ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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5.1.13
OS CONVIDADOS DA MESA DE NATAL DOS PORTUGUESES
O discurso do "economês", que é hoje uma parte
importante do discurso do poder, é uma espécie de marxismo pobre e
rudimentar, que acredita a seu modo que a "infraestrutura" condiciona a
"superestrutura", ou seja, que é a "economia" que determina a
"política". Marx ainda falava da "acção recíproca" e, quando teve que
defrontar a questão da arte e da literatura, ainda abriu caminho a uma
autonomia complexa da "superestrutura", mas isso é muito complicado para
mentes simples educadas por manuais escolares que estavam igualmente
impregnados deste marxismo vulgar. Depois, com as modas mediáticas e os
blogues, este marxismo vulgar virou uma vulgata liberal com muita
facilidade.
Vai tudo com muitas aspas, porque a "economia" é aqui
sinónimo de meia dúzia de ideias simples sobre as empresas, mais
preconceitos do que ideias, e a "política" é uma gestão técnica
condicionada pela "economia" que gere rendimentos, subsídios, impostos,
gastos e poupanças, e cujo valor é "libertar" a "economia" das suas
baias na Constituição, nas leis, nos sindicatos, nos "direitos
adquiridos", nas "ideias antiquadas", no "Portugal do passado" que
precisa de ser desmantelado por um "projecto de futuro" com ajuda de
muita "coragem" autoproclamada e do memorando salvífico da troika.
Parece um programa de uma "jota", e é um programa de uma "jota": ideias
feitas, retórica grandiloquente, palavras cheias de "projecto
geracional", de "Portugal de futuro", de "amanhãs que cantam" em versão
reaccionária. A isto soma-se alguma presunção adâmica e um milenarismo
profético - "estamos a mudar Portugal" - que, se tudo não estivesse já
tão gasto e mole, mataria de ridículo quem o enunciasse.
Não se
pode pois esperar destas pessoas que saiam do conforto das suas
abstracções escolares e juvenis, para o mundo que não cabe num qualquer
"trabalho de casa". É por isso que o marxismo vulgar, que, sem saberem,
lhes molda o pensamento, os faz falar da crise e da pobreza de forma
meramente "infraestrutural": pobreza é fome, é não ter casa, é dormir na
rua, é tudo aquilo que exige assistência. A pobreza para eles é apenas
grande escassez material e remete para um universo assistencialista, com
imagens de sopa dos pobres modernizadas, de IPSS que dão pão, roupa e
cobertores, da benemerência severa e moralizadora do Estado apenas para
os "mais pobres e necessitados". Tudo o resto é perdulário.
Saliente-se
que esta forma de ver a pobreza não é muito diferente da que aparece
nas reportagens televisivas, porque o universo de experiência e
mentalidade de muitos políticos não difere do dos jornalistas. Andaram
30 anos sem ver um pobre, e agora que se fala deles procuram-no com a
força do estereótipo. Um pobre, acham eles, é pouco mais do que um
mendigo que não pede, mas que se pode perceber pelo modo, tom, face,
roupa, que é pobre. Depois há todo um conjunto de reportagens sobre a
"pobreza envergonhada", mas elas são casuísticas e por definição feitas
com quem não "se envergonha" da sua pobreza. Na pobreza procuram o
espectáculo mediático, nada mais.
Estes pobres do estereótipo
aliam a sua pobreza a serem humildes e amochados: não protestam,
agradecem. Os pobres que aparecem no imaginário discursivo dos políticos
e de jornalistas nunca são os pobres perigosos, não vivem em Setúbal,
nem no Cerco do Porto, porque nesses a condição de perigosos oculta a de
pobres e estão incluídos numa categoria particular, a dos que não
querem trabalhar, ou que são subsídio-dependentes, ou drogados e
traficantes, mais as suas famílias, ou que são grupos criminosos oriundo
de minorias de que não se pode falar, como os ciganos ou os negros dos
subúrbios. Não é que não haja alguma verdade nestas caraterizações, mas
elas são mais um ecrã de ocultação do que um conhecimento da realidade.
O
marxismo vulgar e rudimentar desta visão da pobreza encontra-se na sua
descrição assente apenas nos sinais de miséria evidente, acantonando a
pobreza em segmentos da população que de há muito vivem na miséria, por
causas anteriores à crise actual. Estes pobres, muitos e demais, mas
mesmo assim poucos no balanço geral dos dias de hoje, são usados para
ocultar os que estão a empobrecer, os "novos pobres", quer porque só
agora é que são pobres, ou porque são pobres de maneira diferente. Uma
imagem excessiva da pobreza, dos que nada têm, serve para evitar falar
do empobrecimento, dos que, para o poder, têm apenas "problemas" a que
"sobreviverão". O Governo cuida dos primeiros, os outros que "aguentem".
