ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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10.10.09
HOJE NO NOVO: ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – ALVAIÁZERE EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – DWIGHT D. EISENHOWER (1952-1961) EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – HARRY S. TRUMAN (1945-1953) EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – THOMAS DEWEY (1944, 1948) EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – WENDELL L. WILLKIE (1940) EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – FRANKLIN D. ROOSEVELT (1933-1944) EUA – EMBLEMAS POLÍTICOS – ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – HERBERT HOOVER (1929-1933) ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – BOMBARRAL ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – PONTE DE SOR (url) (url) 9.10.09
HOJE NO NOVO:
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COISAS DA SÁBADO: O ATAQUE AO PRESIDENTE: UM “PREEMPTIVE STRIKE”
Eu não tenho dúvidas que o Presidente da República saiu fragilizado de toda esta história das “escutas”, de que, valha a verdade, ele nunca falou. Foi tudo mal conduzido e muito atrapalhado. Mas não é isso o mais importante, porque isso tem apenas a ver com a condução do assunto e não com o seu fundo, a saber, por que razão o Presidente foi atacado como foi, no momento em que o foi e do modo como foi? Vamos admitir que o PS, naqueles dias da operação Diário de Notícias, já tinha uma convicção consolidada de que iria ganhar as eleições, só não sabia por quantos. Sabia que a vitória nas urnas não significava que o partido saía melhor das eleições enquanto partido de governo. Sabia que iria sair do resultado eleitoral enfraquecido na sua capacidade de governar, o que se para Guterres e o seu estilo não era um grande problema, para Sócrates é um enormíssimo problema. Ele viveu de criar uma imagem de autoridade e decisão, contra tudo e contra todos, e agora tem que negociar quase tudo. Duvido que durma bem com essa hipótese e com problemas que não podem ser resolvidos atirando o telemóvel ao ar e berrando com a multidão dos seus assessores. Não. Agora as coisas são muito mais complicadas para Sócrates e um dos aspectos dessa complicação chama-se Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República. José Sócrates sabe, melhor do que nós todos, que o Presidente não confia nele, nem enquanto pessoa, nem enquanto governante, mas que em democracia isso não é razão para impedir a indigitação. Mas sabe que o Presidente não aceita todos os cenários aritmeticamente possíveis para governar, todas as soluções no papel, todas as composições do governo. Como aliás não fizeram Jorge Sampaio, nem Mário Soares. Porque o Presidente tem poderes próprios e legitimidade política própria. E não sabe muito bem o que aí vem, seja no caso Freeport, seja nos outros processos em que o seu nome está envolvido, seja no que se vai saber depois das eleições, e que se devia ter sabido antes, sobre a verdadeira situação económica e social do país. Sabe que vai receber do governo anterior, por singular azar seu, uma pesadíssima herança de promessas e uma série de apoios em curso, por coincidência, terminando em Outubro… Sabe tudo isto e teme o Presidente, cujo poder, na actual situação, aumenta. E sabe que o Presidente não é “comprável” pela sua reeleição. Por isso tudo uma “preemptive strike” que fragilizasse o Presidente era necessária, Foi o que a “operação Diário de Notícias” fez, com algum êxito, diga-se de passagem. (url) (url) HOJE NO
(url) (url) (url) (url) 7.10.09
HOJE NO (url) I am now trying an experiment very frequent among modern authors; which is to write upon Nothing; when the subject is utterly exhausted, to let the pen still move on; by some called the ghost of Wit, delighting to walk after the death of its body. (Swift) (url) 6.10.09
