ABRUPTO

27.11.11


ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EMPOBRECER OS BOLSOS E A CABEÇA 



A greve veio e a greve passou. Andámos umas semanas a ouvir disparates de escasso verniz democrático sobre a decisão da CGTP e da UGT de convocarem uma greve geral, explicando-nos, com pouco contido furor, todos os malefícios da dita para o país, de como se tratava de um acto de total irrelevância, perturbador da vontade dos portugueses que queriam trabalhar para o progresso da nação e da troika, um crime contra a economia, uma aberração estratégica, um atentado contra o unanimismo que deve ser mantido a todo o custo "para os mercados".

Façamos aquilo que os cientistas chamam um thought experiment, com o tempo a andar para trás. Andemos no tempo para o período antes da comunicação dramática do primeiro-ministro sobre os cortes na função pública e outras medidas de austeridade e aumento de impostos. Aquelas propostas foram para todos uma surpresa, tanto mais que a proposta do corte de meio subsídio de Natal foi apresentada como excepcional apenas para o ano de 2011.

Imaginemos que o mesmo primeiro-ministro ou o ministro das Finanças disseram nesse fim de tarde cruel que era preciso cortar um dos subsídios na função pública, o subsídio de férias por exemplo, toda a gente louvaria a sageza e a necessidade absoluta desse corte. E se houvesse um economista mais duro e que dissesse que era preciso cortar dois, o de férias e do Natal, haveria um coro a dizer asneira, excesso, atentado contra a economia, atentado contra o mínimo social que o Governo benevolamente queria garantir contendo os sacrifícios ao "indispensável". Seria então o corte único, o "indispensável". O mesmo se passaria se o mesmo primeiro-ministro dissesse que era preciso cortar três meses, dois de subsídio e um de salários na função pública, com o mesmo choque e pavor que suscitou o corte de dois e que suscitaria o corte de um. Estaria hoje toda a gente a dizer que tinha mesmo que ser assim. Muito bem, muito bem!

Estamos num tempo de não-pensamento, mas de obediência e ordem e em que o hegelianismo de "o que tem que ser tem muita força" tem muita força. Aliás, como de costume, o que "o poder disser que tem que ser é que tem muita força". Como o debate escasseia e é puramente posicional - quem não é por nós é contra nós, ou se é da situação ou da oposição, ou se é do Sócrates ou do Passos Coelho -, tudo é simples, tudo é a preto e branco e que ninguém pie. E depois há toda uma violência verbal incontida que jorra logo por todo o lado, quando aparece qualquer dissenso, qualquer objecção e dúvida. O Presidente da República já provou desse cálice de fel, Rui Rio, Manuela Ferreira Leite e eu próprio, o quarteto maldito pelos serventuários do poder, mancomunado numa qualquer conspiração, merece logo os mais violentos epítetos. O não-pensamento acompanha muitas vezes a raiva, vem nos livros para quem os costuma ler, esse hábito demasiado subversivo em tempos de miséria intelectual.

Voltemos à greve, porque a greve, para além das suas razões ou irrazões, para além de como foi ou podia ter sido, toca na intangibilidade do poder, perturba, incomoda. Num programa de televisão disse umas coisas de trivial doutrina democrática sobre o direito à greve, que, imaginem!, são muito próximas do que Sá Carneiro disse em seu tempo. Ouviram-se de imediato as bocas espumarem com "uma vez comunista, sempre comunista". Como eu nunca fui do PCP, que é o que para eles significa ser "comunista", presumo que se devem referir a Passos Coelho, que, esse sim, foi comunista de papel passado. Eu fui outra coisa certamente pior, maoísta, radical, ultracomunista, esquerdista, e, portanto, na versão muito comum de que há uma psicologia da patologia ideológica, uma espécie de malformação genética, como os cromossomas de Lombroso, a ideia de que uma vez uma coisa, sempre essa mesma coisa permanece firmemente entrincheirada nos ataques ad hominem. Curiosamente nunca se diz de ninguém que "uma vez fascista, sempre fascista", talvez porque à direita faz-se muito bem essa reciclagem sem memória nem culpa. Gente que andou de braço erguido e palma estendida na "saudação romana" antes e depois do 25 de Abril pelos vistos não padece desta patologia ideológica, que só existe para o lado oposto, para o lado do Mal puro.

