ABRUPTO

4.11.07


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES: WIKIPEDIAS

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/63/Wikipedia-logo.png/600px-Wikipedia-logo.png

Faz hoje um ano que publicou no Abrupto o texto «O PROBLEMA DA WIKIPEDIA: OS ERROS DO ARTIGO “PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS”». Passado um ano, aquele artigo está na mesma. Nenhuma daquelas passagens a que fez referência foi alterada, nem mesmo o erro objectivo, grosseiro e facílimo de corrigir relativo ao local onde decorreu o quinto congresso. Visto que quando ataca a Wikipedia eu tenho por hábito defendê-la, pode parecer estranho que eu faça notar isto. Mas faço-o por constatar (e lastimar) uma cada vez maior diferença de qualidade entre a Wikipedia em inglês e a Wikipedia em português. Pode-se facilmente ver em quase qualquer artigo para o qual haja uma versão em ambas que a qualidade deste em inglês é claramente superior à sua qualidade em português e isto não só vendo a qualidade do texto em si mas também a qualidade e a quantidade das referências bibliográficas e links externos. Há uma diferença cultural entre os utilizadores das duas versões que é bastante patente.

(José Carlos Santos)

*
Agora que penso nisso, julgo que 100% dos links que coloquei para a Wikipedia no Sargaçal, e foram bastantes, foi para o inglês. Nem sequer foi em consciência, mas está em linha com o que diz o leitor José Carlos Santos. Por coincidência, ontem procurava informações sobre o Liquidambar (estive a plantar dois) e na Wikipedia em português, há o título, o chamado
"esboço" que não é sequer esboço nenhum e é assim que vive esta versão portuguesa da Wikipedia -- de títulos para parecer que os artigos são muitos. Pode-se comparar com a versão em inglês

(http://en.wikipedia.org/wiki/Liquidambar), francesa
(http://fr.wikipedia.org/wiki/Liquidambar), espanhola
(http://es.wikipedia.org/wiki/Liquidambar), alemã
(http://de.wikipedia.org/wiki/Liquidambar)...

Há um ano, assinalou erros no artigo sobre o comunismo. Como grande especialista, foi lá corrigir? Não foi. Passaram por aqui muitas dezenas de milhares de pessoas diferentes, alguma foi lá corrigir? Não foi. Eu fui lá corrigir? Não fui, também não percebo nada do assunto.
Do que percebo já escrevi ou corrigi alguma coisa? Nunca escrevi, nunca corrigi. Acho que não está no DNA dos portugueses colaborar neste tipo de projectos para o bem comum. Não nos está no sangue. Já nos podemos dar por felizes pelo conteúdo que lá existe e sobre o que falta ou está
errado, podemos queixarmo-nos apenas de nós mesmos.

(José Rui Fernandes)

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24.3.07


CONTINUANDO A DISCUSSÃO SOBRE A WIKIPEDIA

The image “http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7f/Wikipedia-logo-en.png” cannot be displayed, because it contains errors.

(...) junto mando-lhe um par de links relacionados com este assunto.

O primeiro é acerca do problema da “fiabilidade” da informação, situação admitida já em 2005 por um dos criadores da Wikipedia, Jimmy Wales (Larry Sanger, outro dos criadores abandonou o projecto e é hoje bastante crítico do mesmo, estando a planear uma alternativa menos… digamos… “aberta”). De facto em varias universidades americanas e europeias trabalhos com citações á Wikipedia não são mais aceites.

O segundo poderia ser mais uma anedota que algo para levar a sério se não reflectisse o poder conservador nos Estados Unidos que levou Bush ao poder e á Guerra no Iraque. Trata-se da Conservapedia (“A conservative encyclopedia you can trust”, na palavra dos seus promotores) que não é mais que uma alternativa conservadora á popular Wikipedia e onde são divulgadas com grande destaque, entre outras, as teorias Creacionistas tão em voga entre os conservadores (faça uma busca por “evolution” e verá o que estes senhores estão continuam a impingir aos seus próprios filhos neste mesmo milénio).

