ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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22.4.12
DA SÁBADO: COISAS QUE FUNCIONAM EM PORTUGAL
PERTENCER À ELITE POLÍTICO-ECONÓMICA
Fazer parte da classe certa, do grupo certo, da família certa, dos comensais certos, dos círculos certos, é muito mais do que uma mais-valia, é uma certeza de sucesso. A democratização da elite político-económica, que se esboçou desde o 25 de Abril, acabou. A elite encolheu para uma posição fetal, e está num período tão cheio de possibilidades, que sabe serem quase únicas, que não brinca em serviço. Bem pelo contrário, acantonou-se a arregimentou-se como nunca desde o 25 de Abril. Ficou ferida pela crise, mas sabe que pode dar o salto até há bem pouco tempo inimaginável. Reduziu, também como nunca, a independência e autonomia do poder político, manda no PSD e no PS, usa o CDS quando convém, e fecha e blinda o sistema de “inevitabilidades” para todos menos para eles. Esteve com Sócrates pelas oportunidades, está com Passos Coelho pelas “inevitabilidades”. Só estas lhes permitem moldar o estado como há muito desejavam. E estão a fazê-lo. Tem riscos, e muitos, mas a história destas elites é tanto feita de cegueira, como de “hábitos naturais de mando”.
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© José Pacheco Pereira
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