ABRUPTO

19.2.08


"VAMOS A VER" (2)

foi o que eu disse ontem no programa da Maria Elisa sobre as cheias na RTP1 ao responsável da Protecção Civil de Loures, que assegurava que a construção de uma nova ponte em Loures tinha acabado com os problemas das cheias e me acusava de desconhecer a actual situação do concelho. Viu-se para infelicidade de muita gente em Loures. A chuva respondeu ao senhor responsável da Protecção Civil pelo que talvez seja bom que alguma explicação seja dada por quem tão bem conhece o concelho cuja segurança é suposto garantir. Já passou um dia sem que este responsável, que também é ou foi Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara, esclareça o que aconteceu e como pôde dizer o que disse. A correspondência e as informações que recebo de Loures contam uma longa história de incúria, indiferença e arrogância, tão bem retratadas nessa atitude.

Mais fotografias e correspondência dos leitores sobre o que aconteceu em Loures, aqui.



Rotunda da EN 8 com a EN 115 - Ao fundo, a famosa ponte. Imagem captada na altura em que se efectuava a limpeza da água, lama e dos lixo que atolaram a rotunda, as lojas, as casas, os terrenos agrícolas e as... Oficinas Municipais.



Parque da Cidade, Loures.



Infantado, Loures. (MC)



(Luis Reino)

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O testemunho que apresento prende-se, como facilmente se deduz pelo que acima escrevi, com a Câmara Municipal de Loures e com os últimos e trágicos acontecimentos que tive a infelicidade de poder ver com os meus próprios olhos. Também eu, como você e milhões de portugueses, tive a oportunidade de ver o senhor Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Loures e responsável máximo pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, António Baldo, proferir aquelas palavras – pejadas de arrogância e desfaçatez – no programa “E Depois do Adeus”, de Maria Elisa. (...) Arrogância, prepotência, desprezo, indiferença perante o comum dos mortais, sobranceria face a todos os que o rodeiam. As suas palavras no dia de ontem mais não mostram que a sua verdadeira personalidade.

Ele sabia, como qualquer cidadão minimamente atento, que a nova ponte de Loures não iria solucionar em nada o problema das cheias na cidade. Ele sabia que o concelho continua a ter, e terá durante muitas décadas enquanto não se inverter a política de planificação do território, diversas áreas de risco eminente de cheias, e que Loures, Sacavém, Frielas, Bobadela, Camarate e Bucelas, entre outras freguesias, têm construção em leito de cheias. Ele sabia que pouco ou nada foi feito para reverter este quadro, e que as obras feitas recentemente na rede viária, assim como os atrasos de outras intervenções anunciadas há mais de 4 anos – foram um dos factores responsáveis para o culminar desta terrível situação.

Ainda assim, no programa televisivo, como no dia-a-dia, tentou humilhar os presentes, mostrando arrogantemente as suas falsas ideias. (...)

(MC)

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As estradas e rotundas que agora inundam ninguém as projectou? Ninguém estudou percursos e drenagens? Ninguém as construiu? Ninguém as encomendou e pagou? Será que caíram do céu como a chuvinha que as inunda? Onde está essa gente toda? Não percebo?

(Feliz Santos)

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Sou daqui do Norte mas estudei-Liceu ( Camões) e Agronomia em Lisboa, era finalista em 1967 e como imensos estudantes também estive lá! e aquelas imagens vão-me acompanhar p/ sempre na vida...Assisti ontem ao debate e sinceramente deixo aqui a minha profunda indignação pela leviandade com que se continua a gerir este problema de fundo no n/ país. (...)

(José Ribeiro)

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