A Wikipedia é uma boa ideia e seria um excelente contributo para o conhecimento humano se não esbarrasse nas convicções e agendas próprias de cada um. Ao dar a possibilidade de cada um de nós poder editar qualquer assunto, sem grande controlo, transformou-se uma boa ferramenta numa mera curiosidade a consultar com extrema precaução e cepticismo.

(João Mourato)

*

Li o seu artigo sobre a Wikipédia (
A POLÍTICA PORTUGUESA NA WIKIPEDIA, Versão no Abrupto, 18 de Março de 2007.) e, no geral, tem razão. A Wikipédia (e a escrita em língua portuguesa em particular) está pejada de erros, de informações tendenciosas, e tem servido como meio de doutrinação política, religiosa ou outra. Contudo, como defensor da Wikipédia, devo dizer que existe um erro na sua posição contra a Wikipédia. A Wikipédia não pode servir, nem serve, como fonte bibliográfica. A Wikipédia é um centro de negociação da verdade. É legítimo que não concorde com a existência de tal centro de negociação. Aconselhava-o a ler este texto: que explica bem o que pretendo dizer com "centro de negociação da verdade". Quanto à qualidade da Wikipédia em português (em comparação com a Wikipédia em inglês) deriva apenas da quantidade de contribuidores no projecto em Língua Portuguesa, que é mínima. A maioria prefere contribuir directamente na Wikipédia em inglês onde se juntam a criticar os pobres acéfalos que persistem em escrever em Língua Portuguesa, descrevendo a comunidade Wikipedista lusófona como uma máfia ideologicamente mal orientada. Ora, se tal máfia existe, é porque a deixaram instalar-se. É como alguém que não vota a criticar a escolha do governo em funções.

Se a qualidade da Wikipédia em língua portuguesa é miserável (e qualquer contribuidor sério da Wikipédia em português concorda com essa sua afirmação), a verdade é que isso acontece, também, porque não temos a tradição do confronto de ideias e da argumentação. A história da argumentação, nas comunidades lusófonas, consiste apenas num rol de monólogos surdos. Não se lê o que o Outro escreve, mas falamos como se tivéssemos lido. E é devido a esta característica histórica dos povos lusófonos, bem patente no seu atavismo académico (basta falar com os "brains" que exportamos para os EUA para confirmarmos o que estou a dizer) que precisamos MUITO da Wikipédia em português. Com muitos artigos maus, desconexos, errados, tendenciosos e panfletários. Porque todos estes maus artigos são, também, um convite para a leitura crítica. O José Pacheco Pereira leu alguns e apontou os seus graves defeitos. Muito bem. Já participou, desta maneira, na construção da Wikipédia. Muito lentamente (e terá mesmo de ser lentamente, que o número de contribuidores da Wiki.pt é, como disse, mínimo), haverá quem pegue nestas críticas e se lance a melhorar os artigos, a expurgar o que está errado, a tentar dar equilíbrio ao que está desequilibrado. O simples facto de verificarmos que artigos essenciais estão subdesenvolvidos, enquanto que artigos de figuras secundárias merecem maior detalhe é também um convite à reflexão e ao trabalho nesses artigos prioritários. Mas, mesmo quando, no futuro, o artigo sobre António Guterres estiver aceitável, esse artigo da Wikipédia poderá servir como fonte bibliográfica? Claro que não!!! E julgar que os entusiastas da Wikipédia pretendem isso é absurdo! O grande valor educativo da Wikipédia está na sua construção, no debate, na negociação da verdade. Por mais obscena que lhe pareça essa expressão ("negociação da verdade"), esse é o verdadeiro valor da Wikipédia. Se o José Pacheco Pereira não quer contribuir para a Wikipédia (e, como diz, não tem essa obrigação) pode, contudo, contribuir para o processo de discussão. Aliás, já o fez ao escrever a sua crónica sobre a Wikipédia. E pode, ainda, aprender muito se, em vez de ler o artigo final, usar o histórico do artigo e comparar as várias versões por que passou o artigo ou se espreitar a discussão do mesmo. Claro que, na maioria dos casos encontrará afirmações absurdas, pouco fundamentadas, mal escritas, mal coordenadas, tendenciosas... Mas, meu caro: a humanidade é assim mesmo. E os intelectuais instalados no meio editorial tradicional não participam na construção da Wikipédia. Por que razão? Porque, além de não serem pagos para isso, não ganham, intelectualmente, nada com o exercício porque já têm opositores ao seu nível, dispostos a negociarem a verdade científica na redoma esterilizada das academias. A Wikipédia é o local onde a base intelectualóide ou assumidamente não-intelectual imita esse processo de negociação. O resultado é mau? Não, não é. Porque não é definitivo. E o texto final, o artigo final, não deverá, nunca, ser o da Wikipédia. Os conteúdos da Wikipédia estão publicados em GFDL. O que significa que qualquer perito bem intencionado os pode ler, rever à sua maneira, e publicá-los, numa forma definitiva (ou, pelo menos, não vandalizável) onde bem entender, desde que mantenha o texto em GFDL. E pode, agora, perguntar: e por que razão é que um perito quererá sujar as mãos com os artigos da Wikipédia??? Simples. Porque no meio de tantos artigos maus, há (poucos, porque os contribuidores também são poucos) artigos que seriam muito bons e que assim seriam classificados até pelo José Pacheco Pereira se não estivessem publicados na Wikipédia e tivessem, em baixo, a assinatura de um cientista conceituado. E se não há... há-de chegar a altura em que haverá. Até lá, há muita coisa a fazer. Muito artigo a desenvolver, muita propaganda e contra-propaganda a eliminar, muita informação a verificar. Muita coisa a aprender. O facto de já termos artigos que são citados pelo Pacheco Pereira no Público já é um bom indício. Já temos maus artigos (como muitos que se espalham nos blogs e noutros sítios da Internet). Só falta torná-los bons - ou, pelo menos, aceitáveis.

