ABRUPTO

1.8.03


PERCA

O Terras do Nunca lembra-me que no “EARLY MORNING BLOGS 22, onde está a palavra perca seria preferível estar perda. O primeiro termo é uma versão popular, mas a verdade é que, enquanto substantivo, corresponde a uma espécie de peixe.” Neste caso não era nem erro, nem gralha, era voluntário (no entanto, fiz a substituição pedida).

É daquelas palavras a que uma pessoa, uma escrita, se agarra há tanto tempo que não sabe dizer certas coisas sem elas. Faço esta nota porque me permite recordar uma amiga que já morreu, M.J.A., e que também nos idos da ditadura me lembrou que não se usava “perca”. Num texto qualquer clandestino , eu com o nome de “Rui” ou “Carlos” já não me lembro, usei a palavra “perca” e M.J.A. que se chamava então “Saúl”. lembrou , em devida comunicação ao “organismo superior” (que era eu) , que o uso dessa palavra poderia identificar o “camarada Rui”…
É por isso que eu resisto em perder a perca.

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© José Pacheco Pereira
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