ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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7.11.06
A FRAGILIDADE DE TUDO
Fora de Lisboa, como em Lisboa, tudo é frágil. Chove, falta a luz, vão-se as estradas, desaparecem o telefone e a Internet em todas as bandas. Para quem trabalha em linha, não se pode trabalhar. Durante 24 horas sumiu o telefone e a Internet por estes lados, a menos de setenta quilómetros de Lisboa, como se fosse o Burkina Faso. Até aí poder-se-ia aceitar o que se passa como mal menor, outros sofrerão mais, com as casas inundadas, sem transportes. Agora o que não se pode aceitar - para além do tempo infinito que tudo demora - é a desresponsabilização que as empresas de telecomunicações, supostamente na vanguarda de todas as tecnologias, ostentam face aos problemas dos seus clientes. Os "call centers", para garantirem a sua mão de obra baratíssima, reduzem os procedimentos ao nível do formulário para imbecis, com mecanismos tão rígidos que nos momentos de crise não servem para rigorosamente nada. O serviço da ADSL.pt para clientes profissionais então é a suprema ironia: fornece um número de telefone para avarias que não pode ser acedido pelo telemóvel, o único que funciona quando as linhas avariam, e ainda pede que se diga o que se está a ver no écrã de um computador que obviamente está ao lado de um telefone morto. Já desconto o facto de durante parte do dia, o serviço responder que não podia tomar conta das reclamações porque estava o sistema "em manutenção" e face à insistência de que ao menos anotassem a avaria, a resposta ser um irritado "já disse que o sistema está em baixo, telefone noutra altura". E que tal a PT, ou qualquer outra operadora, pelo menos para as assinaturas profissionais, ser obrigada após um prazo razoável para corrigir a avaria, a ressarcir o cliente dos custos da interrupção? Tenho a certeza que o serviço melhoraria de imediato e as empresas seriam mais dedicadas a servir os seus clientes... * Está cheio de sorte! Aqui por Penalva do Castelo, distrito de Viseu, foram mais de 200 cortes no abastecimento de energia em apenas 45 dias. No dia 20 de Outubro, entre as 14 e as 15h foram mais de 20. As consequências são as conhecidas: aparelhos queimados, mesmo as UPS. Dizem-nos que são "picos de energia" e que a "solução" é colocar um "descarregador de sub tensão" no quadro eléctrico. Só que o aparelhinho custa 250,00€. (url)
© José Pacheco Pereira
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