Manuel Anastácio

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Continuo a seguir com interesse a sua discussão sobre a Wikipedia. Gostava de lhe poder transmitir um caso prático que mostra o poder da Wikipedia no desmantelar do que hoje dá poder às pessoas: a posse da informação.

Em 2006, trabalhei num hospital do SNS. Esses hospitais são pagos por acto médico em que no internamento se aplica o conceito dos Grupos de Diagnóstico Homogéneos (GDH). Basicamente neste sistema, os doentes são agrupados por patologias e por procedimentos que se consideram equivalentes em termos de consumo de recursos. O sistema de obtenção de um GDH de um determinado internamento é um pouco complexo de calcular e incluí variáveis como o tempo de internamento e os dignósticos e procedimentos realizados e codificados pelo ICD-9 que é uma norma internacional de classificação de doenças. Em Portugal, existem pessoas altamente qualificados em GDH nomedamente no IGIF que é um organismo do Ministério da Saúde. Era sempre complicado pedir informações mais técnicas sobre GDH ao IGIF. A informação era sempre muito agregada e com pouco possibilidade de ser auditada pelo hospital.

A Wikipedia em língua inglesa ajudou o hospital onde trabalhava a perceber melhor o funcionamento dos GDH. Por exemplo, basta consultar uma determinada patologia em inglês que aparece lá o GDH correspondente (CID 9 ou ICD 9 em português). Veja por exemplo a entrada sobre a septicemia.

Este foi o ponto de partida para a construção de um sistema de validação da informação recebida pelo IGIF. E tudo começou na Wikipedia e o hospital ficou mais autónomo do IGIF.