Mas quem é que podia deixar de esperar que houvesse uma greve? Só quem pretendesse que subitamente a sociedade portuguesa prescindisse da conflitualidade social e que muitos milhões de portugueses que estão a empobrecer se sentassem numa sala escura, abatidos e deprimidos, à espera da salvação. É verdade que a greve não foi "geral", muito longe disso. É igualmente verdade que a acção sindical está confinada a certos sectores da sociedade portuguesa, a certas faixas etárias, a certos grupos de trabalhadores. É também verdade que certos interesses representados nos sindicatos são conservadores e um bloqueio a medidas que podiam ser necessárias para o progresso do país. É verdade que os jovens que estão do lado dos "indignados" são também "prejudicados" pelos pais que estão do lado dos sindicatos. Mas que se espera? Que um estivador, ou um maquinista da Carris, ou um professor, ou um oficial de justiça aceitem perder salários e regalias, para que o filho licenciado entre aonde? Numa fábrica, que não há, no funcionalismo público que não recruta, numa câmara municipal, sem ser com cunha? By the book, as coisas deveriam funcionar assim, mas hoje o grau de perturbação da sociedade e da economia está longe de o garantir. Por isso, em tempos de miséria, cada um agarra-se ao que tem. Sucede, queiramos ou não, que essa é a atitude mais racional que pode tomar.

Depois, há os argumentos quanto ao significado da dimensão da greve, para interpretar o impacto que pode ter na sua leitura política. Mas já que estamos numa de thought experiments, usemos outro. Vamos imaginar que todos os que não puderam deslocar-se ao local de trabalho eram contra a greve e apareceriam no emprego, o que significava que algumas escolas funcionariam, alguns hospitais idem e o mesmo pode ser dito para repartições e algumas áreas da função pública. Vamos também acrescentar aos não-grevistas alguns trabalhadores que têm receio dos piquetes de greve ou de serem mal vistos pelos seus colegas que fizeram greve. Sabemos que há sempre pessoas nesta situação e podemos acrescentá-las aos não-grevistas e engrossar as fileiras dos que podiam abrir uma escola ou permitir um julgamento num tribunal, diminuindo o impacto da greve. Estaríamos com uma greve ainda menos geral, em que apenas um núcleo duro de trabalhadores, mesmo assim mais vasto do que o normal, estaria disposto a fazer greve com todas as suas consequências, perda de salários e os olhos em cima do chefe ou do patrão.

Muito bem, agora vamos à cena contrária: vamos admitir que todos os que não fizeram greve porque não podiam perder o salário de um dia, e só mesmo esses, em estado de necessidade, se somavam aos grevistas. Convenhamos que seriam muitos e superariam certamente os que retirámos do número geral anterior de grevistas à força. E, por último, acrescentemos todos os que desejariam manifestar o seu protesto através de uma greve, caso não sentissem que haveria qualquer consequência na sua situação laboral, não seriam prejudicados nas suas carreiras e salários, e, acima de tudo, não seriam despedidos. Então, meus amigos, garanto-vos que a greve seria muito mais próxima do "geral" que esta foi e o sector privado teria uma importante participação. O país pararia mesmo.

O exercício assenta na vontade, como se esta fosse pura e simplesmente isenta de consequências negativas, o que não é do domínio deste mundo e muito menos da conflitualidade social, que implica risco e custo. E é por isso que a greve é um direito fundamental de expressão de interesses numa sociedade democrática, constitucionalmente protegido, e esses interesses têm custos, como o tem a liberdade de expressão, de associação e as decisões dos eleitores. A greve teve custos e a decisão de votar Sócrates em 2009 também não teve? Em democracia os "custos" dos direitos não os põem em causa e é por isso que há para aí uma vaga antidemocrática, demasiado unanimista, que nos empobrece a cabeça numa altura em que também empobrecemos nos nossos bolsos. E a verdade é que o empobrecimento do pensar, a raiva contra o dissenso, o unanimismo do único, tem efeitos ainda mais devastadores do que a troika. E para mim já me basta esta, para que agora me ponha na fila do rebanho. Tem também custos, mas quero lá saber.

(Versão do Público de 26 de Novembro de 2011.)

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EARLY MORNING BLOGS  
 2142

Liberty, according to my metaphysics is a self-determining power in an intellectual agent. It implies thought and choice and power. 

(John Adams)

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26.11.11


ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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25.11.11


O MUNDO QUE ESTAMOS A CRIAR (4) 


Mas há pelo menos um aspecto que, não sendo novo, veio com clareza ao de cima. Eu acho uma patetice pensar que só a esquerda tem “sensibilidade social” e penso até que tem muito pouca e muito menos do que corpos sociais que a esquerda hostiliza, como a igreja. Mas o que transpira no actual discurso governamental é não só indiferença face ao empobrecimento generalizado dos portugueses, como a ideia implícita de que esse empobrecimento é moralmente bom, “purifica”, regenera. Salazar pensava assim, que a pobreza era uma virtude e muitos dos nossos governantes, como acham que tudo o que a mão do estado toca é por natureza impuro, aconselham dieta aos magros, como se a mortificação a que eles presidem fosse um castigo divino executado pela troika e seus mandantes. 

