ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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8.8.14
O NAVIO FANTASMA: O QUE É QUE FEZ FALIR O BES?
Três coisas: as malfeitorias dos Espírito Santos, a incompetência, ineficácia e procrastinação dos reguladores, em particular do Banco de Portugal, e as hesitações do Governo. Cada uma de per si não fazia falir o banco, todas em conjunto tiveram o resultado que tiveram. As duas últimas razões, ligadas ao Banco de Portugal e ao Governo, são faces da mesma moeda, já que actuaram sem autonomia uma da outra.
Onde uma procrastinou e revelou ligeireza e irresponsabilidade, a outra, enredada nos seus demónios ideológicos e propagandistas, ficou bloqueada até que era tarde de mais. A "solução" encontrada não é apenas tardia, gerou, pelo próprio atraso, um novo problema que está longe de estar resolvido. Se houve risco de "crise sistémica", a responsabilidade é mais do modo como foi adiado o problema do BES do que da situação "fraudulenta" de partida, cujos primeiros sinais datam de há um ano.
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© José Pacheco Pereira
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