ABRUPTO

5.10.10


MAIS NOTAS SOBRE OS DIAS DE LIXO (4)


Sócrates no Parlamento atinge uma espécie de paroxismo da pior política. O país está na crise que está e ele mostra-se apenas disposto à politiquice. Recusa-se sempre a responder a qualquer pergunta, - como aconteceu quando perguntado sobre o que é que correra mal para depois do PEC2 ter sido necessário um PEC3 -, e quando o interlocutor está a confrontá-lo com algo que não lhe convém gasta, logo que pode, todo o seu tempo com auto proclamações elogiosas para poder ter o pretexto da falta de tempo. Quando vê uma oportunidade para fugir de uma questão disparando sobre os seus adversários, mesmo quando os temas e a gravitas da situação exigem outra atitude, agarra-se a qualquer trivialidade ou mesmo a coisas sérias, sem dignidade e sentido de Estado. É o "animal feroz" da irrelevância, no que é apoiado por uma comunicação social que gosta é destas coisas. Veja-se como se agarrou ao submarino para fugir de explicações sobre a execução orçamental, ao melhor estilo do Bloco de Esquerda. Para quem tenha um mínimo de sentido patriótico e sofra pela miséria em que o país está, este comportamento incomoda. Ele não tem vergonha, temos nós por ele.

(Continua.)

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© José Pacheco Pereira
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