ABRUPTO

8.5.03


A crise do Iraque , da "guerra" , revelou a fragilidade da comunicação social chamada de referência aos nacionalismos , patriotismos e chauvinismos nacionais . Admito que tal é verdade para parte da comunicação social americana , mas ainda é mais verdadeiro para a francesa . Aí não é a parte , é o todo . A direita com Chirac , a esqueda com Chirac e todos pela França , pelo galo-francesismo . Na Bélgica a mesma coisa , incluindo uma proposta fabulosa apoiada por vários orgãos da comunicação social de levar o Ministro dos Negócios Estrangeiros Michel a Prémio Nobel da Paz . Para quem conheça Michel , isto parece a Terra de Oz.
Quem se sai bem são os ingleses . Os jornais tomaram posições editoriais a favor ou contra a intervenção e depois quem lia , já sabia o que lia . É por isso que nunca me importei de ler os artigos de Robert Fisk no Independent e comprei muitas vezes o Guardian . Só que quando tinha que ler os mesmos artigos de Fisk no DN , penso que o jornal devia informar os seus leitores de que Fisk trabalhava para um orgão de comunicação social com uma linha editorial defenida . Estou cada vez mais defensor que , nestes casos , os jornais devem ter uma posição editorial conhecida e depois nada os impede de serem plurais .

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© José Pacheco Pereira
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