ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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25.3.12
COISAS DA SÁBADO:
JÁ NÃO BASTA PAGAR A RTP, AINDA POR CIMA TEMOS QUE PAGAR A EURONEWS
A Euronews está para as instituições europeias, Comissão, Parlamento e Conselho, como a RTP África está para a política externa portuguesa: nem num caso nem noutro se trata de verdadeiros órgãos de comunicação, mas sim de veículos transmissores de políticas de estado, seja o nacional, seja o de Bruxelas.
Quando estive no Parlamento Europeu manifestei-me com dureza contra a existência e a cobertura tendenciosa da Euronews, uma estação televisiva cuja ideologia é o “europeísmo” militante, e cujo patrão é a Comissão Europeia. Foi criada numa altura em que os franceses queriam atacar a política americana e aquilo que consideravam a hegemonia da CNN no mercado global da informação. A sua origem foi resultado de uma decisão política, o seu programa é político e a sua “justificação” é a mesma de muitos outros “serviços públicos”, uma ideologia da superioridade da racionalidade do estado na comunicação, acima dos interesses privados.
É por isso que a Euronews com o seu “espírito europeu” nenhum papel tem no debate europeu, porque está de um lado e o seu reporting, débil aliás, está cheio de silêncios e censuras. Do mesmo modo que defendo o fim da comunicação social do estado, também defendo o fim da participação portuguesa na Euronews, e, em bom rigor, o fim da Euronews. Estados, nacionais e proto-estados transnacionais, não devem ter órgãos de comunicação social. Ponto.
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© José Pacheco Pereira
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