HOJE NO NOVO: AGRADECIMENTOS E ACTUALIZAÇÕES Continuam a chegar novas colaborações para a recolha das autárquicas de 2009. Sem elas o trabalho ficaria muito incompleto. Neste momento temos um terço dos concelhos pelo menos parcialmente cobertos. e muitas dezenas de freguesia Os materiais recolhidos aproximam-se de 1000 novas unidades. As chuvas também chegaram tornando mais urgente a recolha dos materiais mais perecíveis. De igual modo é importante recolher todo o tipo de materiais, programas, listas, comunicados, objectos (”brindes”), bandeiras, autocolantes, etc. A todos os que me contactam dou um endereço para onde podem ser enviados, visto que esta recolha física é fundamental para se poderem fazer futuros estudos, ou para expor publicamente. Uma vez enviados esses materiais serão digitalizados e colocados no EPHEMERA, dentro da pasta respectiva. Isso significa que todas as pastas estão permanentemente em actualização, mesmo as mais antigas e mesmo as respeitantes a partidos, organizações, eventos anteriores ao ciclo eleitoral de 2009. Há uma hiato que pode parecer longo entre o envio e a publicação, porque por muito que receba excelentes e dedicadas colaborações, este trabalho é solitário e depende muito do meu tempo pessoal. * Agradeço a Pedro Figueiredo, António Ferreira de Sousa, António Onofre, Ricardo Batista, Nuno de Matos, João Lopes, Rui Sardinha, Gonçalo PP, as mais recentes colaborações, assim como a todos aqueles cujos nomes já referi em notas anteriores e que continuam todos os dias a recolher novos materiais numa dedicação exemplar. Muito obrigada. ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – MAFRAELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – BATALHA ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – MANGUALDE ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – PAÇOS DE FERREIRA ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – PORTIMÃO ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – CARREGAL DO SAL ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – ARGANIL ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – OURÉM ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – TORRES NOVAS AINDA MAIS UM ESFORÇO… (Actualizado) ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – VILA FRANCA DE XIRA ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – GÓIS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – SINTRA ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009 – COIMBRA (url) O canto de sereia de um PS enfraquecido, mas legitimado pela vitória eleitoral, soa nestes dias cada vez mais alto e, por todo o lado, os navios deslumbrados encaminham-se para as rochas. Só Ulisses escapará, tapando os ouvidos aos seus marinheiros e amarrando-se ao mastro e, mesmo assim, só a força das cordas o mantém longe da feiticeira. Todos os sinais já estão aí por todo o lado, uns apelando à "responsabilidade", pedindo ao PSD para que, à revelia das suas posições, aprove um programa socialista que será uma continuidade das políticas que sempre atacou, como se essa fosse quase uma obrigação, ou uma punição por ter perdido as eleições. Na verdade, o problema é outro. Um poder como o do PS em Portugal tem tradicionalmente atraído para si "colaborações" ingénuas, ou interessadas, de duas maneiras. Uma é sendo forte, marcando bem o seu traço no chão, de modo a que todos saibam que, ou estão daquele lado, ou ficam de fora. Como se dizia numa história espanhola, quem se mexe não fica na fotografia. E quem não fica na fotografia não tem benesses nem protecção. Por muito que agora se ataque o falar-se de "asfixia democrática" (não é o melhor termo, mas serve), o resultado é mesmo esse: perseguições, marginalizações, punições. Como aconteceu com a TVI, posta na ordem, e como está a acontecer no Público. Como aconteceu na DREN, e nas múltiplas DREN que existem por todo o lado. (De passagem, noto que deixar de falar deste ambiente malsão seria um grande favor que se podia fazer ao PS, pela simples razão... que ele existe mesmo.) Outra forma de atracção é, estando enfraquecido, fazer chantagem para que seja de outros o ónus da sua própria fraqueza. Pretende-se apenas dar lugares e prebendas, e manter intacto o poder que os eleitores enfraqueceram. E, sendo as coisas o que são, sendo os homens o que são, sendo Portugal o que é, como