Passos Coelho retirou 25% do poder de compra a centenas de milhares de portugueses, que estão longe de ser mais do que remediados, na melhor das hipóteses, e não teve para com eles uma palavra sequer. Bem pelo contrário, apontou-os no dia seguinte como privilegiados, e como alvo para todos os trabalhadores do sector privado. Nem o ministro das Finanças e nem o Ministro da Economia, são capazes de incorporar no seu discurso algo que revele qualquer preocupação social pelos efeitos das medidas que tomam. Bem pelo contrário aparece desprezo e um certo revanchismo social, seja por ignorância do que é o país, seja por razões ideológicas. O modo como se trata da questão do desemprego, é pelo menos, chocante na sua abstracção. Para eles, estar desempregado é uma pura abstracção, um número, uma estatística, infeliz por certo, mas nada mais. 

Que os tempos são duros e a margem de manobra escassa, tudo bem. Mas não precisamos de tanto entusiasmo verbal em aplicar medidas gravosas para a maioria dos portugueses, não precisamos de tanta empatia com o programa da troika, precisamos era de mais simpatia pelos portugueses que estão a empobrecer. E acima de tudo não precisamos de todo da antipatia activa com os que estão a perder, como se eles fossem os culpados do que nos está a acontecer. Ou será que alguém pensa que um banqueiro, desses que influenciaram e patrocinaram a política de todos os nossos governos, tem menos culpas do que um motorista da Carris? É que parece que sim.

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O MUNDO QUE ESTAMOS A CRIAR (3) 


Alguém que conheça os políticos e os partidos portugueses, o PS e o PSD, pensa que eles e os seus dirigentes têm hoje qualquer impulso para “reformar” seja o que for? O que se vê é que o que os mobiliza verdadeiramente é manter a sua base de apoio – regiões e autarquias – que é, por interessante coincidência, exactamente as áreas onde o governo mais tem cedido e onde o programa da troika é quase letra morta. Vão atirar sobre as freguesias, o elo mais fraco, onde há menos poder, porque nos concelhos não se pode mexer. No meio de cortes generalizados, as autarquias vão poder manter o nível de endividamento. Por aí adiante, como se vê com a televisão. Vejam lá se o governo prescinde do controlo da informação? Não prescinde, reforça. 

Convém não esquecer que Passos Coelho e António José Seguro, o PSD e o PS, estariam hoje a fazer exactamente as mesmas propostas “desenvolvimentistas” que sempre fizeram, se não fosse terem a corda na garganta. Seguro nunca fez outra coisa naquilo que vagamente transpareceu para o público em geral da sua acção política passada. E Passos Coelho ainda há dois anos, já a crise batia em pleno, acusava Manuela Ferreira Leite de “não dar esperança ao país” e querer acabar com o TGV. Tirem-lhes a rédea da troika e vão ver que tipo de propostas apareceriam em cima da mesa.

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O MUNDO QUE ESTAMOS A CRIAR (2) 


A maior das ilusões que está na essência da propaganda governamental, e que identifica quem a repete como um propagandista, é que o que se está a passar representa um plano reformista de “mudar o estado”, “mudar a sociedade”, e, infinita arrogância, “mudar de vida”. Quando ouço dizer que “temos que mudar de vida” apetece-me puxar da pistola que pulveriza os repetidores de slogans, mesmo sabendo que estamos a “mudar de vida”, estamos a empobrecer. 

Não, não estamos a “mudar” nada, conforme um plano, conforme uma ideia estruturante, conforme um ideal político ou ideológico, ou sequer uma concepção do estado e da sociedade. Estamos pura e simplesmente em estado de pura necessidade a cortar despesas, poucas vezes com discernimento, a maioria das vezes à bruta, sem medir que as consequências podem sair bastante mais caras. Estamos, pura e simplesmente, nas mãos dos nossos credores mais benévolos, e em risco de cair nas mãos dos menos benévolos. Estes só mandam ocasionalmente dar um murro, os outros fazem a colecta à força de partir ossos e, para dar o exemplo, não se coíbem de despachar um devedor para o outro mundo. É a diferença entre credores benévolos e credores da mafia, a única motivação racional da vida política portuguesa.

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O MUNDO QUE ESTAMOS A CRIAR (1) 


A crise vai durar muitos anos e a última coisa que está à vista é o seu fim. A metáfora do túnel é errada: não é um túnel, mas um poço, não estamos a caminhar na horizontal no escuro, estamos a cair na vertical no escuro. Stephen King saberia certamente descrever o terror que cresce com a consciência da queda inexorável. 

(Continua.)

