ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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3.7.05
O MUNDO ÀS AVESSAS
Ontem em Peniche, na Fortaleza, na cela de Cunhal, em cima de cada um dos seus desenhos, tinha sido deixada uma flor de sardinheira vermelha . As flores já estavam murchas, já lá devem estar há vários dias, deixadas por alguém que assim o quis lembrar na morte. Não faltava uma única, sinal que ninguém interferiu na homenagem simples. Mais: quem passava, arranjava o humilde ramo, da mais humilde e resistente planta, de modo a ficar bem no centro do desenho. Vi fazer o mesmo em Veneza, no túmulo de Pound. Mas aqui há outra coisa. Se Cunhal não fosse quem fosse, estariamos a caminho de ter santo. (url)
© José Pacheco Pereira
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