ABRUPTO

2.12.03


OUTRO FRUTO DOS ESTE




Nós, a gente, os comuns, os que vagueiam, os que transitam, os que passam ao de leve, os diletantes, olhamos para a Bíblia de Borso d’Este e percebemos que há dois mundos e que não pertencemos ao do livro em frente. As páginas brilham, o azul ultramarino e o ouro, estipulados com rigor nos contratos com os copistas e os caligrafistas porque eram caros, tão vivos como se fosse ontem, quando, milímetro a milímetro, foram aplicados nas páginas de um dos livros mais belos do mundo.

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© José Pacheco Pereira
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