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EARLY MORNING BLOGS  
 2141

"Perhaps there is only one cardinal sin: impatience. Because of impatience we were driven out of Paradise, because of impatience we cannot return. "

(W. H. Auden)

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24.11.11



EARLY MORNING BLOGS  
 2140 - Indifference
When I am dead I will not care
Forever more,
If sky be radiantly fair
Or tempest roar.
If my life-hoard in sin be spent,
My wife re-wed,--
I'll be so damned indifferent
When I am dead.

When I meet up with dusty doom

What if I rest
In common ditch or marble tomb,
If curst or blest?
Shall my seed be to wealth or fame,
Or gallows led,--
To me it will be all the same
When I am dead.

So say for me no pious prayer,
Be no tear shed;
In nothingness I cannot care,
I'll be so dead.
I shall not reck of war or peace
When I go hence:
Lord, let me win sublime release,--
INDIFFERENCE!  
 (Robert William Service)

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23.11.11


  ESTA SEMANA DE NOVO 
 

 

  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – ALBERTO ANZALONE
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – PARTITO DEMOCRACTICO – VITTORIO ANGIOLINI
  • GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 – PREPARAÇÃO – MATERIAIS
  • CONCENTRAÇÃO NO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (LISBOA, 22 DE NOVEMBRO DE 2011)
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – IL POPOLO DELLA LIBERTÁ – FEDERICA ZANELLA
  • POLÓNIA – PARTIA DEMOKRATYCZNA
  • BRASIL – ELEIÇÕES 2010 – PSC – CANDIDATURA A DEPUTADO ESTADUAL ADILSON ROSSI
  • BRASIL – ELEIÇÕES 2010 – PTB – CANDIDATURA A DEPUTADO FEDERAL ARNALDO FARIA DE SÁ
  • BRASIL – ELEIÇÕES 2010 – PT – CANDIDATURA A DEPUTADO FEDERAL – JILMAR TATTO / CANDIDATURA A DEPUTADO ESTADUAL – ÉNIO TATTO
  • CHINA – COLECÇÕES DE POSTAIS DOS ANOS SETENTA DO SÉCULO XX
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – RIFONDAZIONE COMUNISTI ITALIANI – LUCIANO MUHLBAUER
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – SINISTRA ECOLOGIA LIBERTÁ – ROVYNA
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – SINISTRA ECOLOGIA LIBERTÁ – MARIO AGOSTINELLI
  • BIG FLAME
  • MARXIST LENINIST QUATERLY
  • TÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – VENETO – LEGA NORD / LIGA VENETA – MONICA PERISSINOTO
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – VENETO – IL POPOLO DELLA LIBERTÁ – RENATO MARTIN
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – LOMBARDIA – IL POPOLO DELLA LIBERTÁ – ROBERTO FORMIGONI
  • ITÁLIA – ELEIÇÕES REGIONAIS (28-29 DE MARÇO DE 2010) – VENETO – UNIONE DI CENTRO – ANTÓNIO DE POLI
  • ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – ARGANIL – POR ARGANIL, CONCELHO COM FUTURO
  • ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – NELAS – PS
  • UNITÉ ROUGE
  • REINO UNIDO – COMMUNIST UNITY ASSOCIATION MARXIST LENINIST
  • CANADÁ – TORONTO ANARCHIST BLACK CROSS
  • ÁUSTRIA – KOMMUNISTISCHE PARTEI ÖSTERREICHS (KPO)
  • REINO UNIDO – COMMUNIST FEDERATION OF BRITAIN (MARXIST-LENINIST)
  • SEARCHLIGHT
  • ESPANHA – INICIATIVA PER CATALUNYA VERDS
  • RET & VRANG
  • LE PARTISAN EUROPEEN
  • DE LEVENSWIL
  • WORKERS UNITY
  • EUA – OBJECTIVIST PARTY – CANDIDATURAS PRESIDENCIAIS
  • MASS LINE
  • EUA – SOCIALIST PARTY USA – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2012 – CANDIDATURA DE STEWART ALEXANDER
  • VOLKSSTIMME
  • ODINISM TODAY
  • NAPALM ROCK
  • ON GUARD!
  • MICHIGAN BRIEFING
  • PINS VEGAN
  • ZAMBEZI PRESS INTERNATIONAL
  • OCTOBRE
  • FRANÇA – COMITÉ RAS L’FONT
  • ESPANHA – FEDERACIÓ ASSOCIACIÓNS VEINS BARCELONA
  • LETTRE DES AMITIES FRANCO-ESPAGNOLES
  • HISTORIA N.R.
  • LA LEGIONE
  • PSD – ELEIÇÕES PARA A COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL DE LISBOA (19 DE NOVEMBRO DE 2011)
  • ENTRADAS: BROCHURAS SOBRE A GUERRA DO VIETNAM
  • INFORMATIVO
  • DE KOMMUNIST
  • EXTRA PERSONA
  • NOVA ZELÂNDIA – ACT PARTY
  • EUA – OAKLAND – FORECLOSE WALL STREET
  • ÁUSTRIA / ITÁLIA – SÜD TIROLER FREIHEIT
  • REVOLUTION
  • WORKERS BROADSHEET
  • EUA – OCCUPY WALL STREET – EMBLEMAS E PINS

