| ABRUPTO | 
   
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________ 
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       30.1.12 
    
    
ÍNDICE DO SITUACIONISMO (144):   
GUERRAS 
A questão do situacionismo não é de conspiração, é de respiração. 
E, nalguns casos, de respiração assistida. 
Nas guerras da informação e da contra-informação, a regra básica é fazer parecer aquilo que não é. Há muitos especialistas nesta arte por aí empregados para a exercerem.  
A notícia do Público sobre os "cavaquistas" é um típico exemplo. Primeiro, discordo em absoluto que os jornais publiquem meras opiniões políticas com base no anonimato das fontes. O anonimato só se justifica por outro tipo de razões, muito mais sérias, e não por covardia do opinador. Claro que tais comportamentos só existem porque o nosso jornalismo político os consente.  Segundo, gostaria que esses "cavaquistas", se existem,  dessem a cara para eu saber se é um ou são muitos, se merecem a designação de "cavaquistas" ou é apenas uma classificação de conveniência destinada a dar um envelope sensacionalista à notícia. Terceiro, para defesa do jornal, a classificação de "cavaquistas" é jornalisticamente inaceitável a não ser que saibamos a resposta à pergunta anterior: é um, são muitos, podem falar em nome de Cavaco, são seus próximos, etc. Quarto, a notícia seguiu com um isco, a de que se trataria de uma manobra destinada a desviar as atenções da gaffe presidencial, e houve quem mordesse o isco com todo o esplendor. Notícias com isco interpretativo, ainda por cima tão rudimentar, são para desconfiar.   
Mas é como isto está. Nas mãos de especialistas que seguem o moto salazarista de que o que parece é. Com sucesso. 
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  © José Pacheco Pereira  
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