ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
|
24.12.03
EARLY MORNING BLOGS 103
Tardios, mas neste dia de pré-Natal, fiéis à única coisa que nunca acaba: o tempo. De João Cabral de Melo Neto, A mão daquele martelo nunca muda de compasso. Mas tão igual sem fadiga, mal deve ser de operário; ela é por demais precisa para não ser mão de máquina, a máquina independente de operação operária. De máquina, mas movida por uma força qualquer que a move passando nela, regular, sem decrescer: quem sabe se algum monjolo ou antiga roda de água que vai rodando, passiva, graçar a um fluido que a passa; que fluido é ninguém vê: da água não mostra os senões: além de igual, é contínuo, sem marés, sem estações. E porque tampouco cabe, por isso, pensar que é o vento, há de ser um outro fluido que a move: quem sabe, o tempo. * Bom dia! Bom Natal! (url)
© José Pacheco Pereira
|