(Daniel Nunes)

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12.2.07


NUNCA É TARDE PARA APRENDER: OS LOUCOS QUE QUEREM SABER TUDO

http://www.beyondbooks.com/law81/images/00015895.jpgSimon Winchester, The Professor and the Madman, HarperCollins, 1998

Os autores de dicionários e enciclopédias tendem a enlouquecer com a tarefa. Esta é matéria que percebo muito bem, estando no ofício da referência. Cada entrada nova no meu dicionário-enciclopédia, a que dedico "o melhor dos meus dias", como se dizia antigamente, tem o hábito de se alargar por pelo menos mais três ou quatro entradas. Para cada entrada nova, parece haver mais dez à espreita. E quando se quer fichar tudo, registar tudo, o espaço por preencher tem tendência para aumentar à medida que campos e campos de palavras já enchem uma vastidão atrás. A regra é que atrás está sempre uma pequena vastidão e à frente uma gigantesca vastidão. Vejam lá como isto é pouco normal... Tudo isto exige um grão de loucura prévia, que tende a agravar-se.

Mas o caso do Dr. W. C. Minor, médico, militar, erudito, flautista, pintor de aguarelas e "lunático criminoso" vai um pouco mais longe. Os eruditos têm loucuras habitualmente mansas, mas o Dr. Minor estava internado perpetuamente porque um dia saiu à rua de pistola em punho e matou um desgraçado que lhe apareceu numa esquina, convencido que assim eliminava os seus "inimigos". Estes "inimigos" entravam-lhe à noite no quarto pelo soalho (mandou depois colocar um chão de zinco) ou pelos interstícios do telhado, pegavam nele e levavam-no para um qualquer bordel de Istambul, onde o obrigavam a praticar "actos imorais" com rapazes e raparigas. Noite, após noite, após noite. Já muitos anos depois de internado, o Dr. Minor resolveu castrar-se para ver se os seus "inimigos" o deixavam em paz. Não deixaram.

The image “http://www.vauxhallsociety.org.uk/Minor%20-%20OUP.jpg” cannot be displayed, because it contains errors.Pois este Dr. Minor, diagnosticado como tendo dementia praecox, agravada pelo traumatismo de ter assistido como médico militar a algumas selvajarias da Guerra Civil americana, preso num asilo inglês, durante décadas tornou-se o mais prolixo, preciso e rigoroso amador, entre os muitos que apoiavam a redacção de uma das mais gigantescas obras de erudição de sempre, o Oxford English Dictionary (OED). Durante anos, sem saber qual era a origem das ajudas preciosas que recebia - verbetes de palavras, apoiadas por citações quanto aos seus diferentes significados e primeiro uso conhecido por escrito - o outro doido, mas manso neste caso, o célebre editor do dicionário, James Murray, que se abalançou à tarefa de registar em papel uma língua, o inglês, cada vez tinha em maior consideração e utilidade as contribuições que recebia dum tal Dr. Minor que escrevia de Broadmoor. Mais tarde veio a descobrir que era um "lunático criminoso" que lhe enviava os verbetes cuidadosamente redigidos, apoiados em leituras de livros do século XVII e numa paixão pelas palavras sem paralelo. Murray encontrou em Minor alguém que percebia muito bem o objectivo do dicionário e se interessava não apenas pelos vocábulos raros e caídos em desuso, ou por regionalismos ignorados, como muito lexicógrafos amadores faziam, mas pelas palavras comuns e pelas finas gradações de significado que continham e que era suposto ficarem registadas nesse grande catálogo da língua.

Quando Murray veio a conhecer o Dr. Minor, uma história que correu mundo na época (primeira década do século XX) numa versão tablóide, tornou-se seu amigo e ajudou-o como pode a suportar melhor a sua doença e internamento. Ambos se correspondiam e durante vários anos, os contributos do Dr. Minor para o dicionário chegavam diariamente ao Scriptorium de Oxford onde uma equipa diligente ia arrumando em cacifos as muitas contribuições voluntárias que chegavam pelo correio de todo o lado. Mais de uma dezena de milhar de citações enviadas de Broadmoor pelo Dr. Minor fazem parte ainda hoje do OED .

