ABRUPTO

3.12.03


NEC SPE, NEC METU

"Nem esperança , nem medo", o motto de Isabel d'Este, que conhecia bem os seus clássicos. Acho que hoje nem se percebe bem , porque não se quer perceber. "Sem medo", todo o pequeno revoltado romântico, que pensa que funda a sua individualidade sobre uma espécie de revolta que o torna dignamente indomável todas as noites ao adormecer, ainda vá que não vá. Mas a verdadeira coragem está no "sem esperança", ser capaz de não ter esperança, de viver sem esperança, aí sim é difícil. Os clássicos achavam que era assim que se vivia mais feliz. O que é que eles sabiam, que nós não queremos aprender?

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© José Pacheco Pereira
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