ABRUPTO

6.1.11


ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)

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EARLY MORNING BLOGS

1941 - The Boston Evening Transcript

The readers of the Boston Evening Transcript
Sway in the wind like a field of ripe corn.
When evening quickens faintly in the street,
Wakening the appetites of life in some
And to others bringing the Boston Evening Transcript,
I mount the steps and ring the bell, turning
Wearily, as one would turn to nod good-bye to Rochefoucauld,
If the street were time and he at the end of the street,
And I say, "Cousin Harriet, here is the Boston Evening Transcript."

(T. S. Eliot)

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4.1.11


EARLY MORNING BLOGS

1940 - Picture-books in Winter

Summer fading, winter comes—
Frosty mornings, tingling thumbs
Window robins, winter rooks,
And the picture story-books.

Water now is turned to stone
Nurse and I can walk upon;
Still we find the flowing brooks
In the picture story-books.

All the pretty things put by,
Wait upon the children's eye,
Sheep and shepherds, trees and crooks,
In the picture story-books.

We may see how all things are,
Seas and cities, near and far,
And the flying fairies' looks,
In the pictyure story-books.

How am I to sing your praise,
Happy chimney-corner days,
Sitting safe in nursery nooks,
Reading picture story-books?

(Robert Louis Stevenson)

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3.1.11


O MUNDO DOS LIVROS (10)


Feira do Livro Anarquista, Lisboa, 2010.

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O MUNDO DOS LIVROS (9)


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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)
 
 
Ria de Aveiro, 2011 (José Carlos Santos).

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(NOT SO) EARLY MORNING BLOGS

1939

By this, he seemed to mean, not only that the most reliable and useful courage was that which arises from the fair estimation of the encountered peril, but that an utterly fearless man is a far more dangerous comrade than a coward.

(Herman Melville, Moby Dick)

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2.1.11


O MUNDO DOS LIVROS (8)


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COISAS DA SÁBADO: DE ONDE VIRÁ UMA CULTURA DA VIOLÊNCIA?

Uma cultura do “processo revolucionário em curso” de 1975 está a ressurgir com a crise social de 2007-10, alimentada pelo Bloco de Esquerda, pelo PCP (de forma mais moderada), pela fácil circulação do revanchismo e inveja social na Internet, pela demagogia de homens públicos, políticos e para-políticos, e pela necessidade de títulos dos jornais. Um igualitarismo de remediados, com expectativas insufladas e muitas dívidas para o consumo, com acesso aos media, está a tornar-se vocal e auto-congratulatório. Como de costume, não são os verdadeiramente pobres que assumem o discurso mais venenoso e mais “prec”, mas os radicais chic e a pequena burguesia enraivecida pela quebra de status que neles se revê.

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ESPÍRITO DO TEMPO: HOJE


Passagem do tempo por um banco do jardim de S. Amaro. (RM)
Igreja da Cartuxa (ana).
 Amadora (Cristina Baptista).

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EARLY MORNING BLOGS

1938

Whenever I find myself growing grim about the mouth; whenever it is a damp, drizzly November in my soul; whenever I find myself involuntarily pausing before coffin warehouses, and bringing up the rear of every funeral I meet; and especially whenever my hypos get such an upper hand of me, that it requires a strong moral principle to prevent me from deliberately stepping into the street, and methodically knocking people's hats off--then, I account it high time to get to sea as soon as I can.

(Herman Melville, Moby Dick)

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1.1.11


ESPÍRITO DO TEMPO: ONTEM E HOJE 


31.12.10, Costa de Caparica (Luiz Boavida Carvalho).


Entardecer em São Martinho do Porto (Vítor Xavier ).


 Última tarde de 2010, na Quinta do Campo, Fregim, Amarante (Helder Barros).

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COISAS DA SÁBADO: VAI HAVER VIOLÊNCIA COLECTIVA NAS RUAS?



Talvez. A doutrina estabelecida é que os “nossos costumes são brandos”, frase originária do mesmo autor que defendia os “safanões a tempo” para evitar males maiores. Ou seja de um defensor da violência in camera, para a poupar nas ruas, onde a visibilidade dos tumultos atentava contra a perfeição da ordem. Mas a verdade e que essa doutrina estabelecida não tem fundamento histórico. Os portugueses foram capazes das maiores violências, quer entre si, quer com os estrangeiros. E estão tanto no código genético da nação as violências descritas na Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, como as da guerra civil oitocentista em que nos matámos com grande vigor uns aos outros. Como já não temos identidade nacional para encontrar inimigos externos a não ser no futebol, tudo indica que o risco de violência será civil, interno, interior. Ou seja o pior dos riscos.

