ABRUPTO

30.6.12


FUJAM DAS MEDIDAS GRÁTIS OU BARATAS 

Uma das coisas de que se deve fugir a sete pés é a tendência dos governantes para tomarem medidas grátis ou baratas quando não há dinheiro para fazer qualquer outra coisa. É infelizmente uma prática habitual nos ministérios mais apertados pelas restrições financeiras e destinam-se a mostrar que o Ministro existe mesmo, e não é um fantasma que vagueia pelas salas. Há assim duas políticas: as reais, que são os cortes, e a fictícia que são as medidas grátis e baratas. Em áreas como a cultura, a educação e a justiça, está-se cada vez mais neste terreno perigoso do fictício. 

Infelizmente os resultados desta prática são conhecidos: ou se estraga o que está a funcionar bem em nome de qualquer melhoria utópica, ou acaba por se gastar muito mais dinheiro com aquilo que aparentemente se apresentava como sendo grátis ou a “custo zero” como agora se diz. Nem que seja pela instabilidade legislativa, as coisas ficam piores. E depois ficam piores porque estas medidas tendem a ser desgarradas e não coerentes e sem mudar o edifício, enfraquecem-no. De um modo geral reforça-se o intervencionismo do estado, e diminui-se a liberdade das pessoas e da economia. Há excepções, mas esta é a regra.

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© José Pacheco Pereira
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