ABRUPTO |
![]() semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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30.10.10
![]() COISAS DA SÁBADO: ATENÇÃO AOS FACTORES POLÍTICOS DA CRISE ![]() Isto para dizer que para haver a mudança necessária ela tem que passar pelo voto e o voto não se move pela noção de custo-benefício económica, mas sim pela percepção do custo-benefício social para o eleitor. Em condições de normalidade os partidos políticos representariam as diferentes percepções desse custo-benefício social, que não é a mesma para os eleitores do PCP e do BE ou do CDS e, mesmo que seja a mesma para os eleitores do PS e do PSD, há muitos factores de diferenciação, mesmo sociais, entre os partidos que vão buscar votos ao centro. Mas hoje essa relação entre políticos-partidos-eleitores está muito deteriorada e isso ainda torna mais difícil manter a racionalidade democrática do voto. Por várias razões, que vão desde a degradação dos partidos e dos políticos, até a bloqueios institucionais inscritos na Constituição e na legislação eleitoral, ao surto de demagogia e populismo que vivemos, o sistema político está disfuncional e ameaça manter-se disfuncional por muitos anos. Ou seja, a crise da política democrática impede a estabilização de um terreno em que a racionalidade económica funcione sem ser pelos diktats do estrangeiro. Isto significa que a crise política pode agravar significativamente o tempo necessário para se tomarem as medidas devidas para defrontar a crise económica e financeira e travar a crise social. (url)
© José Pacheco Pereira
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