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    EARLY MORNING BLOGS  
     2139 - The Descent

    The descent beckons
                  as the ascent beckoned.                 
                                   Memory is a kind      
    of accomplishment,                          
                  a sort of renewal
                                   even
    an initiation, since the spaces it opens are new places
                  inhabited by hordes
                                   heretofore unrealized,
    of new kinds—
                  since their movements
                                   are toward new objectives
    (even though formerly they were abandoned).
    
    No defeat is made up entirely of defeat—since
    the world it opens is always a place
                  formerly
                                   unsuspected. A
    world lost,
                  a world unsuspected,
                                   beckons to new places
    and no whiteness (lost) is so white as the memory
    of whiteness     .
    
    With evening, love wakens
                  though its shadows
                                   which are alive by reason
    of the sun shining—
                  grow sleepy now and drop away
                                   from desire     .
    
    Love without shadows stirs now
                  beginning to awaken
                                   as night
    advances.
    
    The descent 
                  made up of despairs
                                   and without accomplishment
    realizes a new awakening:
                                   which is a reversal
    of despair.
                  For what we cannot accomplish, what
    is denied to love,
                  what we have lost in the anticipation—
                                   a descent follows,
    endless and indestructible     .
    
    (William Carlos Williams)

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    22.11.11


    NEM UMA COISA NEM OUTRA 



    O relatório do grupo de trabalho (GT) para a definição do serviço público de comunicação social tinha que inevitavelmente suscitar polémica, em particular porque toca em velhos tabus ideológicos que são transversais da direita à esquerda. A direita entende que a televisão pública é um factor "orgânico" de intervenção do Estado e da identidade nacional, e desconfia, com uma intensidade quase semelhante à esquerda, da liberalização da comunicação social. A esquerda acha que o "público", na maioria dos casos apenas uma descrição da propriedade sem qualquer significado em termos de conteúdos, é intrinsecamente superior ao "privado" pelo próprio facto de ser... "público". Um aspecto, aliás, muito interessante é ver a indiferença generalizada com que, à direita e à esquerda, se acha normal o "público" perder a electricidade, a rede eléctrica, algum controlo sobre os combustíveis, as águas, os aeroportos, os transportes, e entra em guerra com as bandeiras desfraldadas quando se trata dos órgãos de comunicação social do Estado. Mesmo a esquerda assiste às privatizações da EDP, da Galp e da REN, já em curso, com muita indiferença, enquanto o entusiasmo comprometido se concentra todo na discussão sobre a RTP. Felizmente que a imprensa escrita já foi privatizada, senão teria um remake das mesmas vozes que queriam que o Diário de Notícias e outros jornais permanecessem no Estado.

    Tudo neste grupo de trabalho e no seu relatório me merece discordância: a comissão era um equívoco ambulante desde início, como, aliás, já tinha sido uma comissão semelhante no Governo Barroso; continuou a funcionar, salvo algumas honrosas demissões, quando decisões que deveriam esperar pelos seus resultados eram tomadas pelo ministro Relvas todos os dias e a desautorizavam; e, por fim, quando as suas conclusões, não sendo carne nem peixe, não servem nem para o Governo, que já tem há muito um plano definido para a RTP.

    Faltou ao grupo de trabalho prudência no existir e coragem no concluir e, por isso, acabou por ficar num vazio insatisfatório para todos e por prestar um serviço às ideias contrárias àquelas que tentou, em certas partes do relatório, exprimir. O Governo, depois de o utilizar como propaganda, condenou-o à irrelevância. Os defensores de que o Estado não deve ter órgãos de comunicação social (como é o meu caso) não se reconhecem no "serviço público" lá definido, e os seus adversários chamaram um pitéu às inconsequências e ambiguidades das suas conclusões.

    Saliente-se, no entanto, que o grupo de trabalho teve pelo menos a hombridade de, no relatório final, reconhecer que foi "ultrapassado nas suas funções" pelo ministro Relvas e que só continuou o trabalho porque recebeu garantias de que as decisões ministeriais entretanto tomadas sobre a RTP se aplicavam apenas aos anos de 2011-12. Também, com justiça para o grupo de trabalho, se deve salientar que este não acreditou no que lhe estava a ser dito porque é fácil, analisando essas medidas, perceber que elas correspondem ao modelo que o Governo pretende implementar, com grupo de trabalho ou sem ele. E o tipo de televisão que o Governo pretende fazer é claramente denunciado no relatório em palavras duras, que têm sido esquecidas pela comunicação social: "o GT teme em especial pelo modelo de informação que o Governo aparenta defender, por considerarmos que permitirá perpetuar a influência, quando não a interferência, do poder político, quer na televisão e na rádio públicas, quer na agência de notícias. Parece-nos por isso perniciosa a orientação (...) quanto às modalidades do serviço de informação do operador público e quanto à definição do modelo institucional e seus canais, assim como quanto à continuação da publicidade, que não só prejudica todo o sector, como inevitavelmente contamina os conteúdos e a programação."

