ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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9.11.07
UMA CARTA DE ANTÓNIO CUNHA VAZ A carta, que recebi, no endereço do Abrupto, de António Cunha Vaz (para quem não saiba responsável pela agência de comunicação ligada à campanha de Luis Filipe Menezes) poderia ser perfeitamente devolvida ao remetente, em particular num blogue que tenta seguir critérios de direito de resposta ainda mais rigorosos do que os habituais nos órgãos de comunicação social e que evita uma linguagem e um tom de má educação e baixo nível. Não se percebe a que responde ou a quem Cunha Vaz responde (ou melhor percebe-se bem demais), e tem um tom pessoalmente insultuoso e ad hominem que por si só a levaria a seguir para o lixo. Mas, mesmo assim, vou publicá-la integralmente porque me parece muito significativa e, pelo seu estilo, se percebe a autoria de uma das campanhas eleitorais mais degradadas, agressivas, insultuosas, que jamais se viu em Portugal: a campanha eleitoral interna no PSD. Se há coisa em que houve unanimidade na comunicação social foi em caracterizar essa campanha e ninguém duvida que o principal responsável pelo tom utilizado foi Menezes, cliente da Cunha Vaz & Associados . Se tivesse mantido um dever de reserva e não falasse demais, atribuindo-se na primeira pessoa atitudes do seu cliente (e tudo a que me referi vem na imprensa sem qualquer desmentido até agora), talvez Cunha Vaz não se tivesse exposto às notícias sobre a sua agência que, não é difícil presumir, lhe criam dificuldades quer com o cliente, quer com a opinião pública, quer com o mercado. Mesmo a minha "imensa ignorância" não me impede de perceber a razão porque escreveu esta carta. De uma coisa pode estar certo António Cunha Vaz, não terei "tento na língua, na pena e no teclado". Em mim não colhem quaisquer ameaças de donos de agências de comunicação por muitas malfeitorias que eles possam fazer. Continuo a achar que não se deve substituir a política por técnicas de comunicação, nem as Comissões Políticas por agências de comunicação. Mas esta crítica é aos políticos e não às agências. Ele pode não perceber as diferenças, mas percebe que lhe afecta o mercado. Percebo bem as suas dores, porque tendo exprimido várias vezes a sua admiração política pelo cliente que ajudou a ganhar, presumo que o deve ter apoiado graciosamente. Espero para ver as contas da campanha, visto que Luiz Filipe Menezes ainda não cumpriu a promessa que fez numa conferência de imprensa de divulgar as suas contas, nem cumpriu até hoje aquilo a que se comprometeu numa carta ao PGR em que se "comprometia «a adequar-se ao escrupuloso cumprimento da lei, no que tange à recolha e conservação dos fundos recebidos e sua afectação ao fim da campanha eleitoral em curso no PSD». Desta forma, (...) a sua candidatura irá nomear uma comissão especial, constituída por três membros, e que será responsável pela recolha dos fundos e sua afectação ao fim anunciado. Além disso, será especificamente constituída para o efeito uma conta bancária, «onde são depositadas as respectivas receitas e movimentadas todas as despesas relativas à campanha». Será ainda designada «uma entidade especialmente responsável pela elaboração das contas de campanha, de acordo com os princípios do Plano Oficial de Contas, que deverá ser um revisor oficial de contas ou uma sociedade de revisores oficiais de contas». (Diário Digital)Espero pois para ver. Antes disso, antes de saber quanto custou tanta dedicação, não voltarei ao assunto. * Aqui vai a carta de António Cunha Vaz na íntegra: Senhor Dr. José Pacheco Pereira, Etiquetas: Agências de comunicação, PSD (url)
© José Pacheco Pereira
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