ABRUPTO

6.4.07


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ÁTOMOS E BITS

de 6 de Abril de 2007


Quem não quer que haja referendo sobre a chamada Constituição Europeia não quer democracia na União Europeia. Tão simples e tão grave como isto. Parece, a julgar pelo Expresso, ser o caso de Durão Barroso que está a pressionar o governo para romper com o compromisso referendário do PS e do PSD. Esta atitude é tanto mais grave quanto sem referendo não haverá debate, e mesmo com referendo será um debate viciado pela desproporção de meios. Este "método" é impensável depois do que aconteceu em França e na Holanda, e iria acontecer de certeza noutros sítios. Nem sequer será eficaz, porque como receita para pressionar os países desfavoráveis à Constituição com truques para alargar o número dos que a aceitam, dará como resultado uma União Europeia dividida como nunca aconteceu.

Se querem "fazer a Europa" por tratados entre governos, podem fazê-lo, mas depois não se queixem se o anti-europeísmo deitar fora o menino com a água do banho. Deste modo, os cidadãos sentem-se ainda mais marginais num processo de engenharia política que culparão de todos os males, até porque os afasta de qualquer intervenção. Este é só um dos maus sinais que se adensam à volta da Presidência portuguesa.

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© José Pacheco Pereira
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