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O OED teve como título inicial New English Dictionary on Historical Principles, Founded Mainly on the Materials Collected by the Philological Society, edited by James A.H.Murray LL.D. Sometime President of the Philological Society, with the Assistance of Many Scholars and Men of Science. Por aqui se vê o papel colectivo de muitas pessoas que voluntariamente contribuíram para o dicionário num processo que tem parecenças com a Wikipedia. A diferença essencial não estava na colaboração voluntária, mas na selecção e edição pela equipa de Murray e pelos lexicógrafos que trabalhavam no Scriptorium, dos materiais que recebiam. Estes eram cuidadosamente verificados através de uma hierarquia de responsáveis até chegar ao grupo final que redigia as entradas.

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http://www.whileseated.org/photo/img/sf/IMG_1290.jpg

O livro de Simon Winchester faz também referência ao OED enquanto obra maior da história da tipografia.

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Pois é... este livro é muito interessante. Por várias razões, aliás, sendo que a que mais me fascinou quando o li a paciência necessária para o monumental trabalho que foi desenvolvido quer na pesquisa quer na acreditação do vocabulário sicronica e diacronicamente. É um tipo de paciência que hoje já não temos: fazemos a busca na Net e não precisamos de esperar muito. Mas é pena. Porque era a paciência das grandes obras, trabalhadas ao pormenor... E ainda hoje o OED é uma fonte de referência insubstituível para quem trabalha com o inglês.

(M. João Afonso)

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2.2.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 2 de Fevereiro de 2007


Notícias da frente: Jimmy Wales fundador da Wikipedia fala do seu novo projecto Wikia. En passant, vendo esta pequena conferência, normalíssima, sem formalismos, dada numa aula de Evan Korth, num curso intitulado "Computer’s and Society" na NYU, percebe-se como funcionam as universidades americanas.

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10.1.07


LENDO
VENDO
OUVINDO

ÁTOMOS E BITS

de 10 de Janeiro de 2007


Para o debate sobre a Wikipedia (neste caso a versão francesa), no Republique des Livres:
C’est le principe de Wikipédia qui demeure toujours aussi discutable, cette idée bien dans l’air du temps que, au fond, tout le monde est encyclopédiste puisque tout le monde est déjà journaliste, cinéaste, critique d’art, critique littéraire, critique de cinéma, critique gastronomique, photographe etc. Voudrait-on nous faire croire que Wikipédia est à l’Universalis ou la Britannica ce que la démocratie d’opinion est à la démocratie représentative que l’on ne s’y prendrait pas autrement. On ne nous a pas encore fait le coup de “l’encyclopédie citoyenne” mais, au train où va la démagogie qui sous-tend cet état d’esprit, ça ne devrait pas tarder.
Depois apontam-se vários erros da Wikipedia, mesmo em artigos fundamentais como o artigo sobre Dreyfus e a sua utilização para autopromoção de determinados autores. A ler também os comentários, tão habituais quanto previsíveis.

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Remeto-o para este artigo em que o seu fundador, Jimmy Wales, afirma:

"(students) shouldn’t use it for class projects or serious research. (...) It’s good enough knowledge, depending on what your purpose is."

Pela sua natureza, a Wikipédia presta-se a matérias de cultura popular, e como esboço inicial em outras áreas. Se pretender saber mais sobre, por exemplo, The colbert report, ou sobre o Homer Simpson, em nenhuma outra fonte (enciclopédica) encontro mais informação sobre estes assuntos. Claro que deve ser sempre "tomada com uma pedra de sal". Ninguém deve aceitar como dogma o que lá surge. Mas o mesmo se aplica a todas as outras enciclopédias, seja qual for o assunto. Se há algum mérito neste debate, é o de expôr as fragilidades de fontes tradicionais (e mais reputadas). E, consequentemente, o de nos recordar da necessidade de manter espírito crítico sobre o que vemos, lemos e ouvimos, venha de onde vier.

(Hugo Carreira)

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Se os comentários são previsíveis pergunto-lhe se não acha que as criticas ao projecto Wikipedia também o são?

Por falar na Wikipedia parece que a vai ter de aturar pelo menos por mais um ano porque a campanha de angariação de fundos já vai em $940.000.

(Daniel Nunes)

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