ABRUPTO |
![]() semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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18.2.08
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NUNCA É TARDE PARA APRENDER: A GUERRA DO IRAQUE COMO OPERAÇÃO MILITAR (3)
![]() Aliás, conforme revela o livro, também os comandantes iraquianos estavam convencidos de que essas armas existiam e quando, em vésperas do conflito, Saddam os informou da sua inexistência, uns ficaram surpreendidos, outros continuaram a achar que ele as tinha escondidas, provavelmente sob comando de um pequeno grupo de fiéis dirigido pelos seus filhos, Uday e Qusay. No "Cobra II" não só o próprio desenvolvimento das operações tinha em conta a possibilidade de um ataque com armamento não convencional, como havia o convencimento que, à medida que as tropas dos EUA se aproximassem da linha "vermelha", inscrita no plano de defesa iraquiano, à volta de Bagdad, Saddam utilizaria esse armamento como último recurso. Os americanos tinham obtido, através de uma fonte iraquiana da CIA, esse plano de círculos concêntricos de linhas defensivas, uma das quais estava a vermelho. A interpretação do plano era errada, mas, em nenhum momento antes do conflito fora posta em causa a existência de tais armas pelos militares dos EUA, que se prepararam com cuidado para a hipótese de serem atacados com esse armamento pelos iraquianos. (Uma discussão sobre a interpretação da "linha vermelha" encontra-se no Anexo G (Chemical Warfare and the Defense of Baghdad) em DCI Special Advisor Report on Iraq's WMD, o relatório da CIA que analisa os erros cometidos na avaliação das armas de destruição massiva iraquianas.)(Continua) Etiquetas: Iraque (url)
© José Pacheco Pereira
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