os bens são escassos e a fome é muita, as sereias cantam sempre muito alto. Herbert James Draper Por isso, as pressões sobre o PSD já começaram, porque o PS pensa que pode aí ir buscar o "queijo limiano" mais barato e em maior quantidade, aproveitando-se do facto do abalo eleitoral levar alguns a entender que o facto de o PSD ter tido uma derrota eleitoral, isso deveria levar o partido a abandonar o seu programa. Ou, pior ainda, pensar que o partido, entrando numa fase "nova", pode fazer tábua rasa do seu passado e disponibilizar-se para a sereia que canta bem perto, visto que os compromissos contra o "bloco central", que uniram os seus candidatos com uma ou outra excepção, fazem parte da "velha" política. Seria bom que, aconteça o que acontecer dentro do PSD, todos permanecessem fiéis à sua recusa de um novo "bloco central", porque isso separa as águas para o presente e para o futuro. Tenho passado a semana a repetir algo que é fundamental numa democracia: os votos dão legitimidade, não conferem razão. Mesmo que se entenda que existe uma "razão democrática" medida pela vontade popular, e consequentemente uma não-razão que deveria ser tida em conta por quem não consegue a maioria, a verdade é que em democracia os resultados eleitorais não "unem", não apagam, não destroem as diferenças nem a sua tradução na representação parlamentar. Aliás, seria absurdo pedir, por exemplo, ao PCP que mudasse o seu programa apenas porque nunca ganhou uma eleição e, nesse sentido, foi "reprovado" pelos eleitores. Os eleitores deram ao PS legitimidade para governar, mas não retiraram ao PSD legitimidade para fazer oposição. Mas aos observadores mais imparciais não escapava que o modelo de recuperação da crise/crescimento, o "modelo político-económico" era muito distinto no PS e no PSD. Um governo socialista pode aceitar algumas medidas que estão no programa do PSD, como por exemplo o fim do Pagamento Especial por Conta, ou outras medidas avulsas no campo fiscal, mas nunca deslocará o grosso dos recursos do Estado do grande investimento público para as pequenas e médias empresas - e isso faz uma diferença significativa -, nunca substituirá uma política de subsídios directos do Estado em detrimento de uma política que use as IPSS, ou a rede social da Igreja, nunca dará importância à dívida, etc., etc. E não o fará porque a sua concepção do Estado, mais do que socialista, é jacobina e a do PSD não o é. Ou seja, o sentido global da política económica, financeira, social do Governo PS não mudará, logo quem pensa - como eu penso e muita gente no PSD e fora dele - que esta é uma receita para o desastre, e para manter Portugal afastado de padrões europeus, não tem razão nenhuma para deixar de fazer oposição nas mesmas linhas e no mesmo sentido, sob pena de se tornar apenas num apêndice de um poder perdulário e prejudicial aos interesses nacionais. É que os votos medem uma realidade e fazem uma escolha, mas os resultados das políticas medem-se em termos de bem-estar dos portugueses e do crescimento do país. Aí é que está a "razão". Um PSD que cedesse aos cantos de sereia do PS e deixasse a oposição ao CDS e ao BE pagaria muito caro por essa cedência, perderia identidade e daria razão a todos os que o acusavam de cair nas tentações do "bloco central". O seu futuro seria o de ficar refém do PS, que o deixaria cair em qualquer altura que lhe conviesse, tendo então muito para explicar e muita dificuldade para se construir como alternativa, a partir de uma situação que seria vista como uma promiscuidade política. Como esperava, muitos dos que para combater Manuela Ferreira Leite a atacavam por deixar a porta aberta ao "bloco central", coisa que não fez e repudiou com clareza, agora criticam-na por pôr em causa a "governabilidade".A questão não está em saber se há algum Ulisses, mas em saber se há alguma tripulação que aceite tapar os ouvidos com cera, sabendo dos encantos das sereias, e perceber se as cordas são fortes. Hoje, como no mar, junto da bela Capri, as sereias elogiam o herói "responsável" que aceite aproximar-se, para depois lhe dar a morte vil nos rochedos. (Versão do Público de 3 de Outubro de 2009.) (url) (url) (url) 5.10.09