Ora,
é o empobrecimento que caracteriza os tempos de hoje, é o
empobrecimento o principal efeito social da crise, e, para o perceber,
não serve a visão dos que já estão na miséria, até porque não é entre
eles que a crise faz mais estragos. É que os que já estavam na pobreza e
na miséria não são os mais atingidos pela crise, mas os que tinham dela
escapada nas últimas décadas. O Governo e o discurso do poder usa os
muito pobres e alguma protecção que têm tido face à crise como sinal de
justiça social, ao mesmo tempo que ignora, fecha os olhos, não faz nada,
e fustiga com o moralismo do "viver acima das suas posses" os que estão
a empobrecer. Fá-lo de uma maneira perversa, colocando muito abaixo a
fasquia dos que para o discurso governamental são "quase ricos", ou
seja, um alvo de "ajustamento".
O desdém pela "classe média" vem
deste moralismo punitivo sobre os portugueses que melhoraram a sua
condição desde o 25 de Abril, fossem operários ou filhos de operários,
camponeses ou filhos de camponeses, comerciantes ou filhos de
comerciantes, funcionários ou filhos de funcionários. Muitos fizeram uns
cursos que não valem nada para serem doutores, mas pela primeira vez na
esmagadora maioria das famílias portugueses havia estudantes
universitários, muitos foram à República Dominicana ou a Cuba em
programas de férias baratas, fazer patetices a crédito, muitos compraram
sofás e plasmas e vários telemóveis, mas, tiremos o folclore, o kitsch do gosto, e o que fica é uma real melhoria da vida de muitos portugueses.
O ataque à classe média é um remake do ódio à "burguesia", quer na versão esquerdista, quer na visão direitista, a que tinha, por exemplo, O Independente, que
adorava a "velha riqueza" e escarnecia dos que tinham "peúgas brancas",
ou, como Macário Correia, tinham pais pobres e isso "via-se". Como
sempre acontece, os melhores intérpretes desta sanha são eles próprios
típicos membros e representantes dos grupos que escarnecem, falsos
senhoritos com pretensões monárquicas, pequeno-burgueses que acham que,
como falam o telefone com Ricardo Salgado, estão noutro escalão social,
gente que gostava mesmo de ir a Marbella, mas hoje faz de conta que
nunca fez nada disso. Os caminhos do Senhor são de facto tortuosos.
A
mensagem do "Pedro e da Laura" no Facebook, um casal que resolveu
falar-nos no Natal com uma proximidade forçada que incomoda, é um
exemplo típico deste marxismo vulgar da "infraestrutura". A pobreza é
não ter "na Consoada os pratos que se habituaram", em vez de não ter
emprego; é "não poderem dar aos filhos um simples presente", em vez de
estarem deprimidos por terem que em Janeiro despedir os seus empregados
amigos de sempre; é "não conseguiram ter a família toda à mesa", em vez
de terem vergonha por não poderem pagar o que devem.
A todos eles
o "Pedro e a Laura" aconselham que não tenham "pesar", por estarem
falidos, ou desempregados, ou endividados, ou terem perdido a casa, ou
não terem dinheiro para a renda, ou terem que dizer ao filho que não há
dinheiro para continuar a estudar, ou que já não podem mais ajudar os
pais reformados, ou por estarem tão zangados com a vida que todos à
volta pagam um preço elevado em violência verbal e não só. O "Pedro e a
Laura" pedem-lhes para terem "orgulho" na sua nova condição de pobres
sem futuro e destino, porque, ao tirarem os filhos da escola, ao
perderem o emprego, ao caírem na condição de párias sociais, porque não
podem pagar ao fisco, ao perderem todos os seus bens, estão a garantir
"que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor".
Não,
"Pedro e Laura", na mesa de Natal de muitos portugueses o que preocupa
não é a falta de rabanadas, nem brinquedos, nem pessoas, mas sim o facto
de lá estar sentado o medo, a indignidade, a vergonha e o desespero,
coisas que não vêm em estatística nenhuma. E isso não garante futuro
nenhum que valha a pena viver, nem aos pais, nem aos filhos, nem aos
netos.
(Versão do Público de 29 de Dezembro de 2012.)
(url)
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2291 - Pantoum Of The Great Depression
Our lives avoided tragedy (Donald Justice) (url) 4.1.13
O ano de 2013 vai ser o ano da viragem que dará razão ao Governo e às folhas de Excel. No fundo, sabemos todos que a Microsoft não teria um software tão famoso, se ele não funcionasse. Ao lado do Excel, as previsões da oposição são feitas com as cartas do Tarot e vendo os programas da Maya.
