ABRUPTO

24.7.03


A MÃO QUE PINTA

Algumas leitoras do Abrupto (e digo leitoras porque foram só leitoras) tem perguntado sobre a origem dos fragmentos dos quadros , quase só horizontes, aqui esporadicamente colocados. A origem é muito diversa, a maioria são de pintores do Norte da Europa, paisagistas do século XIX, pintores relativamente pouco conhecidos e de colecções pouco acessíveis. Por exemplo J. C. Dahl ( a maioria), William Bell Scott, etc.
As razões porque não identifiquei até agora a sua autoria, são em primeiro lugar “narrativas”, não queria acrescentar qualquer referência que “distraísse” quem os vê para um outro mundo que não fosse a sua presença e o que eles “dizem”. O seu uso não é o de uma citação, mas o de um símbolo. Na verdade, não são os quadros que cá estão, porque eles não são assim, mas o meu olhar sobre eles que muitas vezes fica assim perdido num pequeníssimo fragmento ignorado num canto da pintura.

Talvez, quando o tempo os tornar “narrativamente” inúteis, eu coloque um nome junto do horizonte.


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© José Pacheco Pereira
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