues, o Facebook, o MySpace e o Twitter. Contra mim falo, que combato, há muito tempo, a dependência das campanhas eleitorais portuguesas de formas ainda mais arcaicas do que as americanas e que me parecem, essas sim, muito ineficazes e voltadas apenas para dentro dos partidos, para lógicas políticas que pouco comunicam com o mundo exterior. E que pensam um Portugal rural e onde domina o patrocinato e o caciquismo.

Digo isto porque agora temos um surto de imitadores putativos de Obama que olham para a campanha americana mais com os olhos dos seus desejos do que com os da realidade. Após um surto de deslumbramento tecnológico com a campanha de Obama, que parecia que ganhara as eleições pela Internet, os primeiros estudos mostram a necessidade de moderar essa avaliação. De facto, os novos media tem uma crescente importância, mas ainda são muito menos importantes do que, por exemplo, o apoio institucional e político de personalidades, sindicatos, grupos de interesse, ou o efeito nos media clássicos de deslocações de apoios. E, no seu conjunto, a televisão continua o meio de comunicação por excelência onde se ganha e perde uma eleição. Não digo que seja bem ou mal, inclino-me mais para o mal, mas é mesmo assim. O resto é uma efervescência que mobiliza muito pouca gente e quase sempre acantonada socialmente.

Portugal já não é o país do roteiro da carne assada, mas ainda não se ganham eleições na Internet. Nem cá, nem lá, na pátria de Obama.

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HOJE NO


NOVO:

MATERIAIS DE PROPAGANDA POLÍTICA (133). O MOVIMENTO INDEPENDENTE DE DIREITO (1976)

Num recente artigo da Sábado, Nuno Rogeiro referia-se ao MID, muitas vezes erradamente nomeado como Movimento Independente da Direita, quando era de facto Movimento Independente de Direito ou Movimento Independente da Faculdade de Direito, a que pertencera com Pedro Santana Lopes. Junto publicam-se alguns documentos do MID, assim como os nomes da lista associativa de que ambos faziam parte.

PRIMEIRAS INFORMAÇÕES SOBRE O HOLOCAUSTO DIVULGADAS PELA EMBAIXADA DOS EUA EM LISBOA

4-Jul-09 Fotografia (2) (2)


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EARLY MORNING BLOGS

1582 - The Alien

I’m back again scrutinising the Milky Way
of your ultrasound, scanning the dark
matter, the nothingness, that now the heads say
is chockablock with quarks & squarks,
gravitons & gravitini, photons & photinos. Our sprout,

who art there inside the spacecraft
of your Ma, the time capsule of this printout,
hurling & whirling towards us, it’s all daft
on this earth. Our alien who art in the heavens,
our Martian, our little green man, we’re anxious

to make contact, to ask divers questions
about the heavendom you hail from, to discuss
the whole shebang of the beginning&end,
the pre-big-bang untime before you forget the why
and lie of thy first place. And, our friend,

to say Welcome, that we mean no harm, we’d die
for you even, that we pray you’re not here
to subdue us, that we’d put away
our ray guns, missiles, attitude and share
our world with you, little big head, if only you stay.

(Greg Delanty)

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3.7.09


ESPÍRITO DO TEMPO: ENTRE ONTEM E HOJE



Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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COISAS DA SÁBADO: SOMOS ASSIM TÃO INDIFERENTES À MENTIRA?



No outro dia, no Parlamento, afirmando que o governo e ele próprio nada sabiam sobre o “negócio” da compra de 30% da Média Capital pela PT, o que permitia o controlo da TVI, o Primeiro-ministro manteve uma já habitual relação difícil com a verdade. Nesse mesmo dia, á noite Manuela Ferreira Leite disse, preto no branco, que ele não estava a dizer verdade. Não ouvi uma única pessoa, jornalista ou comentador que não dissesse que era impossível o governo desconhecer tal intenção de negócio, até porque ele tinha sido comunicado na véspera à CMVM e tinha feito a capa de um jornal. O PS ensaiou uma resposta indignada , mas foi sol de pouca dura dado que no fim de semana o Expresso publicou uma capa que dizia que, não só governo sabia, como era mais que evidente, que o sabia desde o início do ano.

Depois disso, até os amigos do PS se calaram, certamente convencidos que a mentira era tão evidente, que tentar nega-la só contribuía para escavar novos factos. Não seria difícil eles aparecerem, até porque tudo indica que o “negócio” foi ao ar no exacto dia em que era suposto ser concretizado e por isso muitos interesses estavam a ser afectados e, nestas circunstâncias, os interesses costumam “falar” sob a forma de fugas. Claro que saber se o “negócio” estava ou não concluído deu origem a uma mini-polémica, em que igualmente vários praticantes da arte de tornar plástica a verdade, mostraram as sua habilidades com contradiçõe s flagrantes. Mas não é isso o mais preocupante.