    Por tudo isto, deixemo-nos de ingenuidades, ninguém tenha ilusões. A maioria dos violentos ataques que têm sido dirigidos ao relatório é feita por puras razões políticas pelos defensores da actual RTP, em que os canais públicos existentes (de televisão, mas também de rádio) são considerados intangíveis, como se a actual configuração de canais fosse em si mesmo o "serviço público". Os ataques são políticos e puramente políticos, mesmo quando se disfarçam de ataques "técnicos", como se a actual configuração da RTP fosse uma manifestação da "natureza" intrínseca do que é a televisão "europeia", logo civilizada. Aquilo a que alguns chamam os "erros técnicos" do relatório são um puro disfarce para fazer passar opções políticas face ao destino da RTP e que são tão técnicas como alguém decidir ser do Bloco de Esquerda, do PSD ou do PCTP/MRPP, ou gostar de frango ou de trutas. É política e pura política.

    O Governo, por sua vez, tentará colocar o relatório debaixo do tapete em tudo o que não lhe interessa e não desgosta de ver a pancada que este tem recebido, porque desvia as atenções para o que ele está a fazer na televisão e porque, em muitos aspectos, vai fazer o que os defensores da televisão do Estado desejam, com a provável excepção da privatização da RTP1. E o que pretende é claro: "modernizar" o modelo governamentalizado de televisão e rádio do Estado, deixando os anéis, e concentrando tudo nos dedos, e os dedos são, obviamente, o controlo da informação. A ênfase na RTP Informação, concorrendo no cabo contra os perigosos e imprevisíveis SICN e TVI24, feita com a enorme vantagem dos dinheiros dos contribuintes, somar-se-á à concessão da RTP, caso haja privatização a curto prazo, a favor de um grupo privado "amigo", cuja lógica só pode ser a da influência política, dado que, a tomar a sério todas as declarações dos principais actores privados na comunicação social, ZON, Vodafone, PT, Media Capital e Impresa, não há racionalidade económica para mais um canal privado.

    Neste contexto, o relatório abre, e bem, com a recusa da imutabilidade do chamado "modelo de serviço público europeu", que, "orwellianamente", não é nem "serviço público", nem europeu, na medida que o panorama televisivo é muito diferente no Reino Unido, em França, na Itália e na Polónia, sendo antes uma amálgama propagandista que confunde modelos muito distintos. Mas, como serve para "legitimar" a RTP tal como existe, usa-se. O relatório afirma, e de novo bem, que "a definição desse "serviço público" é (...) contingente e tem variado no tempo e no espaço. A sua associação aos ideais democráticos da Europa ocidental no pós-guerra é abusiva e enganadora. Países com outra dimensão territorial e populacional, assim como outra unidade linguística, como os Estados Unidos e o Brasil, não possuem "serviço público" de comunicação social com relevância mínima e não são menos democráticos por isso. Inversamente, não há ditadura - a começar pela portuguesa (1926-1974) - que não tenha desenvolvido aparelhos de comunicação e propaganda financiados pelo Estado e apresentados como sendo "serviço público"".

    E, para irritação dos paladinos das televisões do Estado, acrescenta que modelos como o que aqueles defendem são muito mais próximos das televisões sob controlo estatal, típicas dos regimes de ditadura, ou dos regimes híbridos que têm eleições, mas que não têm liberdade e primado da lei.

    Há, pois, que, antes de tudo, definir o que significa o "serviço público" de televisão, abandonada a concepção de que este significa canais de televisão e de rádio do Estado, e como é que, a partir daí, se devem definir os instrumentos desse "serviço". Continuaremos para a semana. 
     
    (Versão do Público de 19 de Novembro de 2011.)

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    21.11.11


    RETRATOS DA CRISE

    Roubo de cabo de terra (incluindo parte do respectivo tubo de protecção!), na Várzea de Sintra.
    (C. Medina Ribeiro)


    Em Mértola. (Fernando Correia de Oliveira)

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    COISAS DA SÁBADO: LEITURAS PARA A CRISE DA DEMOCRACIA 


    A crise que atravessamos não é apenas económica, social e financeira, é também uma crise da democracia. Ela surge já há vários anos de forma larvar e agora apresenta-se com cada vez maior clareza aos nossos olhos. A crise do sistema económico capitalista, aquilo a que muitas vezes se chama eufemisticamente “economia de mercado”, impregna inevitavelmente a democracia como sistema político, arrastando-se numa crise conjunta. É irónico que poucos anos depois da afirmação universal do “fim da História”, pela vitória universal da democracia, se veja esta resvalar para uma “democracia restritiva”, com o retorno de velhas ideias sobre o “governo das competências” e a tecnocracia.

