ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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8.1.12
A ISTO CHAMA-SE DESPREZO, FALTA DE RESPEITO E ABUSO DE POSIÇÃO DOMINANTE
É fácil de compreender que a família destinatária desta carta é pobre e com a pobreza vem um natural afastamento do mundo da linguagem legal, dos advogados, da burocracia complexa. É fácil de compreender que quem recebe esta carta fica pelo menos perplexo com o "legalês", aliás confuso e mal escrito, e naturalmente receosa de perder alguma coisa. A carta significa pelo menos uma deslocação, e tempo de trabalho, o que custa dinheiro e é, como se percebe, inútil. É fácil de compreender que esta carta é um mero pró-forma destinado a explicar ás pessoas que vão receber menos e que, se quiserem entrar numa via crucis legal, podem fazê-lo, se tiverem os conhecimentos e o dinheiro necessário, ou seja exactamente o que o estado deve saber que eles não têm.
Esta carta é um insulto e um truque para as pessoas comuns e um exemplo da arrogância brutal do estado com os mais pobres e que pior se movem nos meandros da burocracia.
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© José Pacheco Pereira
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