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O MUNDO DOS LIVROS (7)

Livraria Munro's, Victoria, Bristish Columbia, Canadá. (António João Correia)

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COISAS DA SÁBADO:
 


VAI CONTROLAR-SE O DEFICIT À PRIMEIRA?

Não. O actual governo é de uma total incompetência em controlar despesas de forma racional e programada, como se viu em 2009 e 2010. Como a gente é a mesma e não há milagres em matéria de competência, vamos continuar a ter o mesmo descalabro. Até um dia.

VAI CONTROLAR-SE O DEFICIT À SEGUNDA?

Talvez. No dia em que se perceber que é politicamente insustentável continuar a aumentar despesa, face ao novo Presidente, face a qualquer maioria parlamentar censória, face aos nossos controleiros de Bruxelas, face ao FMI, talvez, talvez, talvez, haja um tocar todos os sinos de alarme e ouvidos para os ouvir. A sobrevivência tem muita força, o desespero ainda mais. E se este governo é incapaz de fazer as coisas by the book, disso estou certo, pode ser capaz de as fazer disparando para todos os lados. Disso estou incerto.

COM QUE MEDIDAS?

Tudo o que venha à mão. Impostos, salários, pensões, investimentos, subsídios, despesas correntes, necessárias ou não, podem vir a levar um outro valente safanão lá para meio do ano maldito. Talvez disso seja capaz o actual governo. Relembro: a sobrevivência tem muita força, o desespero ainda mais.

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O MUNDO DOS LIVROS (6)


Lucy Parsons Center "an independent radical bookstore", Boston, EUA.

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EARLY MORNING BLOGS

1937

Ahab turned.


“Starbuck!”


“Sir.”


“Oh, Starbuck! it is a mild, mild wind, and a mild looking sky. On such a day—very much such a sweetness as this—I struck my first whale—a boy-harpooneer of eighteen! Forty—forty—forty years ago!—ago! Forty years of continual whaling! forty years of privation, and peril, and storm-time! forty years on the pitiless sea! for forty years has Ahab forsaken the peaceful land, for forty years to make war on the horrors of the deep! Aye and yes, Starbuck, out of those forty years I have not spent three ashore. When I think of this life I have led; the desolation of solitude it has been; the masoned, walled-town of a Captain’s exclusiveness, which admits but small entrance to any sympathy from the green country without—oh, weariness! heaviness! Guinea-coast slavery of solitary command!—when I think of all this; only half-suspected, not so keenly known to me before—and how for forty years I have fed upon dry salted fare—fit emblem of the dry nourishment of my soul!—when the poorest landsman has had fresh fruit to his daily hand, and broken the world’s fresh bread to my mouldy crusts—away, whole oceans away, from that young girl-wife I wedded past fifty, and sailed for Cape Horn the next day, leaving but one dent in my marriage pillow—wife? wife?—rather a widow with her husband alive? Aye, I widowed that poor girl when I married her, Starbuck; and then, the madness, the frenzy, the boiling blood and the smoking brow, with which, for a thousand lowerings old Ahab has furiously, foamingly chased his prey—more a demon than a man!—aye, aye! what a forty years’ fool—fool—old fool, has old Ahab been! Why this strife of the chase? why weary, and palsy the arm at the oar, and the iron, and the lance? how the richer or better is Ahab now? Behold. Oh, Starbuck! is it not hard, that with this weary load I bear, one poor leg should have been snatched from under me? Here, brush this old hair aside; it blinds me, that I seem to weep. Locks so grey did never grow but from out some ashes! But do I look very old, so very, very old, Starbuck? I feel deadly faint, bowed, and humped, as though I were Adam, staggering beneath the piled centuries since Paradise. God! God! God!—crack my heart!—stave my brain!—mockery! mockery! bitter, biting mockery of grey hairs, have I lived enough joy to wear ye; and seem and feel thus intolerably old? Close! stand close to me, Starbuck; let me look into a human eye; it is better than to gaze into sea or sky; better than to gaze upon God. By the green land; by the bright hearthstone! this is the magic glass, man; I see my wife and my child in thine eye. No, no; stay on board, on board!—lower not when I do; when branded Ahab gives chase to Moby Dick. That hazard shall not be thine. No, no! not with the far away home I see in that eye!”

(Herman Melville, Moby Dick)

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© José Pacheco Pereira
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