ABRUPTO

9.7.03


OBJECTOS EM EXTINÇÃO 12

Mais contribuições dos leitores do Abrupto para a lista dos objectos, hábitos, experiências em extinção, que são elas próprias retratos da nossa memória. Infelizmente algumas perderam-se com o desastre da caixa do correio do meu endereço em extinção no Hotmail.


1) “O chocolate "Coma com pão", em cuja embalagem se via um tablete metida dentro de uma carcaça. Sempre achei inusitada a sugestão de comer uma sandes de chocolate. Com ou sem pão sabia-me muito bem.” (Mário Filipe Pires)


2) Régua de cálculo:

Este maravilhoso e extinto? equipamento de cálculo, composto por duas réguas fixas e uma deslizante entre elas, antecessor próximo das vulgares máquinas de calcular ( que todas pessoas usam sem saber como se desenvolvem os cálculos para os resultados apresentados), permitiam elaborar projectos de engenharia disponibilizando “ábacos” para as quatro operações aritméticas, cálculos de tangentes, senos e cossenos relativamente a ângulos e, tantos outros. Era, porque creio caiu em desuso, aquela “máquina”. (Rui Silva)


3) Vários objectos da memória de José Paulo Andrade


Os marcos quilométricos das estradas de Portugal (eram muito mais informativos que os actuais; ainda se podem ver bastantes nas estradas menos percorridas).

Associados a estes, os marcos dos 100 metros. Em criança divertia-me nas viagens de Guimarães para o Porto, via Santo Tirso a contar estes pequenos marcos e confirmar o quilómetro nos grandes marcos.

As barreiras de pedra nas estradas, fazendo a vez dos actuais "rails" metálicos.

As casas dos cantoneiros da estrada. Na estrada Braga-Arcos de valdevez existe uma curva particularmente perigosa que toda a gente conhece como "curva do cantoneiro". Já não passo por lá desde que abriu a auto-estrada até Ponte de Lima...

Os sinaleiros com a sua farda característica. Lembro-me deles no cruzamento da Areosa, à entrada do Porto...

Os pneus dos carros que estavam sempre a furar!

Os motores simples dos carros que toda a gente sabia mexer e consertar (ou não!).

O gesto de "fechar"(ou "abrir") o ar no manípulo respectivo, quando se ligava o carro, até ao motor "aquecer".

O comboio a vapor que ainda vi a passar no ramal Fafe-Gumarães (já inactivado há muitos anos). Lembro-me de uma vez um turista, algures nos anos de 1973-74 numa paragem de passagem de nível, a sair apressadamente do carro para fotografar um destes exemplares. A referência do ano decorre da crise petrolífera que levava a minha mãe a tentar meter gasolina nas estações de serviço nas redondezas de Guimarães.

Os sinais de trânsito em que os peões são representados por um "senhor" com chapéu com um design arcaico
!”


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© José Pacheco Pereira
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