    Vale a pena, por isso, voltar a ler os textos que resultaram de algumas das mais importantes experiências históricas da democracia, quer da Atenas (e não só) no século V AC, mas também desse outro momento fundador que foi a Revolução Americana do final do século XVIII. Uma reedição de um clássico editado pela Gulbenkian, com o título de O Federalista merece menção porque se trata de proporcionar uma antologia dos textos publicados por alguns dos “fundadores” da democracia americana. Hamilton, Madison e John Jay fazem parte de um grupo de homens absolutamente excepcionais que não só tiveram um papel crucial na própria revolução, incluindo a participação no combate militar, como puderam fazer uma reflexão intelectual sobre que “governo” queriam para o novo país. Não a fizeram a partir do zero, mas da experiência da história grega e romana antiga, que conheciam bem, e de uma vontade de criar uma entidade política ex-nihilo que correspondesse a ideais fundamentais em política: liberdade, democracia, equilíbrio de poderes, respeito pela lei, participação popular, progresso material, direitos dos estados, “bom governo”.

    A um dado momento da revolução, James Madison disse  aos seus companheiros que iria retirar-se para estudar “todos as experiências de governo” na história, para poder sugerir a melhor para o novo país. Os textos de O Federalista são por isso vitais para percebermos o que está a funcionar mal na nossa democracia, porque, como estes homens de acção muito cultos já sabiam, não há muita coisa de novo sobre a terra e há sempre uma vantagem em estudar e debater.

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    ESPÍRITO DO TEMPO: ESTA SEMANA
    Fim da tarde  no Furadouro. (José Carlos Santos)

    Retorno das garças. (ana)


     Final da tarde no Bom Jesus do Monte, Braga.

    Lisboa, compra de castanhas. (Medina Ribeiro)

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    (NOT SO) EARLY MORNING BLOGS  



     2138 - Good-bye, and Keep Cold

    This saying good-bye on the edge of the dark

    And cold to an orchard so young in the bark

    Reminds me of all that can happen to harm

    An orchard away at the end of the farm

    All winter, cut off by a hill from the house.

    I don't want it girdled by rabbit and mouse,

    I don't want it dreamily nibbled for browse

    By deer, and I don't want it budded by grouse.

    (If certain it wouldn't be idle to call

    I'd summon grouse, rabbit, and deer to the wall

    And warn them away with a stick for a gun.)

    I don't want it stirred by the heat of the sun.

    (We made it secure against being, I hope,

    By setting it out on a northerly slope.)

    No orchard's the worse for the wintriest storm;

    But one thing about it, it mustn't get warm.

    "How often already you've had to be told,

    Keep cold, young orchard. Good-bye and keep cold.

    Dread fifty above more than fifty below."

    I have to be gone for a season or so.

    My business awhile is with different trees,

    Less carefully nourished, less fruitful than these,

    And such as is done to their wood with an axe—

    Maples and birches and tamaracks.

    I wish I could promise to lie in the night

    And think of an orchard's arboreal plight

    When slowly (and nobody comes with a light)

    Its heart sinks lower under the sod.

    But something has to be left to God.
    (Robert Frost)

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    19.11.11


    ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


    Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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    COISAS DA SÁBADO:  UM TERÇO DOS POLÍCIAS COM “APOIO PSICOLÓGICO”? 


    Eu sei que a vida na corporação policial não é coisa fácil. São polícias, péssima profissão em tempos de desordem, e são ao mesmo tempo trabalhadores da função pública, péssimo estatuto em tempos de culpabilização do estado. O mundo lá fora está mau para a ordem e bom para o crime, o dinheiro é escasso e a carreira um caos. 

    Mas que um polícia em três, 7000 ao todo, esteja a ter “apoio psicológico” ou seja lá o que isso quer dizer, é, se for verdade, muito preocupante. É suposto que só faça parte da polícia gente estável, adulta, capaz, a quem confiamos uma arma para nos proteger. Que andem em tão grande número a queixar-se aos psicólogos, uma das profissões que substitui numa sociedade laica os padres, parece-me perigoso para a minha segurança e para a deles. Isto de ter um corpo policial com muitos estados de alma dá sempre para o torto.

