ABRUPTO

28.9.07


DIÁRIO DA CRISE NO PSD ESCRITO EM RONGORONGO (35)


Uma vitória teve Menezes: foi ele que definiu o tom da campanha. A campanha foi o que Menezes desejava que fosse. Aliás uma lição desta campanha é que num confronto entre dois candidatos (seria diferente com três candidatos equilibrados) o que assume o tom mais agressivo, impõe as regras da campanha e não há nada a fazer. Esse tom agressivo condiciona o tratamento comunicacional, e o outro candidato não pode escapar.

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A opção por nem os Estatutos, nem o Regulamento, considerarem a hipótese de uma segunda volta caso nenhum dos candidatos obtivesse 50 % dos votos visa claramente dificultar a existência de uma terceira candidatura. O candidato C seria logo apontado como divisor do campo dos “bons” podendo com isso dar a vitória ao Candidatos B, o candidato dos “maus”

O elevado número de subscrições necessárias para se ser candidato dificulta também a entrada de quem é outsider à máquina do partido. Quem se candidata só o consegue ser ficando refém da máquina.

Se as quotas não contassem para as votações e um militante com dois anos de quotas por pagar fosse riscado automaticamente dos ficheiros se nos quinze dias após da carta de aviso as não regularizasse, não só evitava este imbróglio das quotas como assim se fazia a actualização automática dos Ficheiros do PSD sem se ter que recorrer a complexas refiliações e se acabavam com os sindicatos de voto. (Só as eleições despertam este bom sentimento de pagar quotas a terceiros)

(António Alvim)

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