HOJE NO NOVO: Apito do PS (Carregal do Sal), chá de hipericão do PSD (Ourém) e marcha da CDU na Vila da Marmeleira (5 de Outubro). APELO RESPONDIDO Os amigos e leitores do EPHEMERA responderam magnificamente ao apelo para um esforço de recolha de materiais políticos associados às eleições autárquicas (embora também seja bem vindo o material ainda por recolher relativo às legislativas). As "expedições" pelo país fora para recolha de materiais também foram um sucesso e algumas ainda estão em curso até ao fim do feriado. Num primeiro balanço estão já recolhidos mais de 800 novos materiais, incluindo fotografias de cartazes eleitorais, cartazes, comunicados, programas, "brindes", autocolantes, jornais de campanha, objectos vários, desde um pacote de chá de hipericão (do PSD de Ourém) até a um apito (do PS de Carregal do Sal). Pelo correio electrónico chegaram igualmente muitas imagens. Agora, pouco a pouco, esses materiais irão sendo organizados e colocados em linha no EPHEMERA (onde já se encontram alguns sobre Coimbra). Foi assim possível acrescentar aos concelhos de que já há algum material (e novo material foi também recebido para esses concelhos), os seguintes (lista provisória) e muitas das suas freguesias: Alcochete Arganil Arruda dos Vinhos Braga Carregal do Sal Coimbra Góis Guarda Loulé Mangualde Mealhada Mortágua Nelas Oliveira do Hospital Paços de Ferreira Penacova Poiares Ponte de Lima Portimão Santa Comba Dão Sesimbra Tábua Trofa Vila Franca de Xira Viseu Uma lista de agradecimentos (também provisória) acrescento desde já Ana Figueiredo, Margarida Az, Telmo Martins, Alberto Fernandes, Miguel Borges, Gabriel Silva, Cristina Baptista, António Ferreira de Sousa, João Aldeia, Vitor Leal, Miguel Lory, Carlos Robalo, Tiago Laranjeiro, a elementos e candidatos do BE de Coimbra, da CDU de Torres Vedras, do PSD de Poiares, Ponte de Lima, Sardoal, e Tábua, ao PS de Nelas, às candidaturas independentes de Pina Prata em Coimbra e Rui Silva em Arganil, entre outros. A esta lista de novos nomes acrescento mais uma vez o papel imprescindível de RM, ZM, José Carlos Santos, José Gomes, Ana Ferreira, Helder Barros, Carina João, Lina Nunes, que nos últimos dias participaram na recolha com grande dedicação. E NOVO APELO O meu novo apelo é que continuem nos dias mais próximos. Estes dias são cruciais para completar e aumentar esta amostra, não só porque muitos novos cartazes estão a ser colocados na fase final das eleições, como também, a curto prazo ,a chuva destruirá os que ainda existem. Toda a colaboração é bem vinda, e mais vale fotografar e recolher tudo, sem medo de estar a repetir trabalho, porque falta sempre alguma coisa e algumas fotografias ficam melhores do que outras. Eu próprio e alguns amigos do EPHEMERA faremos novas "expedições" por diferentes partes do país. O objectivo é colocar a público aquela que neste momento é a maior recolha de materiais de propaganda das eleições autárquicas de 2009. Lembro que nenhuma instituição oficial faz este trabalho, pelo que a memória deste momento da nossa democracia depende do nosso trabalho de amador. (url) I like them dog-eared and lawnsoft, and savor the character of winestain and thumbsmudge, the tear-warp between pages, scrawl lolling down margins, x’s, question and check marks scratched out as anchors. They kindle affinity with readers who’ve leafed through before, house a kinship of signatures, conjuring towns and streets in states I’ll never visit. They preach the economy of timber and purses, while scribbled dates evoke evenings spent couch-lounging through past springs and winters. Though they come off the press crisp and unsullied, I like them used for the gust of tinder and sawdust, the waft of feathers adrift in a hayloft. I turn the yellow hem of the pages, a hue half neon, half tubercular, like the wallpaper of a motel nicotine-thick with confessions where with the fray, I find repose under covers well plumbed and sepulchral. (Sarah Jane Sloat) (url)
© José Pacheco Pereira
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