ABRUPTO |
![]() semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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31.7.05
![]() COISAS DA SÁBADO UM OLHAR ÚNICO Há já algum tempo li um comentário num blogue muito de direita sobre o escândalo que seria haver um Museu do Neo-Realismo. Para além do facto, evidentemente desprezível, de terras como Vila Franca de Xira terem construído muita da sua identidade na imagem que delas deram os autores e a mundividência do neo-realismo, ou, se quiserem, da condição operária, ou mesmo da experiência do comunismo, (no caso de Vila Franca de Xira, comunismo mais touros) e que por isso seja natural ter um Museu do dito, o que pesava nesse comentário era muita ignorância e a displicência que essa ignorância dá à política transformada em anátema.. A maioria da nossa poesia, ficção, pintura, etc, neo-realista é má, como é má a maioria da nossa escrita romântica, o nosso teatro em geral, a nossa música nacionalista, por aí adiante. Sobre a qualidade e os dilemas estéticos do neo-realismo português escreveu melhor do que ninguém e no tempo certo, insisto no tempo certo, Eduardo Lourenço. ![]() (url)
© José Pacheco Pereira
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