ABRUPTO

26.9.10


DIAS DE LIXO (2)


A estratégia de Passos Coelho é-me pouco compreensível, para usar um eufemismo. Devo ser eu que não entendo, mas ainda estou para perceber em que é que aproveita uma crise política em Outubro de 2010, a oito meses da possibilidade de haver novas eleições e a, pelo menos, treze meses da possibilidade de haver um novo Orçamento, com os enormes factores de usura política que esse período longo de impasse traria para a política portuguesa. Já não falo sequer dos argumentos patrióticos, porque imagino que, para muita gente à volta de Passos Coelho, - e faço-lhe justiça de pensar que não para ele - , só contam os seus interesses e os da parte do aparelho do partido que representam. É por isso que querem colocar na agenda de um país em crise a regionalização, ou a pressa de poderem escolher uma nova leva de deputados "amigos", ir a secretários de Estado e nomear gente para os lugares que tradicionalmente pertencem aos partidos e o PS ocupa hoje.

(Continua.)

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© José Pacheco Pereira
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