ABRUPTO

22.7.05


O ABRUPTO FEITO PELOS SEUS LEITORES:
POR QUE É QUE MUDOU O TOM?

No ano passado, apesar da situação bem menos grave em matéria de incêndios, não se via reportagem televisiva sobre os mesmos em que não se perguntasse aos bombeiros se achavam que tinham meios suficientes ou às populações afectadas se achavam que o combate estava a ser eficaz (sim, mesmo aos desgraçados que viam as suas propriedades a arder perante os próprios olhos). O resultado destas perguntas era sempre o esperado: um longo desfiar de críticas ao governo.

Este ano, apesar do maior número de incêndios e área ardida, nem uma pergunta sobre "meios". Quando muito, questiona-se a limpeza das matas. Não critico o jornalismo que está a ser feito - pelo contrário, eliminaram-se excessos que eram cometidos sem qualquer conteúdo jornalístico. Mas ficam as dúvidas quanto à bondade das razões que levaram à alteração de registo - que, aliás, é visível em muitas outras matérias.

Ricardo Prata

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Estava a ver os telejornais e aflige-me o sofrimento das pessoas no interior devido aos fogos.Acho que se abandonou o País, discute-se as ventoinhas, a Ota e Tgv e o país arde.São pessoas humildes que vêm o pouco que têm , consumido em minutos ou horas.É muito triste.Não me lembro de ver coisa assim nesta dimensão ...e um País tão pequeno.Há teorias para justificar a situação que têm que ver com o abandono, a desertificação do interior, a limpeza de matas inexistente ... mas não acredito que uma boa prevenção não podia afastar tanto incêndio.

Pergunto se uma forte vigilância florestal pelas autoridades do Estado, a adequação de politicas de insersão com trabalho comunitário de limpeza das florestas para beneficiários do RSM ou de substituição de penas de prisão por trabalho comunitário, não era mais adequada do que remediar com mais meios EUREUREUREUR para bombeiros , mais EUREUREUREUR negocios de aviões, mais especulação imobiliária EUREUREUREUR nessas zonas ( A Estrela qq dia é resort de neve artificial... e que morram os pastores ). Afinal onde está o Estado que deve proteger as pessoas e seus bens ?

(António Carrilho)

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