ABRUPTO

31.12.11


COISAS DA SÁBADO: O ESTADO DAS ARTES (2)


CDS 

O CDS é particularmente hábil pela sua capacidade, signé Portas, de passar pelo meio dos pingos da chuva. Mas essa capacidade não ilude o problema de sempre do CDS: enquanto não se medir em votos com o PSD e no limite ultrapassá-lo, será sempre o parceiro menor de tudo o que seja política em Portugal. E ser número dois cansa muito no CDS. 

Se se vier a confirmar o cenário de sucessão pactuada que Portas deseja, o CDS ainda ficará mais refém de um dilema que corrói: ou ficar calado para manobrar entre os pingos da chuva, – o melhor exemplo desse silêncio de oportunidade é a questão da soberania e a política europeia -, ou tentar crescer com uma linguagem que tenderá a radicalizar-se à direita, agressiva e classista, que também transporta um problema essencial: para ter sucesso tem que confrontar o governo, ou cairá pela base.

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© José Pacheco Pereira
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