Dizem que as coisas estão muito mal, mas não estão tão mal como isso. Vejam os manifestantes do 15 de Setembro. São contra o governo? Não, foram contra a TSU, um “erro de comunicação” identificado pelo professor Marcelo e rapidamente corrigido. Para além disso, os mesmos manifestantes são contra as greves e contra os funcionários públicos. Estão os pobres urbanos a favor da revolução? Enganam-se, já os viram a falar contra a greve dos transportes quando as televisões os procuram nas estações? Por eles, acabava o direito á greve já amanhã, juntando-se a Ferraz da Costa numa diatribe sobre o excesso de indisciplina nas empresas públicas e a libertinagem permitida pela Constituição. O Salazar é que os punha na ordem.
Estão os jovens indignados? Estão, estão, contra aqueles que por tornarem “rígido” o “mercado do emprego”, ocupam os empregos enquanto eles são “precários”. Vejam lá se eles vão às manifestações da CGTP? Não vão, porque eles leem blogues, e sabem que os sindicalistas querem continuar a ser “sanguessugas” dos nossos impostos, a ganhar sem trabalhar. Para além disso, os jovens sabem muito bem que o estado não vai garantir-lhes as reformas no futuro e, por isso, para que é que têm que estar a pagar hoje as reformas milionárias acima dos 1300 euros? Os velhos que se cuidem, porque estão a prejudicar os mais novos, como disse o senhor Primeiro-ministro aos jovens da JSD, cheios de confiança nos seus “projectos de futuro” e de carreira. No fundo, sabem que são os “seus” que estão no poder.
Há gente zangada nos restaurantes, nos professores, nos trabalhadores das diversões, nos polícias, nos médicos, nas forças armadas? Não se iludam, são apenas grupos corporativos que estão a perder os privilégios que tinham e a ter que pagar impostos que nunca pagaram. Aliás, são os poderosos que mais estão contra este governo. É o lóbi dos restaurantes que não quer passar facturas, todos representantes de um sector sem interesse para a economia exportadora que queremos construir. Militares? Isso são os restos do PREC e um anacronismo que é preciso corrigir. Já acabamos com o Serviço Militar Obrigatório, agora para que é que são precisas as forças armadas a não ser como uma polícia “pesada” anti-motim? São como os juízes do Tribunal Constitucional, um grupo que julga em causa própria, para defender as suas chorudas reformas, mesmo que para isso tenha que matar a economia. Aliás os verdadeiros inimigos do governo são gente sem valor que se habituou toda a vida a viver do estado e que está apenas a defender a sua reforma atacando vilmente este corajoso governo. Não é Bagão Félix?
Falam contra os bancos e acusam o governo de lhes dar tudo o que pode? Esquerdismo à Louçã, porque a saúde do sistema financeiro é fundamental para a nossa economia e os bancos fazem a sua parte. Há quem coloque o dinheiro no estrangeiro e em offshores? É apenas a natural expressão do receio que tiveram com a bancarrota de Sócrates, a quem apoiaram apenas por engano. No fundo estão a comportar-se racionalmente como deve fazer o grande capital. E a verdade é que, à medida que os seus nomes aparecem no “Monte Branco”, portam-se como devem e pagam os seus impostos. Não é muito, mas eles percebem bem como este governo está ao serviço dos “interesses da economia”, que são também os seus. Tudo gente patriótica.
Só uns intriguistas é que podem dizer que o governo não cumpre contractos com os trabalhadores, ao mesmo tempo que é mole com os offshores e respeitador dos contratos blindados das PPPs. É verdade que muitos dos seus autores, - da blindagem,- estão no governo ou trabalham para o governo nas grandes firmas de advogados e consultadoria, mas isso é porque são competentes e confiáveis. Foram-no antes e são-no hoje. O que é que queriam, que o governo os colocasse á margem, com tudo o que eles sabem e podem? Intrigas e inveja.
2013 vai ser o ano do pensamento positivo, vai mostrar que o optimismo é a melhor atitude a ter na vida. Há crise, sim senhor, mas nós aguentamos. Os portugueses no meio de grandes dificuldades em ajustar-se vão cortar no supérfluo, deixar de comer bifes, lavar só metade dos dentes, e ir ao hospital quando já estão de maca. No fim, vamos chegar vivos. Vamos aguentar. Vamos continuara a dar mostras de civismo e das qualidades de paciência que tornaram o “bom povo português” um exemplo que a Europa segue com carinho e inveja.
