ABRUPTO

1.9.07


MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Aviões no Red Bull. (A.)





Visto do Mosteiro da Serra do Pilar. (Ricardo Prata)





Mais gente do que no S.João. (João Tomas C.Melo)





(Tiago Azevedo Fernandes)

(Continua.)

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EARLY MORNING BLOGS
1100 - Five A.M.

Elan that lifts me above the clouds
into pure space, timeless, yea eternal
Breath transmuted into words
Transmuted back to breath
in one hundred two hundred years
nearly Immortal, Sappho's 26 centuries
of cadenced breathing -- beyond time, clocks, empires, bodies, cars,
chariots, rocket ships skyscrapers, Nation empires
brass walls, polished marble, Inca Artwork
of the mind -- but where's it come from?
Inspiration? The muses drawing breath for you? God?
Nah, don't believe it, you'll get entangled in Heaven or Hell --
Guilt power, that makes the heart beat wake all night
flooding mind with space, echoing through future cities, Megalopolis or
Cretan village, Zeus' birth cave Lassithi Plains -- Otsego County
farmhouse, Kansas front porch?
Buddha's a help, promises ordinary mind no nirvana --
coffee, alcohol, cocaine, mushrooms, marijuana, laughing gas?
Nope, too heavy for this lightness lifts the brain into blue sky
at May dawn when birds start singing on East 12th street --
Where does it come from, where does it go forever?

(Allen Ginsberg)

*

Bom dia!

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Terreiro do Paço e Cais do Sodré ao anoitecer.



Uma mercearia à venda. (RM)



Trânsito no Porto depois dos aviões. (Helder Barros)

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31.8.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 31 de Agosto de 2007

Dos 10 milhões de endereços de correio electrónico que o Governo anunciou há cerca de 15 meses, alguém sabe referir meia-dúzia deles, válidos?

(C. Medina Ribeiro)
*

Eu acho que a RTP sabe muito bem o que faz nos seus Momentos-Chávez com José Sócrates "estrelando". Todos os dias se percebe cada vez melhor o esquema, como hoje no noticiário das 13 horas que acabei de ver, a propósito do anúncio de uma nova barragem. O modelo é sempre o mesmo, e contrasta com o tratamento televisivo das outras estações (hoje vi o da SIC para comparação). Mostra como a RTP passa sempre o Primeiro-ministro em grande plano, sozinho no palanque, numa intervenção sempre mais longa na RTP do que nos outros noticiários, com os conteúdos da "mensagem", mesmo os puramente propagandísticos desprovidos de valor informativo, repetidos ad nauseam, (como a ideia de "os outros não fizeram, nós fazemos"), intactos na intervenção televisiva. Eles sabem o que fazem e sabem que nós sabemos o que eles fazem.

*
No seu ataque de hoje à Informação da RTP, fiquei com uma dúvida. Suponho que a hora da publicação do seu post é a de Lisboa. Se assim for, tenho que o felicitar pela rapidez da sua análise a peças jornalísticas da RTP. Conseguiu emitir o seu juízo mesmo no minuto em que peça acabou de ser emitida. Continuando a partir do princípio de que a hora de publicação do post (13:11) é a de Lisboa, gostaria que me esclarecesse como conseguiu compará-la com a peça da SIC, que foi emitida às 13:14.

Já não faço comentários às acusações que faz à informação da RTP, porque fazem parte da sua campanha contra o Serviço Público de Televisão. Tem todo o direito a fazê-la.

(António Luís Marinho)

NOTA: Se António Luis Marinho conhecesse o Blogger saberia que a hora indicada corresponde à abertura da nota que iniciei mal vi a notícia da RTP. O que tinha a dizer sobre a RTP poderia tê-lo dito mesmo sem comparação com outra estação, porque o tratamento que a RTP faz das sessões do Primeiro-ministro parece-me errada de per si. Entretanto apareceu a notícia da SIC que me permitiu a comparação que, como se sabe, se seguiu imediatamente à da RTP. A nota foi publicada por volta das 13:19, como pode ver, por exemplo, no Google Reader, depois de ambas as notícias terem sido emitidas.

É verdade que eu tenho "todo o direito" a ter a minha opinião sobre a RTP, mas o que gostava de ver é o Director de Informação da RTP a discutir a substância das críticas que faço Gostava de o ver a reagir a esta frase "a RTP passa sempre o Primeiro-ministro em grande plano, sozinho no palanque, numa intervenção sempre mais longa na RTP do que nos outros noticiários, com os conteúdos da "mensagem", mesmo os puramente propagandísticos desprovidos de valor informativo, repetidos ad nauseam, (como a ideia de "os outros não fizeram, nós fazemos"), intactos na intervenção televisiva", e não a tentar apanhar-me na esquina de um erro qualquer, ainda por cima com ignorância sobre o funcionamento do Blogger. Isso sim valia a pena.

