ABRUPTO

17.2.12


COISAS DA SÁBADO:
 TALVEZ NA GRÉCIA FOSSE POSSÍVEL FAZER DE OUTRA MANEIRA



PREVENÇÃO
O que digo a seguir aplica-se (para já) apenas à Grécia. Eu não penso que nós somos assim muito diferentes dos gregos, mas, na verdade, também “não somos a Grécia”. Não penso que o que escrevo a seguir se aplique a Portugal. Pelo menos para já e talvez nunca. 

SE O TEMPO VOLTASSE ATRÁS 

Vamos voltar aos gregos que vão continuar no mesmo caminho sem saída, com duríssimas medidas de austeridade, semi-aplicáveis, e com o caos que elas geram, num estado mínimo quanto a impostos, pagamentos de serviços, portagens, etc. e com um espectro político muito à esquerda, e, na esquerda da esquerda, com muitos grupúsculos extremistas adeptos da violência. Ah! e com militares que não são pacíficos. 

Vamos fazer o exercício de voltar ao dia em que o governo grego percebeu que estava falido. Sabemos o que aconteceu a partir daí e ainda estamos a meio da história, cujo fim caótico e perigoso está como que pré-anunciado. Ninguém acredita que aquilo que os credores obrigam os gregos a fazer seja eficaz, nem os gregos, nem os credores. Voltemos a esse dia inicial da bancarrota e vejamos um curso alternativo das coisas, com a vantagem de sabermos o que aconteceu, que faz com que isto seja muito especulativo. 

Vamos admitir que nesse dia o governo grego reunia, entendia que o que a Europa (os alemães) lhe pediam para “salvar” a Grécia era, não só incomportável, como inexequível, e que, a prazo, a Grécia teria mesmo que sair do euro e falir. E que, ao fazer esta análise, resolve tomar a iniciativa dupla de proclamar a falência grega e a saída do país do euro. 

(Continua.)

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© José Pacheco Pereira
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