ABRUPTO

9.2.11


COISAS DA SÁBADO: PREVISÍVEL 


A inexistência de novas notícias, o mesmo pântano de motivos, situações e pessoas, torna-se evidente quando nos distanciamos mais e se vê Portugal a muitos milhares de quilómetros. De fora e de longe, quando se procura alguma coisa que não seja a mesma história de sempre, nada se encontra. O PSD está à espera com uma navegação de cabotagem. Quando se mexe perde a costa ou chega-se demais às rochas e volta logo ao curso à vista, evitando mexer-se para além dos mínimos. O PS está a fazer de conta que nada aconteceu e que nada se passou. Lá pelas cavernas do PS contam-se espingardas, fidelidades, traições, alinhamentos, mas o medo de perder o poder é tanto, que mais vale deixar que o ciclo de Sócrates se extinga com um bing do que com um bang e que venha o seguinte “para queimar”na oposição ao PSD. Só depois, haverá “normalidade” e a luta no interior do PS será a sério. No PS e no PSD, a máquina daqueles cuja carreira é “serem” o partido, agita-se quer com as esperanças, quer com a expectativa do refluxo. Mesmo no refluxo, muito aparelho reage melhor do que o que se pensa, desde que se vão os “outros”,os independentes, os que se foram buscar para “alargar” em momentos eleitorais fastos, e que ainda haja lugares para os “nossos”. Na Assembleia, por exemplo.

(Continua.)

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© José Pacheco Pereira
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