ABRUPTO

1.7.03


OBJECTOS EM EXTINÇÃO 10

Acrescento eu agora quatro, de tipo muito diferente:

1) O programa Lotus Magellan, o melhor programa que jamais tive para "viajar" no computador. Para além de ter o nome do nosso Magalhães, era de uma simplicidade e eficácia absolutas e só o deixei de usar quando o número de ficheiros ultrapassava a capacidade do programa, que ainda estava na era do MSDOS. Até hoje nenhum o substituiu.

2) O programa Lotus Agenda que foi uma tentativa da Lotus de fazer um misto entre uma base de dados e uma agenda, ou um programa do género do MS Outlook. O programa era muito inovador e acabou por ficar num limbo do software, sem continuidade. O Agenda permitia fazer anotações em texto corrente, não formatado e uma única entrada podia ser organizada por diferentes categorias que, uma vez definidas, eram automaticamente reconhecidas. Na altura usava o DBase III ou IV, e já fazia quase todo o meu trabalho de investigação usando bases de dados. Tentei adaptar o Agenda a uma espécie de cronologia complexa, remetendo para bases de dados biográficas e por organização e o programa , apesar de alguns erros, mostrava que tal era possível de uma forma bastante criativa. Infelizmente a Lotus não fez mais nenhuma versão e deixou cair o Agenda.
Depois mudei-me para o MS Access, que é o que uso hoje, experimentei de passagem o Asksam, mas continuo a não ter algumas vantagens do Agenda, a não ser através de artifícios complicados e pesados na memória.

3) A experiência do Sud Expresso ou do antigo "comboio da noite" Porto-Lisboa e vice-versa. Voltarei à "experiência" enquanto "objecto".

4) As livrarias "marxistas-leninistas". Em breve acrescentarei aqui duas notas sobre a Banner Books and Crafts , em Londres, que desapareceu , e a Aurore, que ainda existe, minha vizinha em Bruxelas, transformada numa categoria única "antiquariat marxiste-leniniste".

e o José Carlos Santos , sugere-me um quinto objecto, mais as memórias associadas:

5) "a régua de cálculo, outrora instrumento de trabalho indispensável para engenheiros. No que me diz respeito, este objecto está ligado a uma recordação bastante agradável. Há bastantes anos atrás, um amigo do meu pai dotado de uma grande curiosidade intelectual resolveu comprar uma régua de cálculo e perceber como se trabalhava com ela. Não tendo alcançado último este objectivo e sabendo que eu me interessava por Matemática, propôs emprestar-ma para que eu aprendesse a trabalhar com ela e depois poder ensinar-lhe. Quando percebi o seu funcionamento, o meu pai combinou com o amigo que almoçaríamos juntos para então eu explicar o funcionamento da régua de cálculo. Aquele almoço foi a primeira recompensa material que tive em compensação pelo trabalho de realizar uma tarefa ligada à Matemática".


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© José Pacheco Pereira
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