ABRUPTO

25.10.13


PORTAS E OS “MAIS POBRES” 

Portas é hoje a face mais repulsiva do governo, num campeonato em que concorrem muitos candidatos poderosos. É-o pelo seu papel na crise que atravessamos, que nos custou mais milhões por sua causa, é-o pela obsessão de querer remendar a todo o custo a sua imagem e ser evidente que para o tentar fazer é capaz de quase tudo. Uma dessas cenas que ele representa para as televisões é a de paladino dos “mais pobres”. Para ele, o CDS (ou seja ele próprio) e os seus ministros (os seus clones) tem tido um papel essencial em “proteger os mais pobres”, o que não é de todo verdade. Mesmo que fosse verdade, ele esquece-se de assumir o seu papel em empobrecer muitos mais do que aqueles que putativamente protege. Hoje a defesa dos “mais pobres” é o argumento retórico para combater os pobres, que já são muitos, e os que estão a caminhar para a pobreza, que são muitos mais.

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© José Pacheco Pereira
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