Na Europa, também tudo está mudar. O país e Vítor Gaspar tem um prestígio incalculável, que é o melhor asset para Portugal. Ele é a Merkel, o Schauble, o Draghi, o Trichet a debitarem elogios e a aprenderem muito connosco. Não cumprir o défice deixou de ser muito importante. Vamos fazer duas ou três emissões com sucesso em 2013, pequenas, a vários prazos, prudentes, e depois os alemães vão colocar-nos a mão por baixo e defender-nos dos mercados, porque com esse sucesso, já podemos ser apoiados pelo BCE. Foi o que nos prometeram, para podermos apresentar a saída da troika como um grande trunfo político. Esperemos que resulte. O resto não interessa, mesmo que isto não seja bem voltar aos mercados, mas só a cabeça negra da oposição dirá isso. E não me venham com tretas sobre a sustentabilidade, porque sustentáveis só temos que ser até ao “que se lixem as eleições”. Depois a culpa passa outra vez para o PS.
Com a saída da troika o governo pode aparecer aos olhos dos eleitores como tendo cumprido o memorando “que outros assinaram”, e, retomado a “soberania” nacional, que “outros perderam”. É verdade que continuamos a ser obrigados a fazer a mesma política mesmo sem a troika, mas deixam-nos uma pequena folga para haver eleições sem ser em estado de calamidade. A troika zela pelos seus e o Pacto Orçamental está lá sempre para por na ordem as tentações keynesianas. Para além disso, como disse Passos Coelho, os números vão ser ter baixos que alguma vez têm que subir.
Vamos continuar a confiar nos dois partidos corajosos que nos vão retirar da bancarrota para onde nos atirou o Sócrates. Vejam a inteligência de Portas, a teimosia convicção de Passos Coelho, a tenacidade de Relvas contra a campanha miserável que lhe fazem, o saber profundo de Vítor Gaspar, a lealdade daqueles deputados que, contra ventos e marés, votam tudo o que é preciso, a fidelidade quase canina dos propagandistas, bloguistas amigos, também assessores, também a trabalhar com os gabinetes nas agências de comunicação e imagem, um serviço muito importante para não haver “falhas de comunicação”. E se as há, é porque não contratam os serviços que deviam, os especialistas nessa arte de “persuasão” que as almas danadas da oposição chamam de manipulação.
Eles sim são homens de princípios. E se estão surpreendidos pelo “canino” na fidelidade, é porque desprezam o melhor amigo do homem, ali, a dar a dar, e que ladra e morde quando é preciso. Fazem-nos muita falta neste tempo de crise, em que, aparentemente solitários, os homens que nos governam, têm consigo a maioria silenciosa dos melhores portugueses e os seus cães. Pensamento positivo, que o pior já passou.
MAS, HÁ UM PEQUENO PROBLEMA…
É que não acredito numa linha do que está escrito antes. (url) (url) 2.1.13
(NOT SO) EARLY MORNING BLOGS
2289 -Mnemosyne
It 's autumn in the country I remember.
How warm a wind blew here about the ways! And shadows on the hillside lay to slumber During the long sun-sweetened summer-days. It's cold abroad the country I remember. The swallows veering skimmed the golden grain At midday with a wing aslant and limber; And yellow cattle browsed upon the plain. It 's empty down the country I remember. I had a sister lovely in my sight: Her hair was dark, her eyes were very sombre; We sang together in the woods at night. It 's lonely in the country I remember. The babble of our children fills my ears, And on our hearth I stare the perished ember To flames that show all starry thro' my tears. It 's dark about the country I remember. There are the mountains where I lived. The path Is slushed with cattle-tracks and fallen timber, The stumps are twisted by the tempests' wrath. But that I knew these places are my own, I 'd ask how came such wretchedness to cumber The earth, and I to people it alone. It rains across the country I remember.
(Trumbull Stickney)
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EARLY MORNING BLOGS
2288 - The Years Awakening
How do you know that the pilgrim track Along the belting zodiac Swept by the sun in his seeming rounds Is traced by now to the Fishes’ bounds And into the Ram, when weeks of cloud Have wrapt the sky in a clammy shroud, And never as yet a tinct of spring Has shown in the Earth’s apparelling; O vespering bird, how do you know, How do you know? How do you know, deep underground, Hid in your bed from sight and sound, Without a turn in temperature, With weather life can scarce endure, That light has won a fraction’s strength, And day put on some moments’ length, Whereof in merest rote will come, Weeks hence, mild airs that do not numb; O crocus root, how do you know, How do you know?
(Thomas Hardy)
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(url) 30.12.12
HOJE DE NOVO
MANIFESTAÇÕES em directo
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© José Pacheco Pereira
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