ABRUPTO

24.5.11


NOTAS DE CAMPANHA (11 e 12) 


A ideia de que os debates fundamentais são estes frente-a-frente em que todos os líderes partidários têm de se encontrar uns com os outros significa uma cedência do jornalismo à aritmética falsamente equilibrada do debate eleitoral. Por exemplo, o interesse jornalístico do debate Jerónimo de Sousa-Louçã é residual, enquanto o debate Louçã-Portas só serve para umas pequenas picardias espectaculares porque nem um nem outro competem directamente. Já o mesmo não se pode dizer do debate Sócrates-Passos Coelho, Sócrates-Louçã, ou Passos Coelho-Portas, que são os únicos que um critério jornalístico justifica.

Outro factor absurdo é o facto de os debates, que têm sido essencialmente sobre economia, terem como moderadores jornalistas que nada sabem da matéria e, por isso, não podem ter qualquer papel na discussão nem orientá-la.

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© José Pacheco Pereira
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