O mais preocupante é a indiferença reinante face ao facto de ter sido possível, numa matéria tão importante como esta, se aceitar a mentira flagrante de um governante ao órgão que controla e escrutina a governação, o Parlamento. Pelos vistos os escândalos são selectivos, quando Dias Loureiro se “esqueceu” de umas coisas e teve a mesma plasticidade com a verdade, foi um clamor, justo aliás. Com Sócrates, descontada a duplicidade da partidarite, parece que todos aceitam que os critérios de valor são muito baixos e por isso não se esperava outra coisa. Pode ser assim, mas não é sadio. Sócrates é muito mais importante para a nossa vida de hoje do que Dias Loureiro e o “negócio” que ele tentou ocultar para aparecer como facto consumado é muito mais perigoso do que as aventuras dos offshores de Porto Rico. Só há uma coisa em comum, ambos são muito caros paqa os contribuintes portugueses.

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2.7.09






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EARLY MORNING BLOGS

1581

Tout le parfait dont le ciel nous honore,
Tout l'imparfait qui naît dessous les cieux,
Tout ce qui paît nos esprits et nos yeux,
Et tout cela qui nos plaisirs dévore :

Tout le malheur qui notre âge dédore,
Tout le bonheur des siècles les plus vieux,
Rome du temps de ses premiers aïeux
Le tenait clos, ainsi qu'une Pandore.

Mais le destin, débrouillant ce chaos,
Où tout le bien et le mal fut enclos,
A fait depuis que les vertus divines

Volant au ciel ont laissé les péchés,
Qui jusqu'ici se sont tenus cachés
Sous les monceaux de ces vieilles ruines.

(Joachim Du Bellay)

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1.7.09


ÍNDICE DO SITUACIONISMO (104):
A ORTODOXIA EUROPEIA DISFARÇADA DE JORNALISMO



A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
E, nalguns casos, de respiração assistida.

Da correspondente" da Antena 1 em Estrasburgo:

“Estocolmo sucede assim a Praga e certamente que nenhum dos outros vinte e seis países-membros vão ter saudades dos seis meses da presidência checa marcada pela instabilidade governamental e pela discórdia entre o presidente Vaclav Klaus e os membros do governo. Um governo que acabou por cair em plena presidência da União Europeia, num momento em que a Europa precisava de estabilidade para fazer face à crise económica e financeira. Mas esta presidência ficou igualmente marcada pelo eurocepticismo do presidente Vaclav Klaus que teima em não promulgar o Tratado de Lisboa, ratificado pelo parlamento checo, por considerar o de Nice melhor. Os seis meses da presidência checa demonstraram a importância do Tratado de Lisboa que põe fim às presidências rotativas da União Europeia. A eleição de um presidente da Europa vai contribuir para impedir no futuro que eurocépticos que apenas aderiram à União Europeia por razões económicas possam dirigir os destinos da Europa durante seis meses. (Sublinhados meus)

(Enviado por Nuno Cardoso Dias e Filipe Covas.)

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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE






No alto de uma das duas gruas, de uma obra no recinto do Parque Expo (Novos Laboratórios da EPAL). ( Luiz Carvalho)





Ponte da Chamusca vista de avião. (Paulo Peres)



Ria de Aveiro. (José Carlos Santos)



Interiores. (ana)

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"Verdade e mentira no mundo digital" na Sábado em linha.

*
No seu último texto para a Sábado em Linha escreveu que «[n]o século XIX alguns amadores de fotografias fizeram umas «fadas», rudimentares aos olhos de hoje, mas que enganaram muita gente incluindo Conan Doyle, que não era propriamente desprovido de capacidade de perceber fraudes». As «fadas» em questão são as «fadas de Cottingley» e não datam do século XIX, mas sim de 1917. Quanto a Conan Doyle, sim, ele era definitivamente «desprovido de capacidade de perceber fraudes». Custa a acreditar, tratando-se do criador de Sherlock Holmes, um paradigma de racionalidade, mas Conan Doyle era, de facto, dos seres humanos mais crédulos de que há registo. Por exemplo, ele recusava-se a acreditar que o seu amigo Harry Houdini fosse um mero ilusionista (como o próprio Houdini lhe dizia em privado) e acreditava que ele só podia fazer o que fazia graças a capacidades paranormais. Isto é um exemplo perfeito de como um criador literário não deve ser confundido com a sua criação.

Quanto à fotografia supostamente tirada no avião da Air France que recentemente se despenhou no Atlântico, ela é tirada do episódio piloto da série Lost. Sei isso pois fiz uma busca no snopes.com, que é o site da Internet que consulto quando quero saber o que há de verdade nestes boatos.

(José Carlos Santos)


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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE



Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EARLY MORNING BLOGS

1580 - Coda

A strong song tows
us, long earsick.
Blind, we follow
rain slant, spray flick
to fields we do not know.

Night, float us.
Offshore wind, shout,
ask the sea
what’s lost, what’s left,
what horn sunk,
what crown adrift.

Where we are who knows
of kings who sup
while day fails? Who,
swinging his axe
to fell kings, guesses
where we go?

(Basil Bunting)

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© José Pacheco Pereira
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