| ABRUPTO | 
   
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________ 
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       30.7.05 
    
    	
       NATUREZA MORTA DE NOITE COM VENTO 
À esquerda, pela primeira vez um espaço vazio. Havia as folhas de um capítulo de um livro, mas estão a ser corrigidas noutro sítio. Ficou um vazio inabitável, arrumado. Quase arrumado. Por baixo, havia pouca coisa: um post-it com uma morada, duas agendas antigas que vieram num espólio. Uma de 1967 está vazia e com excepção da assinatura do dono não parece ter nada escrita. Na capa diz licores Mala Posta.                          ![]()  Todos mortos. Uma tesoura, um agrafador, uma lupa, cinco zips, uma máquina fotográfica, três canetas. Um ecrã com este texto. Um espelho côncavo. Um azulejo de Delft. Uma mão. Duas mãos. Um rato sobre azul. Mais simplicidade do que o costume. Menos caos. Um ramo de flores secas. Um ponto de luz que brilha ao longe. Mais um Agosto, o mês menos interessante. Vento.
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  © José Pacheco Pereira  
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