ABRUPTO

25.7.03


VER A NOITE, de novo

Noite de mistura, nem negra, nem azul. Não se vê nada de jeito, mas é a primeira em que ouço os grilos. Talvez só um, esforçado, enchendo a noite de sons. O barulho de tão pequeno bicho é enorme, é preciso ouvi-lo para perceber como enche o espaço, a noite toda. Hoje, em vez das estrelas, olho para a terra.

“Não faz mal nenhum um pouco de gravitas”, diz o grilo.


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© José Pacheco Pereira
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