ABRUPTO

11.11.05


LENDO / VENDO BLOGUES, JORNAIS, TELEVISÃO E OUTROS MEDIA
(11 de Novembro)



Nunca, jamais , em tempo algum, vão a este sítio . Depois queixem-se. O Rocketboom foi lá e viu-se o resultado.

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Rocketboom vai longe, vai, vai.

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Na blogosfera um dos objectivos de Mário Soares foi conseguido: a discussão está bipolarizada entre Soares e Cavaco. Alegre, Louçã e Jerónimo não existem no debate, o que é significativo e premonitório.

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A maioria dos jornalistas não consegue falar dos blogues a não ser de uma forma defensiva e reservada. A maioria dos defeitos que lhes assacam, já sabemos que não existe nos jornais... Mas uma coisa eu tenho nos blogues que não encontro nos jornais, e, quando encontro, não encontro melhor do que nos blogues - informações, comentários e transcrições sobre eventos, debates, conferências, colóquios que alargam o espaço público de informação. Disse informação, não opinião. Também há muita inforopinião, como quase tudo nos jornais, com a vantagem de se perceber o que é e não estar disfarçada de notícia. Posso seguir, por exemplo, o debate de ontem sobre blogues na Almedina a partir da Engrenagem, do Indústrias Culturais, e haverá hoje certamente mais.

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Pergunta que precisa de ser respondida: "Isto é para os blogues ou para a confusão?", no ContraFactos & Argumentos. Só faltava mais esta, uma entidade reguladora para os blogues, com uma composição política (tenho aliás sobre esta Entidade as mesmas enormes reservas que tive sobre a Alta-Autoridade). A única regulação que os blogues precisam é a da lei comum, adaptada minimalisticamente sempre que for necessário às características do meio.

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Sobre a RTP Memória, de um leitor :
Uma das ‘rubricas’ deste canal é uma sequência de excertos de telejornais de datas várias, interessante, aliás, justapondo reportagens políticas, culturais, desportivas, de importância diversa. Há no entanto uma diferença na forma de apresentação, entre as imagens de antes e depois de 25 de Abril de 1974.

As do ‘depois’, são integralmente apresentadas. As do ‘antes’, sem o som original. De início, desatento, não reparei, até reconhecer uma melodia, sempre a mesma. Os telejornais do ‘antes’ estão narcotizados numa longínqua música ‘ambiente’, algo nostálgica, que não destoa da data das imagens. Por gostar da ‘pequena história’, seria delicioso saber do meandro desta decisão editorial. Mas já basta a ironia da coisa.

(Luís Abel Ferreira)

(url)

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