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    ÍNDICE DO SITUACIONISMO (139):  
    "INFORMAÇÃO" PRODUZIDA PELO MINISTÉRIO DE NEGÓCIOS ESTRANGEIROS (E PELO DA ECONOMIA) CONFORME RECOMENDAÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO PARA A DEFINIÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO

    A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração.
    E, nalguns casos, de respiração assistida.

     No programa da SIC "Expresso da Meia-Noite" de ontem discutiu-se, entre jornalistas, universitários e homens de negócios, as oportunidades para a economia portuguesa em Angola, à luz da recente viagem do primeiro-ministro. Numa hora de debate, a palavra "corrupção" não foi pronunciada uma única vez, pelo que o debate não foi certamente sobre Angola.

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    EARLY MORNING BLOGS  

     2137 - Fog

    The fog comes
    on little cat feet. 
    It sits looking 
    over harbor and city 
    on silent haunches 
    and then moves on. 

    (Carl Sandburg)

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    18.11.11


    ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE
     


    Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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      ESTA SEMANA DE NOVO 

  • THANK YOU!
  • GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 – PREPARAÇÃO – MATERIAIS
  • ALEMANHA – BÜRGERBEWEGUNG PRO DEUTSCHLAND
  • ESPANNHA – EUZKO ALDERDI JELTZALEA – PARTIDO NACIONALISTA VASCO (EAJ-PNV)
  • ESPANHA – UNIÓN FEDERAL DE POLICÍA
  • JCP – 9º CONGRESSO (22-23 DE MAIO DE 2010)
  • ITÁLIA – RIVOLTA IL DEBITO – MANIFESTAÇÃO (MILÃO, 12 DE NOVEMBRO DE 2011)
  • LIONHEART
  • JFN NIEUWS
  • LEAGUE SENTINEL
  • NOTA SOBRE O INVENTÁRIO DA IMPRENSA DA EXTREMA-DIREITA
  • INITIATIVE COMMUNISTE
  • SOLIDARITÉ DE CLASSE
  • NORUEGA – SENTERPARTIET
  • HOLANDA – VOLKSPARTIJ VOOR VRIJHEID EN DEMOCRATIE (VVD)
  • TRABALHADORES DO GRUPO EMINCO
  • 18ª ASSEMBLEIA DA FMJD (LISBOA, 812 DE NOVEMBRO DE 2011)
  • WORKERS BROADSHEET
  • ESPANHA – BASTA YA!
  • A.N.C.H.A. AGENCIA NOTICIOSA CHILENA ANTIFASCISTA
  • EUA – PSYCHOLOGICAL INDUSTRIES
  • ESPANHA – ESPAÑA 2000
  • ESPANHA – ELA EUSKAL SINDIKATUA
  • ESPANHA – NACIÓN ANDALUZA
  • SUÉCIA – MODERATA SAMLINGSPARTIET/ “ MODERATERNA”
  • NORUEGA – NORGES KOMMUNISTISKE PARTI (NKP)
  • ESPANHA – MOVIMENTO SOCIAL REPUBLICANO
  • ACCENTS
  • SUIÇA – PARTI ÉVANGÉLIQUE SUISSE (PEV) / EVANGELISCHE VOLKSPARTEI (EVP) / PARTITO EVANGELICO SVIZZERO (PEV) / PARTIDA EVANGELICA DA LA SVIZRA (PEV)
  • MANIFESTAÇÃO DA FAMÍLIA MILITAR (LISBOA, 12 DE NOVEMBRO DE 2011) – 3ª SÉRIE
  • PANFLETO SATÍRICO ANTISALAZARISTA (INÍCIO DOS ANOS SESSENTA?)
  • HOLANDA – FRYSK NASJONALE PARTIJ
  • ESPANHA – CHUNTA ARAGONESISTA
  • SUÉCIA – KRISTDEMOKRATERNA (KD)
  • EUA – NOVA IORQUE – OCCUPY WALL STREET – PANFLETOS
  • IRLANDE LIBRE
  • MOVIMENTO “OCUPAR”
  • MANIFESTAÇÃO GERAL ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / MANIFESTAÇÃO DA FAMÍLIA MILITAR (LISBOA, 11 DE NOVEMBRO DE 2011) – MATERIAIS DISTRIBUÍDOS
  • MANIFESTAÇÃO GERAL ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LISBOA, 11 DE NOVEMBRO DE 2011) – 3ª série
  • MANIFESTAÇÃO DA FAMÍLIA MILITAR (LISBOA, 12 DE NOVEMBRO DE 2011) – 2ª SÉRIE
  • EUA – OCCUPY WALL STREET – EMBLEMAS E PINS
  • GREVE DOS TRANSPORTES (SEMANA DE 7 A 12 DE NOVEMBRO DE 2011)
  • MANIFESTAÇÃO GERAL ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LISBOA, 11 DE NOVEMBRO DE 2011) – 2ª série
  • PIKO

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