If Ezra Pound were alive today (and he is) he'd be teaching at a small college in the Pacific Northwest and attending the annual convention of writing instructors in St. Louis and railing against tenure, saying tenure is a ladder whose rungs slip out from under the scholar as he climbs upwards to empty heaven by the angels abandoned for tenure killeth the spirit (with tenure no man becomes master) Texts are unwritten with tenure, under the microscope, sous rature it turneth the scholar into a drone decayeth the pipe in his jacket's breast pocket. Hamlet was not written with tenure, nor were written Schubert's lieder nor Manet's Olympia painted with tenure. No man of genius rises by tenure Nor woman (I see you smile). Picasso came not by tenure nor Charlie Parker; Came not by tenure Wallace Stevens Not by tenure Marcel Proust Nor Turner by tenure With tenure hath only the mediocre a sinecure unto death. Unto death, I say! WITH TENURE Nature is constipated the sap doesn't flow With tenure the classroom is empty et in academia ego the ketchup is stuck inside the bottle the letter goes unanswered the bell doesn't ring.
Vale a pena ir ao espectáculo do BCP, também ele exemplar. De um lado a gravitas esperável da Opus Dei, da alta, dos senhores que de uma ponta à outra transparecem ordem, respeito, dignidade, influência, poder; do outro Joe Berardo, o novo-rico, o parvenu, pouco respeitador das convenções da alta, articulando com dificuldade umas frases num português meio madeirense, meio da diáspora sul-africana, usando o seu poder da maneira que o obteve, brutal e eficaz, sem rodriguinhos, introduzindo na alta finança a linguagem que invadiu tudo, a do futebolês-politiquês, usando de forma certeira a demagogia, os ordenados milionários dos administradores argumento ad terrorem. E no final, no meio de tanta fineza, a mostrar como todos são mais parecidos com ele do que parecem, a mostrar que os conflitos de poder não são abafados por tapetes persas nem mobiliário de mogno, e são mais parecidos com a saga de Deadwood , onde ele Berardo, já esteve e sabe que continua a estar. Vão ver como ele se vai sair melhor do que os “outros”, até porque quer ganhar dinheiro e não me parece muito interessado em ir para o Céu.
Será, a seu tempo, mais um case study sobre a espectacularização dos media, igual a muitos outros, mas também com diferenças muito significativas. Muita coisa de semelhante existe na espectacularização mediática, caso após caso, desde a Ponte de Entre-os-Rios à “pequena Maddie”, mas, ao estudarmos as diferenças, percebe-se que os interditos neste caso algarvio remetem para preconceitos sociais que impregnam todo o caso. Os jornalistas que agora se preparam para investir contra a família de “Maddie”, ao sabor das fugas policiais orientadas, sempre tiveram um tabu que contrasta com o tratamento do caso da “Joana”, que não mereceu sequer o qualificativo de proximidade de “pequena”, e que merece ser usado como termo de comparação. Classe, status, inscritos nos corpos, nos rostos, na condição social, na nacionalidade, na casa, nos familiares, nos porta-vozes, nas “relações públicas”, pesam e muito naquilo que os jornalistas “respeitam” ou desrespeitam. O resultado está à vista.
1084 -On Seeing Larry Rivers' Washington Crossing The Delaware At The Museum Of Modern Art
Now that our hero has come back to us in his white pants and we know his nose trembling like a flag under fire, we see the calm cold river is supporting our forces, the beautiful history.
To be more revolutionary than a nun is our desire, to be secular and intimate as, when sighting a redcoat, you smile and pull the trigger. Anxieties and animosities, flaming and feeding
on theoretical considerations and the jealous spiritualities of the abstract the robot? they're smoke, billows above the physical event. They have burned up. See how free we are! as a nation of persons.
Dear father of our country, so alive you must have lied incessantly to be immediate, here are your bones crossed on my breast like a rusty flintlock, a pirate's flag, bravely specific
and ever so light in the misty glare of a crossing by water in winter to a shore other than that the bridge reaches for. Don't shoot until, the white of freedom glinting on your gun barrel, you see the general fear.
Hoje, um pouco por todo o lado. Usando o Abrupto como janela.
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A antiga e muitas vezes degradada Nacional 1 contínua a ser a quase singular alternativa aos outros trajectos possíveis como a A1, a A8 e outras rumo ao Norte, ou ao Sul. Para quem não tem pressas para ir para lado nenhum, ou simplesmente quer poupar o elevado custo das auto-estradas em Portugal é um /clássico/. Desde tractores, filas demoradas, cruzamentos com semáforos e, claro os excessos dos automobilistas portugueses e da muitas vezes ausente conservação das estradas é uma verdadeira aventura de Verão, para muitos diária. Todavia há uma certa estética que não se encontra nas modernas auto-estradas: os contrastes da paisagem urbano-rural; norte-sul, mais quente-mais fresco, mediterrânico-euro-siberiano são mais facilmente perceptíveis e, no meu caso, levam-me à minha infância em que viajar pela nacional nº1 entre Lisboa e Porto e depois pela nacional nº13 até Caminha era uma verdadeira aventura como atravessar o Atlântico de avião. Recomenda-se para os pacientes!
LENDO VENDO OUVINDO ÁTOMOS E BITS de 9 de Agosto de 2007
Uma boa coisa para que servem os blogues: para contar histórias como esta. No fundo, nos blogues como no resto, tudo vai dar ao "tens vida ou não tens?"
No changes of support—only Patches of gray, here where sunlight fell. The house seems heavier Now that they have gone away. In fact it emptied in record time. When the flat table used to result A match recedes, slowly, into the night. The academy of the future is Opening its doors and willing The fruitless sunlight streams into domes, The chairs piled high with books and papers.
The sedate one is this month’s skittish one Confirming the property that, A timeless value, has changed hands. And you could have a new automobile Ping pong set and garage, but the thief Stole everything like a miracle. In his book there was a picture of treason only And in the garden, cries and colors.
LENDO VENDO OUVINDO ÁTOMOS E BITS de 8 de Agosto de 2007
Este é o aspecto da exposição "As Mãos da Escrita" centrada nos espólios existentes na Biblioteca Nacional, organizados no Arquivo da Cultura Portuguesa Contemporânea. Os materiais da exposição são excelentes, o catálogo muito bem feito, em suma um trabalho de qualidade. Até aqui tudo está bem. Só que esta sala não está vazia apenas porque é Agosto, está-o também porque pouco é feito para que tenha mais gente. A sala é muito escura, muito fria (o ar condicionado parece um frigorífico desregulado), com um acesso demasiado "interior" para ser "aberto" a um público que não frequente habitualmente a Biblioteca Nacional. Esta interioridade afasta. Eu sei que pouca luz e uma temperatura controlada são importantes para expor frágeis papéis que se deterioram facilmente, mas a escuridão e o frio são claramente excessivos. Depois experimentem ler as legendas que nos painéis verticais se sobrepoem aos documentos. Não se lê, nem as legendas nem os documentos que acabam tapados por elas. E isto é para quem veja bem, porque, à mais pequena dificuldade de visão, não se lê nada. É pena.