ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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1.3.14
MAS PORQUE É QUE "ELE" NÃO FOI LÁ DENTRO FAZER AS CRÍTICAS QUE FAZ CÁ FORA?
Manuscrito de um discurso de Sá Carneiro sobre o exercício do poder.
A resposta é muito simples: porque não podia ir mesmo que quisesse. Esta rábula repete-se sempre que há congressos e é por parte de quem a faz ou má fé, ou ignorância. Os congressos do PSD não funcionam em assembleia de militantes, qualquer um chega lá pede a palavra e tem os minutos definidos. O PSD não é o BE ou o Livre ou qualquer outro partido em que os militantes cabem numa sala. Para se falar tem que se ser delegado ao Congresso ou ter uma qualidade que lhe permite o acesso. Marcelo pode falar, como Marques Mendes ou Santana Lopes, sem serem delegados, porque foram lideres do partido. Eu não, só podia fazer se fosse por favor da direcção, o que num partido fortemente igualitário era logo visto, e bem, como um privilégio que coloca quem fala acima do militante comum. Seria, no actual contexto, uma armadilha e estaria agora a ser criticado por qualquer inexistente "baronato".
Acresce que este não é um problema novo. Já num anterior congresso, colocado perante o mesmo dilema, ofereci-me para ir caso tivesse condições para falar sem ser para dizer "bom dia" e acabar o tempo. Foi recusado pela direcção. Vem nos jornais, basta ter memória, coisa que pelos vistos não abunda. Acresce que tudo isto é pouco mais do que espectáculo, e quem quer sangue, touradas com forcados e futebol deveria estar no ramo do desporto.
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© José Pacheco Pereira
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