ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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25.11.11
O MUNDO QUE ESTAMOS A CRIAR (3)
Alguém que conheça os políticos e os partidos portugueses, o PS e o PSD, pensa que eles e os seus dirigentes têm hoje qualquer impulso para “reformar” seja o que for? O que se vê é que o que os mobiliza verdadeiramente é manter a sua base de apoio – regiões e autarquias – que é, por interessante coincidência, exactamente as áreas onde o governo mais tem cedido e onde o programa da troika é quase letra morta. Vão atirar sobre as freguesias, o elo mais fraco, onde há menos poder, porque nos concelhos não se pode mexer. No meio de cortes generalizados, as autarquias vão poder manter o nível de endividamento. Por aí adiante, como se vê com a televisão. Vejam lá se o governo prescinde do controlo da informação? Não prescinde, reforça.
Convém não esquecer que Passos Coelho e António José Seguro, o PSD e o PS, estariam hoje a fazer exactamente as mesmas propostas “desenvolvimentistas” que sempre fizeram, se não fosse terem a corda na garganta. Seguro nunca fez outra coisa naquilo que vagamente transpareceu para o público em geral da sua acção política passada. E Passos Coelho ainda há dois anos, já a crise batia em pleno, acusava Manuela Ferreira Leite de “não dar esperança ao país” e querer acabar com o TGV. Tirem-lhes a rédea da troika e vão ver que tipo de propostas apareceriam em cima da mesa.
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© José Pacheco Pereira
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