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COISAS DA SÁBADO: DISCORDEM, MAS COM RESPEITINHO



Mário Crespo tem sido atacado pelo BE pelas suas entrevistas na SICN a Louçã e Gualter Batista, a face da “ceifa” de Silves. Ele cometeu dois crimes de lesa-BE, daqueles que são raríssimos na nossa comunicação social e por isso exigem do BE reacções veementes não vá servirem de exemplo a outros jornalistas: obrigou Louçã a dizer o que não queria (a usar a palavra “condenar” para a acção de Silves) e tratou o porta-voz dos “verdeufémios” sem o respeitinho que as suas “causas” merecem. Sinal de alarme para o BE, que não está habituado a este tipo de tratamento, e percebe, - se percebe! - , os enormes riscos para a sua intocabilidade política, que se inquira sobre os seus interditos: relações do BE com grupos que praticam aquilo que eufemisticamente se chama “desobediência civil”, e escrutínio sobre os financiamentos do estado a estes grupos, uma fonte importante para manter o BE a funcionar como “movimento”. Por fim, a descredibilização das “causas” da política radical, diminuem o radical chic de que o BE precisa para respirar. O BE (a sua direcção vinda do PSR) deve estar furioso com o que se passou em Silves, mas agora há que por termo à “ofensiva reaccionária”. Crespo estragou-lhes o esquema.

Mas há uma razão suplementar para a irritação de Mário Crespo e na qual ele está bem acompanhado por muitos portugueses: Gualter Baptista está ali à nossa frente a mentir-nos com o maior descaramento e a tratar-nos como parvos. Só que não acreditamos nas mentiras dele. Ele quer-nos convencer que aceitou por mail ser porta-voz de um movimento que desconhecia e por acaso estava ali de porta-voz emprestado, por coincidência enquanto o milho foi “ceifado”, acção com que não tem nada a ver, para além de mais isso que estão a ver nas imagens não é isso que estão a ver nas imagens, bla-bla-bla-bla-bla, etc., etc.,etc. E depois sabe-a toda, sabe até demais, para o tomarmos como um ingénuo voluntarioso apanhado nas consequências irresponsáveis da sua actuação. Não, ali há saber demais, de logro e engano, de linguagem de madeira, de doubletalk orwelliano, para um jornalista não se encanitar.

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OS NOSSOS HOMENS E MULHERES NO AFEGANISTÃO

The image “http://www.army.mod.uk/img/15psyops/isaf_badge_copy.gif” cannot be displayed, because it contains errors.

Os nossos homens e mulheres no Afeganistão, o mais arriscado teatro de operações em que estão tropas portuguesas, chegaram. Outros partiram. Sejam bem-vindos os que chegam e boa sorte para os que partem. O Abrupto contou com a sua colaboração, obrigado.

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)



CD da Mariza à venda em Ljubljana na Eslovénia. (Ricardo Duarte)
Na foto que publicou no Abrupto (...) o cd que está à esquerda do da Mariza também é de autoria portuguesa, pois é o Existir , dos Madredeus, outro nome da nossa música que conseguiu atravessar as fronteiras.
(Paulo Agostinho)




O glamour dos mitos – Hoje e ontem – Cementerio de la Recoleta, Buenos Aires. (MJ)



Barcos no Sado. (RM)



Vinha de vinho verde, em Gateira, Mancelos, Amarante. (Helder Barros)

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EARLY MORNING BLOGS
1099 - A la noche

Noche, fabricadora de embelecos,
loca, imaginativa, quimerista,
que muestras al que en ti su bien conquista
los montes llanos y los mares secos;

habitadora de cerebros huecos,
mecánica, filósofa, alquimista,
encubridora vil, lince sin vista,
espantadiza de tus mismos ecos:

la sombra, el miedo, el mal se te atribuya,
solícita, poeta, enferma, fría,
manos del bravo y pies del fugitivo.

Que vele o duerma, media vida es tuya:
si velo, te lo pago con el día,
y si duermo, no siento lo que vivo.

(Lope de Vega)

*

Bom dia!

