ABRUPTO |
semper idem Ano XIII ...M'ESPANTO ÀS VEZES , OUTRAS M'AVERGONHO ... (Sá de Miranda) _________________ correio para jppereira@gmail.com _________________
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12.3.11
COISAS DA SÁBADO: O PRÓS E CONTRAS DA RTP: O RIDÍCULO EM PORTUGAL NÃO MATA E AINDA HÁ ALGUÉM QUE RESISTE Curioso e elucidativo foi ver entre os “deolindistas” mais furiosos no recente Prós e Contras de propaganda da manifestação, uns “jovens dirigentes académicos” vestidos de gafanhotos, ou de padres oitocentistas, com capa e batina por fora e por dentro, sem perceberem o anacronismo. E, muito self-righteous, um desses padres de vestimenta mostrava a sua intolerância com José Ferreira Machado, director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, que disse as mais claras e duras verdades sobre as dificuldades do emprego jovem, mas fora da vulgata “deolindista”, e cometeu a blasfémia de dizer que na sua escola a empregabilidade era alta, e que era muito pior ser desempregado com quarenta anos e ter baixas qualificações, do que jovem “parvo” com um curso universitário. O “jovem académico” a preto e branco rosnou-lhe que era fácil dizer aquilo porque estava já “instalado” e o professor respondeu-lhe que evitasse mandar “bocas“ baixas, e o homem meteu a voz dentro da batina. Corajosa foi também, no mesmo ambiente de intolerância, Isabel Stilwell, que resistiu aos estereótipos da moda, repetidos pela apresentadora do programa e às palmas hostis da “malta” a tudo o que era “deolindismo”. Stilwell não esteve com meias medidas e perante um “dramaturgo” que a interpelava, fazendo as cada vez mais habituais confusões de má-fé e ignorância sobre um artigo que tinha escrito, disse-lhe que não percebia como é que um “dramaturgo” não percebia simples português. O “dramaturgo”, interessante profissão, continuava a dizer coisas, muito contente com o seu protagonismo, no meio da maior confusão mental. Ou seja, para além de pedir “apoio” para a “cultura”, e dizer “basta” a muitas coisas, não soube responder a uma Isabel Stilwell justamente irritada que lhe perguntava “mas basta como?”, que soluções é que propõem? Nada. “Apoios” para a cultura. E assim se fazem as coisas. (url)
© José Pacheco Pereira
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