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30.8.07


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES:
MOMENTOS EM TEMPO REAL EM AGOSTO



QUANDO

Fim da tarde, por volta das 20 horas, ao anoitecer, hoje à tarde, ao anoitecer, ao amanhecer, hoje, hoje, hoje, agora, hoje, hoje, hoje, à noite, esta manhã, hoje, hoje de tarde, fim da tarde, hoje, manhã de hoje, hoje, ao pôr do Sol, ao fim da tarde, agora, ontem à noite, ao fim da tarde, hoje à tarde, há minutos, pela manhã, esta tarde, durante o contra-relógio, ao anoitecer no Funchal, hoje à tarde, hoje, pelo fim da tarde, à noite, hoje, nascer do Sol, pôr de sol, manhã, final de tarde, ao anoitecer, de noite, agora, depois de uma trovoada, fim de tarde, hoje à tarde, à noite, há uma hora, ao anoitecer, hoje à noite, hoje, ao meio-dia, hoje, ao anoitecer, agora.

ONDE

Largo de S. Gonçalo Amarante, Sines, Penoita (Vouzela), Cala de Binibeca, Ilha de Menorca, Espanha, Lisboa, Funchal, Amarante , Vila do Conde, Caxinas, Lisboa, Vale Boi, Sagres, Amarante, Largo do Rossio, Cem Soldos, Tomar, Ilha do Pico vista de avião, Ilha das Flores, Ilha do Corvo vista do Mar, Marginal de Maputo, Departamento de cirurgia cardíaca, Brigham's and Womens Hospital, Boston, MA, USA, São João da Ribeira, Rio Maior, Rio Olo, linha do Vouga em Vouzela, Aldeia da Pena (S. Pedro do Sul), janela de café, Porto Serra de S. Macário do Rio Douro, em frente à aldeia de Covelinhas, Setúbal, Amarante, estrada entre Ribeira e Galamares, nos estaleiros Samuel e filhos em Vila do Conde, Termas de S. Pedro do Sul, Porto - Parque da Cidade, Porto- Pavilhão da água, num banco do jardim de S. Amaro, Tejo visto do Lux, praia das Caxinas, Vila do Conde, Motrinos, Monsaraz, Alentejo, Pena vista do Atlântico, áreas menos conhecidas da aldeia de Monsanto, Allgarve, Cabanas de Tavira, Caxinas, Vila do Conde, Armação de Pêra, Algarve, Marvão, Porto Santo, Viseu e Guarda, Castro Daire, Satão, Sabugal, Santa Maria da Feira, Outão visto de barco, Torreira – Murtosa, Praia das Maçãs, Praia do Guincho, Freguesia de Telões, Amarante, Matosinhos, Gulbenkian, Alcochete, Ria de Aveiro, Lisboa, Amarante, Lisboa, Alcochete, Cabrela, Rampa Alta, Amarante, Oeiras, Sabugal, Faro, Praia da Aguda, Estrada Nacional 1, Evoramonte, Alentejo, Caldas da Rainha, Ceuta, Malta, Portalegre, no Portugal profundo, Alcochete, Moledo do Minho, Figueira da Foz, Denver CO, USA, Portugal a 40°51'40.22"N 8° 7'2.13"W , Drave, perto da Serra de S. Macário, a Barra (Ilhavo) vista do navio museu Santo André em Aveiro, Almada, Tatton Park, Cheshire, Inglaterra, Lisboa, Oeiras, Funchal, Viseu, Funchal, Lisboa, Vouzela, Régua, aeroporto de Mavalane (Maputo), Monsanto, Vila Nova da Cerveira, Monsanto, Murtosa, Gralha, Zoo de Lisboa, Vila Nova de Cerveira, Amarante, Tulln (Áustria), pequena cidade na margem do Danúbio, a 34Km de Viena, junto ao Tejo, em Alcochete, Resende, Casa de Mateus, junto ao Rio Erges (Segura – Idanha-a-Nova), Alto Minho, Interlaken, na Suiça, Belmonte, Caracas e o Ávila vistos à distância, Alexanderplatz, Berlim, Fregim, Amarante, Marão e Aboboreira, Oceanário, Vila Nova de Cerveira, foz do rio Minho, Amarante vista ao longe, de Fregim, no Sado, Caxias, S. Martinho do Bispo, S. Gonçalo, Amarante, na árvore, Lisboa, Trafaria, Setúbal, Lisboa vista das Belas-Artes, Bencanta, sobre o Sado, na baía do Funchal, Rio, Fregim, Amarante, sobre o Rio Douro, Cabo Verde (Santiago).

O QUÊ

Banco de pedra, com painel de azulejo, fios, actividade do aeroporto, lua vista de uma varanda, praia, num jardim, vinha de vinho verde, Ilha do Pico vista de avião, lagoa, Ilha do Corvo vista do mar, mural "Ode a Samora Machel", com 700 metros, que o pintor moçambicano Naguib está a executar, rebanho abrigando-se da canícula, noite lisboeta, antiga ponte do comboio da linha do Vouga, aviso ao caçador numa janela de café, margem esquerda do Rio Douro, reparando a traineira "Direito à Vida", estátua de Pascoaes, doces fálicos de S. Gonçalo Amarante, diz a tradição que donzela que os coma, tem a fertilidade garantida, réplica da nau quinhentista única no País, passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro, navios, praia das Caxinas, igreja, Pena, montra de confeitaria, procissão, Feiras, Feira Medieval, um enxame de abelhas selvagens, piscina de mar, “O vento a dar-lhe forte no verão, estrada municipal, fim do concerto, barcos, primeira luz da manhã, monumento evocativo da grande cheia do Tâmega, Trompe l'oeil, não é uma casa mas um barco, portas e janelas, rua ornamentada para a Festa, carro vassoura da volta a Portugal em Bicicleta 2007 a fechar o pelotão de ciclistas, obras no Largo 10 de Outubro, cavalo, a antiga e muitas vezes degradada Nacional 1, paredes, Estação Marítima, teatro, azulejos, uma festa, pequenos grandes leitores, no início das festas populares, largada do toiro, Forte da Ínsua, nos Jardins Botânicos, a Barra, Cristo-Rei, jardim japonês, monumento, chuva, estátua de David Mourão-Ferreira, jardim Monte Palace, ciclista "às voltas" durante o contra-relógio..., sol nas Desertas, o início de uma procissão, aviso, “Cabeçudos” anunciando a festa popular, mais um camião de tomate pelo fim da tarde, praia deserta, praia, o elefante já não toca o sino no Zoo, feira do livro, Bienal Internacional das Artes, bar/ discoteca (Mythos), barcos, barcos, venda de cebolas, uvas, placa, amoras, peixes, crenças na Feira Medieval do Artesão, o 1º prémio da Bienal das Artes de Vila Nova de Cerveira, o céu, a lua, guindastes, casa, um raro sinal, partindo, terminada a pesca é preciso guardar o motor, arco-íris, lua na baía, flores de Agosto, pássaros de verão, chove, finalmente.

Obrigado.

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Pizza Hut, Funchal, hora de almoço.

(João Almeida)

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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Praia do Guincho pela manhã. (Olga Flora)

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EARLY MORNING BLOGS
1098 - Metaphors of a Magnifico

Twenty men crossing a bridge,
Into a village,
Are twenty men crossing twenty bridges,
Into twenty villages,
Or one man
Crossing a single bridge into a village.

This is old song
That will not declare itself . . .

Twenty men crossing a bridge,
Into a village,
Are
Twenty men crossing a bridge
Into a village.

That will not declare itself
Yet is certain as meaning . . .

The boots of the men clump
On the boards of the bridge.
The first white wall of the village
Rises through fruit-trees.
Of what was it I was thinking?
So the meaning escapes.

The first white wall of the village . . .
The fruit-trees . . .

(Wallace Stevens)

*

Bom dia!

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MOMENTOS EM TEMPO REAL

Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.

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29.8.07


DIÁRIO DA CRISE NO PSD ESCRITO EM RONGORONGO (31)

Em toda a campanha interior do PSD deve estar presente que um candidato a dirigente do PSD é um candidato a Primeiro-ministro. Marques Mendes, no seu "passeio" pelo Museu Nacional de Arte Antiga, esqueceu-se disso porque foi dar caução a um acto que é inadmissível numa funcionária pública no exercício das suas funções. Esta é uma questão de Estado, que já o presidente da República tratou com pouco cuidado.

Ao fazer o que fez (e já antes em várias alturas tinha procedido igualmente mal), Dalila Rodrigues colocou-se numa situação insustentável. Não é suposto uma funcionária pública abandonar o dever de lealdade e isenção e, se queria fazer o que fez, poderia muito bem fazê-lo noutra condição, noutro estatuto, de outra maneira. Tudo aquilo era possível, com Marques Mendes visitando o Museu ao lado de Dalila Rodrigues, ambos como cidadãos e políticos, no pleno exercício dos seus direitos, criticando o Governo como entendessem, mas Dalila Rodrigues não poderia estar ali como directora do Museu, mesmo demissionária, nem poderia colocar-se ao lado do líder da oposição na casa do Estado que gere, para atacar o Governo legítimo do seu país. Insisto: é uma questão de Estado.

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© José Pacheco Pereira
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